O primeiro navio comercial equipado com a asa kaite, o “MS Beluga SkySail” de Bremen com 10.000 toneladas de deslocamento.
Como a “asa kaite” permite que o navio navegue com ventos de quase todas as direcções menos de proa.
Com o preço do barril de petróleo a aproximar-se dos 100 dólares e na perspectiva de atingir muito mais no decurso de 2008, todos os consumidores de combustíveis fósseis procuram alternativas para os substituir no todo em parte e as marinhas mercantes encontram-se entre os principais consumidores e em simultâneo poluidores do meio ambiente, já que os óleos pesados produzem além do CO2, óxidos de azoto, óxidos de enxofre, etc. e a tonelada do combustível está a subir para mais de 400 dólares.
Mesmo que se venha a verificar uma das tradicionais pequenas quebras nos preços do crude, a realidade é que tudo indica que a subida continue e seja possível chegar aos “dias negros” do barril a mais de 100 dólares com o rebentar de uma crise mundial de todos os sectores que não tomaram previdências prévias para substituir parte do petróleo por outros sistemas energéticos. A China e a Índia, além de outras grandes nações asiáticas, aumentam o consumo de combustíveis na medida em que as suas economias crescem, enquanto que os grandes consumidores da Europa e dos EUA não conseguem reduções significativas por muito que tenham já feito no campo das energias renováveis e nuclear, mas são os transportes por estrada, mar e ar que se responsabilizam por mais de 60% do consumo de petróleo bruto no planeta.
A utilização de energia renovável que é o vento nos navios é tão antiga como os próprios navios, mas não de uma forma nova sem mais pessoal e quase automática como a que foi recentemente inaugurada com as chamadas “SkySails” ou Asa Papagaio ou Kaite como a designam os surfistas.
O engenheiro alemão Stephan Wrages um adepto do surf com vela ou asa fundou a empresa SkySails que lançou depois de muitas experiências as primeiras asas impulsionadoras para quase todos os tipos de navios.
As asas podem ir dos 500 metros quadrados de superfície aos 5.000 e são de duplo tecido muito fino forrado internamente com hélio. A sua espessura é da ordem dos 48 mm apenas. O material de confecção é a fibra de polietileno Dyneema da empresa holandesa DSM, fibra já conhecida dos fabricantes de cabos para veleiros de competição, coletes anti-balas, luvas especiais, etc. Trata-se pois da fibra mais resistente que há em relação ao seu peso; muito mais pois que uma fibra de aço, sendo flutuante e permite o fabrico de peças muito flexíveis como a asa SkySail com uma aerodinâmica própria para impulsionar navios como o “MS Beluga SkySails”, um porta-contentores de 10.000 toneladas de deslocamento do armador de Bremen “Beluga Shipping”.
A asa fica geralmente acomodada e enrolada numa gôndola colocada num mastro telescópico na proa do navio, podendo ser solta, logo insuflada com Hélio e largada para subir a uma altura de 250 metros onde apanhará os melhores ventos que impulsionarão o navio de modo a permitir uma poupança em carburante diesel da ordem dos 35% a 50%, o que é significativo com a tonelada da tonelada de carburante a ultrapassar os 400 dólares e chegar mesmo acima dos 500. A asa pode também aumentar a velocidade do navio sem poupar muito combustível.
A fixação dos cabos da asa pode ser feita no mastro telescópio ou num carril ao longo do navio de modo a funcionar em todas as direcções do vento. Assim, o impulso da asa kaite verifica-se num vasta espaço angular que vai dos 90 e tal graus de bombordo ao mesmo ângulo de estibordo como mostram as fotos que ilustram este artigo. Só em ângulos da ordem dos 100º contra o vento é que o sistema não funciona.
O sistema começou por ser testado em modelos de porta-contentores de 10 metros, num grande catamaran e num navio de carga de 800 toneladas e sempre com êxito. A força impulsionadora da asa de 500 metros quadrados pode atingir as 150 toneladas, estando garantida a resistência do material da asa e respectivos cabos.
O facto de a asa kite ser voadora significa que os ventos angulares não inclinam o navio, limitando-se a provocar mudança de posição da própria asa na sua altura de 250 metros. Este facto é muito importante nos navios que levam os contentores empilhados e raramente devidamente seguros e nem sempre com o peso de mercadorias. Por isso algumas soluções anteriores de asas automáticas do tipo das utilizadas nos juncos chineses não tiveram qualquer êxito.
A asa papagaio pode ser utilizada com ventos até Força 9. Em caso de depressões ou tempestades próximas, a asa pode ser enrolado num espaço de tempo de 45 minutos.
Nos navios de alto-mar, esta asa tem dado excelentes resultados ao contrário do que acontece em navios fluviais ou costeiros que navegam em águas estreitas. Aí a necessidade de manobra a que a asa obriga não se coaduna com as limitações do espaço de navegação.
O sistema vélico baseado na asa insuflada funciona automaticamente em ligação a um software apropriado com base nos dados de navegação obtidos a partir do GPS. Seis em seis horas, o computador recebe a posição do navio e os dados sobre os ventos a 250 metros de altitude, calculando automaticamente o perfil mais adequado da rota económica do navio.
A utilização de asas maiores e mais do que uma está em estudo, sendo a asa da proa e a da popa dispostas em posições que não se podem chocar e enrolar entre si, o que objectiva uma navegação apenas à vela sem o uso continuado dos motores diesel, remetido apenas para a navegação costeira, manobras ou na ausência de ventos suficientemente fortes.
Enfim, mais um produto da Alemanha, o país que reinventou a mais antiga das energias, a eólica, graças a um pequeno partido ecologista que participou no poder mas não ganhou nada com o seu esforço em prole das energias renováveis pois foi eleitoralmente castigado porque os grandes interesses ligados à energia nuclear e ao petróleo e gás souberam pagar campanhas eleitorais mais agressivas e convincentes para um eleitorado nem sempre informado.
Publicado por Dieter Dellinger na edição da Revista de Marinha posta à venda no dia 21 de Dezembro de 2007.
Menezes não é só candidato a Primeiro como, principalmente, candidato a um lugar no Guiness Book. Efectivamente, desmantelar o Estado em seis meses é tarefa nunca vista no Mundo, qualquer que seja o sistema político, pelo que faria bem parte do Livro Mundial dos Recordes.
O putativo candidato defende a privatização do ambiente, das comunicações, dos transpores, dos portos, de parte das prestações sociais e acabar com o “monopólio” da saúde, educação e segurança social. Só faltou dizer que quer substituir o Exército pelos homens da famosa empresa de segurança Blackwater.
Claro, Menezes confessou ao Expresso que seria burrice apresentar já um programa de Governo e é verdade, nada mais burro que tentar concretizar tanta burrice, mas o que disse é já suficiente para o colocar no mundo dos asnos.
Privatizar o ambiente? O que será? O ambiente será do Estado ou de todos os cidadãos? Quando vamos à praia da Fonte da Telha na orla marítima pública, vamos à praia do Estado, do Sócrates ou a uma das muitas praias de todos nós. E as serras com terrenos e matas públicas? Não são de todos nós, ou julga o Menezes que passarão a ser dele e que as pode “privatizar”, portanto, vender ao grupo Espírito Santo para impedir os cidadãos de frequentarem livremente os espaços públicos. Menezes confunde o que é público, propriedade dos portugueses, com o Estado que admite vir a ser sua propriedade se for eleito PM.
O maior desrespeito pela propriedade começa pela de todos os portugueses que são muito mais que os milionários da nossa praça.
Actualmente, está quase tudo privatizado, menos os serviços públicos prestados aos cidadãos no campo da saúde, educação, transportes, etc. A serem privatizados, deveriam acabar todos os impostos; passaríamos a pagar portagens por tudo e mais alguma coisa, pagaríamos como já fazem muitos os seguros de saúde que, por acaso, até são em grande parte do Estado através da CGD (Medis, Medicare, etc.).
Na questão das reformas, a privatização de parte das mesmas iria reduzir as receitas do Estado que continuaria onerado com as reformas de mais de 3 milhões de portugueses aposentados e reformados e todos aqueles que estão próximos da idade da reforma. Claro, Menezes poderia privatizar todo o sistema e então quem tomasse conta do mesmo continuaria a pagar as reformas com os aumentos compensatórios da inflação. Resta saber se há grupos financeiros para assumirem tais responsabilidades. Mas, não seria desinteressante, entregar a Segurança Social aos seus verdadeiros donos, ou seja, aos trabalhadores que pagam contribuições e aos reformados que pagaram durante 40 anos ou mais. Estes elegeriam os seus dirigentes e o sistema não seria nem capitalista nem estadual, mas sim um colectivo cooperativista sob controle do Estado e com leis muito severas para punir todo o administrador que se aproprie indevidamente das verbas alheias ou que desvie o mais pequeno cêntimo para outros fins que não os definidos na Lei, pois casos como o BCP podem repetir-se em tudo o que não seja Estado.
Curiosamente, quando Menezes radicaliza o seu discurso em torno do privado, os accionistas do Maior banco privado português foram buscar um administrador ao banco do Estado, a CGD, pois não encontraram alguém mais competente.
Menezes não sabe distinguir o Estado do Público e esquece que a ser eleito (Deus nos livre!) sê-lo-á pelo Público, ou seja, pelos Portugueses que não querer pagar portagem para ir à praia. privada ou pagar muito mais pelo metro, caminho-de-ferro, electricidade, água, etc., etc. para darem lucro enquanto empresas privadas.
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