Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Segunda-feira, 24 de Setembro de 2007
Opinião de Dieter Dellinger: Nova Frente de Conflito

 

            Inexplicavelmente, os EUA inauguraram uma nova frente de conflitos, inimizades e irritação. Mesmo sem significar guerra propriamente dita, não deixa de ser algo perigoso e novo no Continente Europeu que tinha alcançado uma certa Paz e Cooperação entre as suas muitas e diversificadas nações, pois à excepção da questão do Kosovo pouco ou nada divide a Europa de Lisboa aos Urais entre si.

            A notícia da eventual instalação de um sistema anti-mísseis balísticos na Europa, perto da fronteira russa, caiu como uma bomba. Ninguém esperava o renascimento das controvérsias dos tempos de guerra fria, tantos anos após o fim da divisão em dois campos antagónicos e 35 anos após a assinatura do Tratado ABM (Anti-Mísseis Balísticos) de 1972 que previa a interdição da expansão de sistemas anti-mísseis, deixando apenas o A-35 que deveria defender Moscovo e que é hoje considerado obsoleto e os sistemas colocados em território norte-americano.

            O propósito norte-americano foi dado a conhecer em Janeiro ou Fevereiro passados com o pedido de instalação de dez mísseis interceptores de mísseis balísticos na Polónia e de um radar gigante na República Checa. Estas instalações completam outras colocadas no Alasca, na Califórnia, na Grã-Bretanha e na Groenlândia, além de sistemas navegantes. Acrescente-se que muitas destas instalações existem há muitos anos, mas estão a ser modernizadas. De resto, sofreram sempre modernizações resultantes de uma investigação intensa no campo da detecção e intercepção de mísseis balísticos e não só. Em 1983, Reagan lançou o programa SDI – Iniciativa de Defesa Estratégica – e desde então o Pentágono investiu mais de 100 mil milhões de dólares nos seus projectos anti-balísticos. Para evitar problemas com o Tratado ABM, este foi denunciado unilateralmente por George Bush em 2001.

            Os EUA pretenderam no seu projecto inicial colocar algo de poderoso no espaço, cujo projecto foi designado de “Guerra das Estrelas” e que foi abandonado enquanto sistema de interceptores instalados em satélites, mas não enquanto utilização de satélites de detecção e vigilância. De qualquer modo, o projecto inicial revelou-se demasiado complexo e, provavelmente, inatingível.

            O actual sistema a colocar na Europa levantou protestos da Rússia, nomeadamente do comandante da Força Aérea Russa, general Boris Chelzov, que afirmou que os interceptores a instalar na Polónia poderão abater os mísseis balísticos russos logo após o disparo. Todavia, alguns especialistas russos e polacos têm vindo a afirmar que os dez interceptores não põem em causa a capacidade de retaliação russa que dispõe de muitos mais mísseis; mas, quem coloca dez interceptores pode colocar muitos mais e das referidas instalações muitos outros factos políticos podem surgir na Europa. Saliente-se que os propósitos norte-americanos não foram elaborados no âmbito da Nato e que os restantes aliados não foram tidos nem achados em nada disto e, nem sequer, informados.

            Algumas sondagens feitas na Polónia e na República Checa mostram que a opinião pública é maioritariamente desfavorável à instalação dos referidos sistemas, mas os EUA aproveitam o facto de os políticos actualmente no poder nesses países serem muito de extrema-direita, principalmente na Polónia, e estão a optar por políticas nacionalistas em que a aliança directa com os EUA serve de instrumento de pressão junto dos vizinhos russos e ocidentais. As elites e pensadores estão em geral contra. Saliente-se aqui a posição do ex-Director da Academia Diplomática da Polónia, Ramon Kuzniar, que declarou tratar-se de uma má resposta a um problema inexistente. Efectivamente, ele explicou que os americanos pretendem que o sistema se destina a defender os EUA e a Europa dos mísseis balísticos iranianos e norte-coreanos, sendo sabido que estes países não os possuem e nada indica que estejam interessados em bombardear a Europa ou os EUA, pois o desequilíbrio de forças, populações, capacidade industrial e territorial é tão grande que permitiria uma retaliação devastadora, mesmo apenas com armas convencionais.

            Os EUA não podem pretender que a irracionalidade da Al Qaeda com o ataque suicida do 11 de Setembro de 2001 e os ataques em Atocha, Londres e noutros locais podem vir a ter uma expressão equivalente da parte de dirigentes nacionais de países como o Irão e a Coreia do Norte.

            A Al Qaeda não tinha nem tem território propriamente dito e nada indica que alguém lhe vá proporcionar mísseis com ogivas nucleares. Até se sabe que as relações entre a Al Qaeda e o Irão nunca foram boas e que no Iraque a Al Qaeda apoia os sunitas e o Irão os xiitas e ambos matam-se uns aos outros com resultados mais que sinistros e incompreensíveis. 

            Os EUA, a meu ver, prosseguem quatro objectivos com a instalação de um sistema de mísseis anti-balísticos na Europa, a ver

           Ponto 1- Procurar uma compensação ou desvio de atenções para a inevitável retirada do Iraque, que será sempre vista como uma derrota, o que deixará a grande nação americana muito desprestigiada. Uma defesa anti-míssil daria uma ideia compensatória de terem um castelo ou muralha chinesa inexpugnável e se podem perder fora, no essencial, que é o território nacional ninguém tocará.

           Ponto 2 - Colocar um pé militar na Europa, aproveitando a fragilidade dos antigos países do Pacto de Varsóvia que temem ficar encurralados entre os inimigos históricos russo e austro-prussiano ou alemão. A Polónia sentiu como afronta profunda o projecto de construção de um gasoduto entre a Rússia e a Alemanha pelo Mar Báltico, portanto, sem pagamento de direitos de passagem pela Bielo-Rússia ou Ucrânia e Polónia. Há na Ucrânia quem queira aderir à Nato ou fazer uma aliança especial com os EUA pois temem que a Federação Russa possa intervir nas quezílias internas da Ucrânia.

            As boas relações entre russos e europeus centrais são vistas como ameaças a países como a Polónia e outros, mas a História é algo do passado e não há quem não tenha aprendido muito com os erros do passado.

            A Europa deixou de necessitar de um guarda-chuva nuclear americano, pois a Rússia tem dedicado pouca atenção às suas Forças Armadas e nunca teria nada a ganhar em meter-se em qualquer tipo de guerra, principalmente com o seu principal mercado comprador e vendedor. Os europeus também não reivindicam nada da Federação Russa. Por isso, a presença militar americana na Europa não tem mais justificação, a não ser que sejam criados novos factos políticos e novas inimizades internas na Europa.

            Ponto 3 - Criar um sistema de ameaça permanente ao Irão para o conter numa eventual tentativa expansionista após a retirada americana do Iraque e do Afeganistão e impedir a construção da bomba atómica iraniana, a qual, com mísseis ou sem mísseis, será sempre perigosa para os EUA e seus aliados no Oriente Médio, nomeadamente para Israel, cujo território de 20 mil km2 é muito vulnerável, principalmente se tivermos em conta que não chega ao dobro da área da Região de Lisboa e Vale do Tejo com os seus 11 mil km2.

            Ponto 4 – Prosseguir o sonho americano que ficou conhecido por “Guerra das Estrelas” de criação de um escudo contra mísseis balísticos, o qual permitiria a completa impunidade em eventuais ataques contra outras nações, concretizados no domínio real ou apenas virtual. O poder fazer é já um facto a ter em conta, mesmo que não se faça. Neste caso trata-se de implementar a nível mundial o chamado THAAD – Theatre High-Altitude Defence destinado a interceptar em voo os mísseis balísticos ou as suas ogivas nucleares, tirando proveito do enorme progresso verificado nos equipamentos electrónicos desde 1983. Hoje, há GPS de nos telemóveis e em relógios de pulso e a miniaturização de processadores facilita o trabalho de intercepção, mas também a capacidade de qualquer míssil atingir o seu objectivo. Nem sei se é possível desligar atempadamente os sistemas mundiais de GPS antes de um ataque surpresa. Claro, os mísseis balísticos são orientados por giroscópios de inércia que poderão ser complementados com GPS.

            Os americanos pretendem pois instalar na Polónia os lançadores de 10 interceptores do sistema THAAD, cujo funcionamento se baseia em primeiro lugar no alerta dado por um satélite de vigilância permanente. A partir desse alerta, a trajectória do míssil atacante passa a ser observada nos radares gigantes instalados no Alasca, Califórnia, República Checa, Grã-Bretanha e Goenlândia e num conjunto desconhecidos de navios equipados com os sistemas de radares Aegis, geralmente cruzadores da classe “Ticanderoga”, e que, a dado momento, determinam o ponto de cruzamento de um míssil anti-balístico com o do agressor. Do míssil anti-balístico serão disparados um ou mais “kill vehicle” que vão destruir a ogiva nuclear atacante pois sabem distinguir entre esta e ogivas de disfarce ou restos do atacante. O sistema é ainda apoiado por aviões com poderosos sensores radares e infra-vermelhos.

            O míssil anti-balística leva uma cabeça dirigível a infra-vermelhos a uma temperatura interna de -150ºC para distinguir a distâncias superiores a mil quilómetros o jacto a 2.000º C do motor-foguete atacante. Os dois mísseis aproximam-se a uma velocidade que pode atingir os 10 km/s (36.000 km/hora), pelo que qualquer pequeno erro ou desvio, mesmo de 1/10.000 de segundo origina o falhanço da intercepção. Estes mísseis interceptores são designados de GBI (Ground Based Interceptor), estando prevista a instalação de 40 unidades das quais quinze já estão no Alasca (Fort Greely), duas na Califórnia (Vandenberg). As restantes estão por instalar.

            Os americanos pretendem que em dois ensaios feitos, ambos os mísseis balísticos foram destruídos e a previsão de falhanços será de 1 para 10. Enfim, ensaios que custam 100 milhões de dólares cada.

            Os satélites de vigilância estão colocados em órbitas geo-estacionárias a 35.780 km de altitude, funcionando em conjunto com os radares gigantes baseados em terra com 29 metros de diâmetro.

 

            Complementarmente, os americanos instalaram lasers destruidores de mísseis balísticos em aviões B-747. Esses “airborne lasers” do tipo químico infravermelhos permitem acumular uma potência de centenas de kilowats num sistema óptico colocado no nariz do aparelho. Os raios lasers deverão aquecer as paredes dos mísseis atacantes de modo a provocar danos materiais que os façam despenhar antes de largarem as ogivas nucleares.

            Aparentemente, a divulgação minuciosa destes sistemas anti-balísticos norte-americanos na Net e em revistas da especialidade deve ter como função dissuadir certos países de construírem mísseis balísticos e utilizarem-nos como instrumentos de pressão diplomática e até podem resultar do facto de os americanos saberem que o seu funcionamento eficaz não estará garantido por muitos anos ainda. Talvez, a controvérsia levantada com a possível instalação na Polónia e República Checa seja mesmo propositada para criar o medo ou, talvez, considerem que o instrumento de retaliação dissuasora não é civilizado dados os elevados estragos que causaria.

 

            De qualquer forma, o perigo para a Humanidade não virá tanto da defesa, mas sim do ataque. Todos os movimentos pacifistas devem pugnar pelo fim de todas as armas nucleares e seus vectores. Só com a destruição do muito material que ficou ainda operacional após as reduções previstas no Tratados Salt I e II e outros é que a Humanidade pode respirar de alívio e, com isso, deixaria de ter sentido a existência de sistemas anti-mísseis.  As actuais potências nucleares teriam tudo a ganhar se chegassem a um acordo de destruição de todas as suas armas nucleares e vectores. Conseguido esse desiderato, seria possível impor a todas as nações do Mundo a proibição da posse de armas nucleares e seus vectores. A desobediência seria castigada com ataques convencionais às respectivas instalações fabris das ogivas e vectores.

 

           


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Sábado, 15 de Setembro de 2007
Revista de Marinha

Navio de Assalto "Bonhomme Richard" da US Navy

nas águas do Golfo Pérsico

 

A Revista de Marinha 939 de Agosto e Setembro de 2007 já está à venda.

Desta vez a RM resolveu prestar uma justa homenagem ao notável Museu da Marinha com 144 anos de existência. O seu director, o Capitão-de-Mar-e-Guerra José Rodrigues Pereira, publica um excelente artigo em que nos revela o historial e a magnífica obra de restauro e preservação de muitas das memórias de Portugal nos mares e nos ares, pois o hidroavião “Santa Cruz”, no qual Sacadura Cabral e gago Coutinho completaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, está perfeitamente preservado no Museu. Vale a pena ler artigo, mas mais ainda visitar o Museu.

 

Outro interessante artigo revela-nos a última viagem da escuna “Creola” em que participou na regata “Tall Ship’s Race Mediterrânea 2007”. O texto é o produto da colaboração dos membros da guarnição do navio.

 

A Comunidade Portuária de Lisboa revela em texto elucidativo como pretende defender a zona ribeirinha de Lisboa e, naturalmente, como o fará melhor que a CML, cujas tendências para a especulação urbanística é observável por quem se movimento na bela cidade portuária que é Lisboa.

 

A guerra do Iraque ou do Golfo vista na perspectiva naval é alvo de uma análise descritiva do imenso dispositivo naval do EUA na região, escrita por Dieter Dellinger, o qual dedica igualmente um artigo à problemática da montagem das turbinas eólicas no mar. O autor revela-nos o facto de Portugal ser já a quarta potência mundial em capacidade produção de electricidade a partir da energia eólica por habitante e a nona em termos globais, o que é significativo.

 

O colaborador da RM no Brasil, Nelson A. Carrera, escreve um interessante artigo sobre o vapor alemão “Werra” que trouxe muitos imigrantes da Europa para o Brasil, nomeadamente da Península Ibérica.

 

O comandante Augusto Salgado mais uma vez dedica um artigo à sua grande paixão, a arqueologia submarina, descrevendo num artigo intitulado “Um Tesouro no Açúcar” as peripécias resultantes do afundamento em 1608 de uma caravela oriunda do Brasil. O naufrágio ocorreu frente a Beliche, perto de Lagos, tendo o navio transportado junto com açúcar 25.000 ducados de prata espanhóis, possivelmente contrabando para fugir às malhas do “fisco” real espanhol, já que o mestre da caravela era originário de Huelva.

 

Ainda podem ser lidos noticiários sobre portos e navios e um artigo de Luís Filipe Marazzo sobre Regras Elementares de Segurança de Navegação.

 

A revista pode ser adquirida nas principais casas de revistas e no Museu da Marinha.

Para assinaturas pode fazer-se o contacto para revistamarinha@netcabo.pt.

 

 

 

 

 

 

 

 

Bergantim Real Exposto no Museu da Marinha


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Sexta-feira, 14 de Setembro de 2007
Abate de Automóveis

 

            Por ano mais de 170 mil viaturas ultrapassam os dez anos de idade e muitas mais de se juntam ao vasto número de carros velhos que ocupam lugares de estacionamento legais sobre os passeios e ficam frequentemente até atingirem o Estado de sucata, portanto, sem mobilidade e abandonados.

            Impõe-se para já que o modelo de compensação de Eu 1210,00 por viatura abatida em caso de compra de carro novo se estenda ao abate simples sem aquisição de qualquer carro.

            Muitas pessoas ou famílias possuem mais que um carro, sendo frequentemente um bastante mais velho de que se poderiam livrar sem adquirir outra viatura. Com isso deixariam de ocupar espaço, poupariam euros na importação de carro novo e utilizariam menos as suas viaturas com menor emissão de CO2 e menos consumo de combustível.

            Compete pois aos deputados do PS propor já esta medida ao Ministério das Finanças para ser incluída no próximo Orçamento de Estado.

           

           



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