Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Domingo, 10 de Dezembro de 2006
Mendes Quer Transportes Caros

 

 

 

Marques Mendes resolveu novamente delirar e chamar estúpidos a toda a gente que o tenha ouvido.

MM na sua fúria direitista de privatizações quer agora que o Metro de Lisboa e do Porto, bem como a CP e a Soflusa passem para privados, sem explicar em que condições. Com a oferta das infraestruturas, tipo Brisa, ou com os privados a cobrarem aos utentes muito, muito mais, talvez umas mil vezes mais que actualmente.

MM afirmou que nos últimos quatro anos estas empresas tiveram prejuízos de mais de quatro mil milhões de Euros, portanto, incluiu aqui o tempo em que o PSD esteve no Governo, já que o Engenheiro Pinto de Sousa dirige o executivo há apenas ano e meio.

Mas, MM não percebe qual o custo das infraestruturas dos dois Metros, ele é mesmo de pequena estatura e inteligência. O alargamento do Metro de Lisboa e o Metro do Porto custaram mais do dobro do valor do ouro deixado por Salazar nos cofres do BP. Os túneis subterrâneos debaixo de duas cidades são obras caríssimas e nunca foram feitas para dar lucro, mas sim para a função social e ambiental de tornar as cidades transitáveis. O LUCRO está em transportar pessoas dezenas de milhões de vezes por ano e não em ganhar dinheiro. Até porque se um Metro novo como o do Porto desse lucro no primeiro ano de funcionamento seria porque os bilhetes custariam mil vezes mais que actualmente e, mesmo assim, não sei se pagariam a obra em apenas um ano.

Também a CP fez obras caríssimas nas linhas periféricas, quadruplicando linhas para tornar Lisboa e Porto acessíveis dos arredores sem passar pelo automóvel.

MM não percebe a função social e ambiental do meio de transporte colectivo movido a electricidade. Ele não percebe mesmo nada. Também nada sabe do investimento em excelentes catamarans que atravessam o Tejo em pouquíssimo tempo na sua largura máxima.

MM ofende os seus interlocutores e, principalmente, os utentes das linhas dos dois Metros que, percebem bem como aquilo funciona.

O Metro de Lisboa é principalmente infraestrutural no sentido em que aquilo é tudo automático; desde a venda de bilhetes, o carregamento dos passes mensais, a vídeo-vigilância, as cancelas automáticas e o próprio funcionamento com sistemas automáticos de travagem. O Metro poderia funcionar sem condutor, mas como todos os mecanismos são susceptíveis de falha, tem lá sempre um homem a conduzir ou vigiar o funcionamento.

Só nas oficinas de manutenção é que há mais gente a trabalhar directamente e bem, pois o Metro não registou um só acidente desde que começou a funcionar há 50 anos ou mais.

MM fala no endividamento destas empresas públicas. Pois é, as obras poderiam ter sido feitas com dinheiro adiantado pelos contribuintes. Mas, como nós não somos tão ricos assim e temos de comprar casas a prestações, também temos de fazer as grandes obras com créditos avalizados pelo Estado. Todas estas empresas receberam apoios da EU e créditos do Banco Europeu e da CGD, estando a pagar o serviço da dívida, amortizando a obra e a dívida ao mesmo tempo. É um processo normal de funcionamento e o Estado entra com dinheiro anual para isso e para que os passes mensais continuem a 17,50 e 12,50 Euros, conforme se tem mais ou menos de 65 anos.

O Metropolitano de Lisboa não tem gente a mais a trabalhar e aí o custo dos salários deve ser irrisório comparado com o investimento e a excelência das suas estações e composições ferroviárias. O mesmo se passa cm a Soflusa que tem os melhores barcos do Mundo para o tipo de serviço que presta e a CP está a renovar as suas linhas e já o fez com grande parte do material rolante.

A empresa privada que explora a linha-férrea que atravessa a Ponte 25 de Abril tem averbado prejuízos avultados, apesar de as suas composições andarem sempre lotadas e os bilhetes não são nada baratos e não ter pago o investimento na linha e estações. Apenas paga uma portagem.

MM não tem projecto algum para o País, pelo que diz asneiras sempre que abre a boca.

MM parece-se com o Alberto da Madeira que queria que o PR dissolvesse o Governo da Madeira para saber o que pensam os madeirenses das medidas do Governo Sócrates. O que devia ser feito é uma pergunta aos contribuintes do Continente se querem continuar a pagar os desmandos do Soba.

O líder do PSD-Madeira nunca disse que 50% dos madeirenses são reformados; uns do Estado e muitos outros por causa de umas dores nas costas que os incapacitaram para o trabalho. Têm assim um rendimento garantido sem fazer nada ao qual junta mais umas coisas ganhas no trabalho da terra, turismo ou outro qualquer ou, alguns, em fazer nada.

 

 

 

 



publicado por DD às 01:23
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Terça-feira, 5 de Dezembro de 2006
Salário Mínimo

http://www.dw-world.de/image/0,,408818_1,00.jpg

 

 

Sócrates conseguiu um notável êxito pessoal ao concitar um certo consenso entre todos os parceiros sociais quanto ao aumento do salário mínimo nacional para 403 Euros com previsão de aumento para 450 Eu daqui a dois anos e 500 daqui a quatro anos.

Ouvi na TSF as palavras do eng. Van Zeller a dizer que isso representava um desafio para a indústria, mas que esta seria capaz de o vencer e salientou, mais ou menos, que a questão dos baixos salários era um assunto para ser resolvido por todos. A UGT manifestou o seu pleno acordo e, pela primeira vez, que eu me lembre, o Carvalho da Silva da CGTP manifestou a sua concordância, dizendo que isto mostrava que as propostas da CGTP não eram irrealistas nem demagógicas. E acrescentou que a sua central defendia o salário mínimo de 500 Euros para daqui a três anos, mas enfim é para quatro e é necessário continuar a luta por salários mais altos.

Sócrates tem um sentido da gestão política e sabe coordenar uma política de austeridade em desfavor dos mais favorecidos e também tem a consciência que não pode contentar todos, mas não pára com as reformas que iniciou e que vão no sentido de um Estado com quase 300 organismos a menos e pessoal dirigente sem as regalias absurdas que muitos usufruíam (nem todos). Conseguiu acabar também com as mordomias dos administradores e gestores da CGD e do Banco de Portugal, tal como acabou com a dos políticos de Lisboa ou das autarquias.

Os reformados que são abrangidos pela igualização do IRS são apenas 180 mil de um universo de 2.250.000 que recebem pensões, ou seja, são 8%.

Como o engenheiro Pinto de Sousa sabe que não somos as Ilhas Fidji, enfrentou os militares, reduzindo o exército em 900 homens e a Força Aérea e a Marinha, cujos novos navios vão ter guarnições muito menores que os actuais, avançando no sentido de equiparação dos militares aos regimes da função pública, pois com forças militares profissionalizadas, só é militar quem quer e é justo que acabem todos os subsistemas que custavam imenso dinheiro e proporcionavam benefícios apreciáveis a pessoas que estão longe dos últimos escalões da pobreza em Portugal. Se fosse no tempo da I. República, já tinham saído para a rua, também com um Mendes Cabeçadas à frente, só que agora deve ser o neto do Cabeçadas do 28 de Maio.




publicado por DD às 20:40
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