Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Domingo, 12 de Fevereiro de 2006
EM NOME DAS VÍTIMAS DE ATOCHA, LONDRES, NOVA IORQUE E DAS MESQUITAS DO IRAQUE .......
muhammedwesterga_1.jpg

Atocha, Atocha, Atocha é nossa.



O profeta Maomé reproduzido com uma bomba no turbante corresponde à VERDADE de todos os dias da religião muçulmana actual; cada vez mais liderada espiritualmente por fundamentalistas fanáticos e bombistas que ainda ontem colocaram uma bomba numa mesquita iraquiana. Não era essa mesquita também casa do Profeta?


As bombas do Profeta assassinaram centenas de pessoas INOCENTES em Atocha, no Metro de Londres, em Bali, nas Torres Gémeas de Nova Iorque e em muitos outros locais do Planeta. E foram igualmente lançadas em mesquitas sunitas e xiitas no Iraque. Algumas mesmo para matar os fiéis em oração e ceifaram a vida de centenas ou milhares de muçulmanos. Que sacrilégio terrível quando comparado com alguns desenhos quase inocentes.


Não se tratou de desrespeitar uma religião, mas de mostrar que o Profeta Maomé inspira um número enorme de ASSASSINOS que MATAM em qualquer parte do Mundo e, tal como no mundo cristão, muita gente é crítica dos assassinatos perpetrados pela Santa Inquisição e ninguém tem de se sentir ofendido porque se trata da VERDADE.


Se os prosélitos do Profeta Maomé não querem ser vistos como BOMBISTAS ASSASSINOS, pois que não coloquem BOMBAS e respeitem a vida de todas as pessoas do Mundo.


Não respeitaram vidas europeias, pois têm de aceitar críticas e têm de aceitar que são vistos na Europa como adeptos de uma religião assassina.


De resto, nenhum muçulmano é obrigado a viver na Europa e, em particular, na Dinamarca. O jornal que publicou os desenhos do profeta respondia numa coluna de autor a uma ofensa feita por um imã muçulmano que designou os dinamarqueses de "cães cristãos".


Os muçulmanos apresentam-se na Europa com duas caras cínicas; uma a de que o Alcorão proíbe a violência e afirmam-se como não violentos; a outra, secreta, é a dos bombistas que matam impiedosamente e chegam ao ponto de se suicidar para matar em nome do Profeta Maomé e de Alá.


Que Alá tenha pena deles. Tanto dos cínicos como dos bombistas.





publicado por DD às 16:39
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Quinta-feira, 9 de Fevereiro de 2006
A Fragilidade de Portugal perante a Globalização
global_Kister.jpg

No contexto mundial, Portugal não fica muito mal na fotografia, mas com os avanços da globalização acentuam-se cada vez mais os sinais de uma fragilidade económica que está a provocar um declínio sem que se veja qualquer inflexão para uma curva ascendente.

Com um Pib per capita de 14.400 euros (17.100 dólares), Portugal está no penúltimo lugar da antiga EU a 15, mas já não na EU a 25 e, menos ainda, na Europa geográfica e no Mundo global de hoje. Assim, o País está ligeiramente abaixo dos 10% das nações mais ricas do Mundo e solidamente instalado nos mil milhões de habitantes do Planeta que auferem de 80% de rendimento mundial.

Portugal apresenta algumas estatísticas notáveis de carácter económico e social que até permitem cotejar positivamente com as de países mais ricos em termos de Pib.

Os portugueses possuem actualmente 5,4 milhões de unidades habitacionais, sendo mais de 80% de propriedade dos respectivos locatários. As Conservatórias do Registo Predial conservam mais de 17 milhões de matrizes prediais, correspondentes a outras tantas propriedades.

As quase 3 milhões de famílias portuguesas estão endividadas em cerca de 1,2 vezes o seu rendimento anual, mas os activos das famílias ultrapassam 5 vezes o rendimento anual, dos quais 56% são activos financeiros e 44% activos prediais.

Na educação e saúde, as estatísticas não desfiguram a verdadeira imagem de Portugal no contexto europeu e mundial. Com 155 mil professores para 1,6 milhões de alunos no ensino não superior, Portugal conta com quase um professor por cada 10 alunos e 12 mil escolas públicas.

No ensino superior, em Portugal há quase meio milhão de estudantes e percentualmente Portugal tem o dobro dos licenciados e doutorados por milhão de habitante na faixa etária até aos 30 anos de idade que a média europeia.

A Organização Mundial de Saúde considera o estado sanitário da população portuguesa a um nível muito superior ao dos EUA e a esperança de vida aproxima-se velozmente dos mais de 80 anos de idade na média global dos dois sexos.

Portugal tem um bom sistema de reformas, tanto no sector público como no privado, apesar de o valor das pensões ser o mais baixo da Europa. O modelo dos 91% da média dos últimos dez anos (80% mais a taxa de 11% que o trabalhador deixa de pagar) é, sem dúvida o mais avançado da Europa, para não falar no sector público que será semelhante só daqui a dez anos.

Acontece que o valor médio das pensões dos quase três milhões de reformados do regime geral ronda os 300 euros, enquanto os 350 mil do sector público recebem uma média de 1.050 euros por cabeça. A explicação está na ausência de carreiras contributivas máximas no sector privado e na prática de declaração de salários baixos acrescidos com subsídios de refeição e outros que estão isentos da Taxa Social Única e, como tal, não contribuíram para a reforma. É politicamente incorrecto dizê-lo, mas a verdade é que se não tivesse havido décadas de fuga ao fisco, o Estado não teria meios para pagar pensões reais a 3,35 milhões de reformados. Mesmo assim, o peso das transferências correntes do Orçamento de Estado entre Janeiro e Setembro de 2005 na receita total da Segurança Social atingiu os 26%, quando no mesmo período de 2004 foi de 24,9%.

Com mais de 2.000 km de auto-estradas, Portugal ultrapassa largamente a maior parte dos países da Europa em AE por mil quilómetros quadrados e com um parque automóvel de 5 milhões de viaturas está ao nível do parque italiano que é o maior da Europa.

O "milagre do nível de vida português" resulta de vários factores, sendo o primeiro o tamanho da população activa. Os baixos salários portugueses são compensados pelo duplo rendimento do casal, por uma taxa de natalidade baixíssima e o aparecimento tardio do primeiro ou único filho.

As transferências líquidas da UE têm um impacto em termos de recurso externo, mas cifraram-se nos últimos anos numa média de um euro diário por cada português.

Portugal, apesar da fuga ao fisco, é uma nação bem equipada com infraestruturas e com um enorme parque habitacional de carácter social, tendo conseguido em poucos anos substituir quase todos os bairros de barracas por prédios de realojamento, sendo que muitos foram construídos em zonas "nobres" da cidade como nas imediações do Carrefour de Telheiras, na Avenida Maria Helena Vieira da Silva na Quinta do Lambert, na portentosa "Alta de Lisboa", no Paço do Lumiar, no Alto da Faia, isto só para falar da freguesia do Lumiar de que o autor já foi autarca.

Mas, acontece que tudo o que é positivo em Portugal assenta num terreno económico frágil.

A globalização, nomeadamente os tratados da OMC (Organização Mundial do Comércio) com o Uruguai Round, abriram as fronteiras europeias aos produtos de todo o Mundo e, consequentemente, à deslocalização de mais de 150 mil unidades fabris europeias. Com isso, os países da antiga UE-15 ficaram com vinte milhões de desempregados aos quais se acrescentam mais uns potenciais 10 milhões dos novos 10 países membros. O maior dos novos países, a Polónia, tem uma população de 38 milhões de habitantes dos quais 19% trabalham na agricultura, gerando apenas 3,3% do Pib polaco. Pelo menos 3,5 milhões de rurais polacos estão em vias de abandonar os campos e o país conta com 7,3 milhões de desempregados. Nos restantes nove países, a situação não é tão dramática por serem mais pequenos e mais desenvolvidos, em que os investimentos estrangeiros tiveram maior impacto com aconteceu na República Checa e na Eslováquia, Eslovénia e Repúblicas Bálticas.

O custo global da mão-de-obra portuguesa é o mais baixo da antiga UE-15, sendo de 7,21/hora, inferior aos 10,42 da Grécia ou aos 16,59 da Espanha, mas superior aos da maior parte dos novos países membros com excepção do Chipre e da Eslovénia. O problema português não está tanto nos novos países da UE que em breve terão salários iguais ou superiores aos portugueses. O grande diferencial está na relação com a China e com muitos países do Terceiro Mundo.

É certo que a única forma de equilibrar a riqueza no Mundo é transferir uma parte das actividades económicas dos países ditos ricos para os mais pobres e permitir a importação dos seus produtos, incluindo os agrícolas. Acabar com os subsídios da PAC e com os direitos niveladores permitiria a todos os países pobres tornarem-se mais ricos. Mas qual o preço a pagar por Portugal, e não só? O impossível fim de toda a sua actividade produtiva.

Como disse atrás, a ex-UE 15 tem 20 milhões de desempregados, estando cinco milhões na Alemanha e quase quatro milhões em França.

Portanto, o desemprego crescente em Portugal que já entrou na casa dos 7% não tem a ver com atraso tecnológico, pois os donos da Airbus, do CERN, da Agência Espacial Europeia e de tantas empresas de alta tecnologia ainda têm mais desempregados que Portugal. Em todos os países desenvolvidos está a assistir-se a uma desindustrialização acelerada. A maior parte das fábricas multinacionais em Portugal de calçado, confecções, cablagens e outros produtos já fecharam ou estão em vias de o fazer. Portugal nunca será competitivo com a China e, nem mesmo, com certos países como a Roménia que pagam menos de 50 cêntimos do euro à hora. É certo que se diz que Portugal deve abandonar o modelo de mão-de-obra barata para entrar em produções mais sofisticadas e de mais alta tecnologia. É tão fácil dizer isso como difícil é concretizar.

A China com os seus 1,3 mil milhões de habitantes inunda todos os mercados e coloca as suas lojas em quase todas as esquinas. A sua mão-de-obra chega a trabalhar totalmente de graça por via dos "houkous", os passaportes internos que não autorizam a população rural a abandonar as suas aldeias.

Mesmo assim, mais de 100 milhões de chineses já se deslocaram para a costa para trabalharem nas novas fábricas e na construção de cidades gigantescas.

Sem os respectivos "houkous" urbanos são explorados pelos novos capitalistas que os instalam em imundos barracões e não lhes chegam a pagar qualquer salário, além de não terem direito a Segurança Social, liberdade de alugar casa, reformas, etc. A maior parte dos estudantes de direito que organizaram "clínicas de apoio legal aos trabalhadores" foram presos, pelo que os trabalhadores sem "houkou" trabalham praticamente de graça, são escravos, e nas fábricas produzem artigos a preços incrivelmente baixos, incluindo cópias perfeitas dos bem portugueses tapetes de Arraiolos e artesanato de todos os países do Mundo.

Na China já trabalham mais de uma centena de fábricas de automóveis, tanto estrangeiras como nacionais. Recentemente, interesses chineses adquiram as máquinas e modelos da Rover, deslocalizando tudo para a China de onde passarão a fabricar os carros, enquanto a antiga casa-mãe limita-se a ser a distribuidora dos mesmos na Europa e EUA. Outros interesses chineses adquiriram grande parte da IBM e agora a Philips com aquilo que é a tecnologia de ponta europeia em medicina nuclear e electrónica em geral.

Portugal não pode competir com o calçado e confecções chinesas como não poderá competir com as bicicletas, motos, automóveis, computadores, electrodomésticos, etc. chineses. A fragilidade do tecido produtivo português é imensa, tanto o industrial como o agrícola.

O desemprego aumenta dia após dia em toda a Europa e os recentes acontecimentos franceses devem-se à falta de perspectivas para os jovens trabalhadores. Não foram só filhos de emigrantes que incendiaram mais de dez mil carros; foram também jovens franceses de origem. A Europa está num perigoso declive. A União Europeia está ferida de morte pelo desemprego e é falso falar em países ricos. A riqueza europeia é um pouco aumentada com o câmbio favorável do euro, mas é frágil. Calculo que dentro de poucos anos, a Europa dos 27, com a Roménia e a Bulgária a entrarem em 2007, terá mais de 50 milhões de desempregados e, a partir daí, não vejo outra coisa que não seja o fim a União Europeia e a recomposição de uma União mais pequena, limitada à França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Áustria, eventualmente transformada numa Federação associada ou não a outros países do euro.

Sem profundas alterações na política mundial de globalização, a grande crise económica que se adivinha, tanto na Europa como nos EUA e os indicadores são muitos, arrastará também toda a Ásia e o resto do mundo para a maior de todas as crises.

 



publicado por DD às 22:51
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Globalização
Globa.jpg

Globalização = Exploração dos Trabalhadores de Todas as Nações.



publicado por DD às 22:35
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Favela
Globa_favela.jpg No Mundo Globalizado a Favela permite poupar na componente salarial destinada à casa. A empresa paga só para o trabalhador comer e vestir-se sumariamente.


publicado por DD às 22:29
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