Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Sexta-feira, 14 de Maio de 2004
Menor Défice do Estado - Maior Défice dos Cidadãos
Os grandes aumentos de impostos estão a dar o seus resultados no equilíbrio financeiro do Estado à custa do desiquilíbrio dos dinheiros dos cidadãos e das empresas.
Aumentou o IRS, os pagamentos por conta, o IVA, a antiga Contribuição Autárquica, hoje IMI, o Imposto Automóvel, o Imposto sobre a Gasolina, etc.
Assim, o total da Receita passou de 6 593 milhões de euros de Janeiro a Março de 2003 para 7 1047,7 milhões em 2004.
O Total da Despesa pasou no mesmo período de 8 429 milhões de euros para 8 5361,3
O Saldo Global continua altamente negativo, apesar de ligeiramente menos, tendo passando de -1 837 em 2003 para -1 432 no primeiro trimestre deste ano.
Anualizado, o défice supera os 4,4%, devendo ser agravado pelo défice da Segurança Social devido ao aumento do desemprego, pelo que será a venda da Galp e da Portucel que vão este ano reequilibrar as contas.
Claro, quando o imposto sobre o património rústico e urbano começar mesmo a doer, o que se verificará lá para 2006 e 2007, então não haverá mais défices, mas os milhões de proprietários de pequenos apartamentos e reduzidas propriedades rurais sentir-se-ão apenas inquilinos do Estado, pois o novo IMI será como que uma renda.
As viúvas e os reformados com baixas reformas que compraram a custo os seus pequenos apartamentos vão passar fome para poderem alimentar um Estado incapaz de se reformar, por mais que Durão Barroso diga o contrário.
Fonte: DGO. Notas: não inclui activos e passivos financeiros nem transferências para o FRDP.
Execução Orçamental do Estado excluindo o pagamento de despesas de anos anteriores (Janeiro a Março)