Submarino Russo "Paltus" da Classe 877 (KiloII)
Já foi posta à venda o número de Janeiro de 2009 da Revista de Marinha.
Profusamente ilustrada, como é habitual, a RM traz na capa uma excelente foto do gigantesco paquete “Norwegian Jade” atracado ao cais de Alcântara.
Para além dos noticiários sobre marinhas de guerra, mercante, pesca e desportiva, a RM abre com um artigo de Orlando Telmes de Oliveira com o elucidativo título de “O Naufrágio do Ensino da Mestrança e Marinhagem em Portugal” em que se critica com razão o desaparecimento desse ensino com o abandono de importantes equipamentos e edifícios que incluía um simulador de ponte de navio e instalações para a simulação situações de incêndios e alagamento.
Dieter Dellinger publica neste número o seu quinto artigo respeitante à Marinha Russa, desta vez dedicado aos submarinos diesel-eléctricos com várias fotos dos mesmos. Segue-se um artigo do mesmo autor com o título “O Acidente no Submarino Russo Nerpa”. Ainda o mesmo colaborador publica em artigo “O Porto de Lisboa” um texto sobre o polémica do alargamento do cais de contentores de Alcântara no qual defende que o porto da capital do País destina-se a navios e que Portugal não pode voltar as costas ao mar e ao Tejo, tornando o elemento marítimo apenas paisagem.
A captura por piratas somalis do petroleiro gigante “Sirius Star” é também descrita por Dieter Dellinger que no próximo número apresentará um estudo mais aprofundado. Também “O Acidente no Submarino Russo Nerpa” mereceu a atenção do autor deste blog.
O crescimento da actividade de Reparação Naval por parte da Lisnave é descrita com atenção e num excelente grafismo ilustrado, tal como é o artigo do comandante Augusto Salgado, eminente arqueólogo-mergulhador, intitulado “Naufrágio do Arrastão Santa Mafalda (1964)”.
O capitão de Marinha Mercante José Ferreira dos Santos publica neste número da RM um excelente artigo com o título de “Augusto de Castilho” – Caça-Minas ou Patrulha?.
Este é o último número em que a Revista de Marinha tem como director o comandante Gabriel Lobo Fialho que a dirigiu durante 33 anos, tendo tido o autor deste blog como colaborador durante 20 anos e que continuará no seu “posto”.
O próximo número da RM será “comandado” pelo Contra Almirante Henrique Machado Fonseca que já foi director dos “Anais do Clube Militar Naval” e tem uma longa carreira na Marinha de Guerra, nomeadamente no comando de várias fragatas portuguesas em missões da Nato.
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O oligarca russo Roman Abramovitch perdeu com a actual crise financeira a “módica” quantia de 20,2 mil milhões de dólares. O proprietário do FC Chelsea viu a sua imensa fortuna ser reduzida de 23,5 mil milhões para 3,3 mil milhões de dólares. Isto em termos de capital bolsista perdido, pois desconhece-se qual o montante das dívidas do oligarca, as quais admite-se que sejam bem superiores ao valor dos activos na sua posse e, como tal, o homem deve ter deixado de ser oligarca e já nem será rico, podendo manter as aparências enquanto os bancos não exigirem o pagamento das dívidas.
Os seis mais ricos oligarcas russos terão perdido mais de 100 mil milhões de dólares. O segundo mais rico depois do Abramovitch, Oleg Deripaska, viu os seus activos encolherem de 20 mil milhões de dólares para 7,5 mil milhões e ficar com dívidas no valor de 14 mil milhões de dólares. O “rei do aço” Wladimir Lessin, dono do ex-combinado socialista Novolpizek, passou de 22,2 a 3,1 mil milhões de dólares, enquanto outro dos “czares do aço”, Alexei Moradascov, dono da Severstal, perdeu 18,6 mil milhões de dólares.
Também o dono do níquel russo, Michail Procorov, passou de um capital bolsista de 21,5 mil milhões para 6 mil milhões de dólares com dívidas em valor superior.
De alguma forma pode dizer-se que a era dos oligarcas russos acabou. O valor das matérias primas desceu de tal modo que a maior parte das suas empresas estão a perder dinheiro e, como tal, o seu capital bolsista continua a cair. O resultado é que o Estado Russo não poderá deixar de tomar conta das empresas dos oligarcas e dos principais bancos da imensa federação e isto por uma fracção ínfima do seu valor ou mesmo gratuitamente.
É verdadeiramente curiosa a fragilidade do capitalismo. Num ápice desapareceu o seu brilho e mais de 100 mil milhões de dólares.
Durante o dia de hoje, 19.12.08 pelas 12.30, o preço do barril de petróleo (Barrel Light Sweet Crude) chegou a ser cotado na bolsa de mercadorias NYMEX a 33,87dólares para entrega em Janeiro e a 41,46 USD para Fevereiro de 2009.
O Brent do Mar do Norte foi cotado na Bolsa de Londres a 43,80 USD, tendo acabado o dia a um valor ligeiramente superior.
Claro, os analistas não acreditam que estes preços se mantenham pois a decisão da OPEC em reduzir a produção em mais de 2 milhões de barris diários acompanhada por uma decisão semelhante da Federação Russa permitem antever alguma subida da cotação do barril, mas certezas não há, pois o que se tem verificado foi uma redução mundial do consumo acelerada pela perspectiva de uma crise económica global capaz de durar mais de um ano. De qualquer modo, os analistas fazem previsões e os economistas vão depois explicar à posteriori a razão porque os cálculos feitos à priori erraram totalmente. De acordo com os analistas deveríamos ter o “crude” a 200 dólares e, afinal, chegou a menos de 110 dólares do preço máximo, o que está a causar uma crise enorme nos países produtores de petróleo, muitos dos quais perderam biliões no colapso do capital bolsista verificado em todo o Mundo.
Evolução dos Preços do Barril:
Data | Cotação Final | Abertura | Máximo do dia | Mínimo do dia |
18.12.2008 | 43,98 | - | - | - |
17.12.2008 | 40,06 | 44,25 | 45,52 | 39,88 |
16.12.2008 | 43,60 | 44,68 | 46,52 | 42,59 |
15.12.2008 | 44,51 | 47,04 | 50,04 | 44,11 |
11.12.2008 | 47,98 | 43,75 | 49,12 | 43,29 |
10.12.2008 | 43,52 | 42,72 | 46,16 | 41,86 |
09.12.2008 | 42,07 | 43,98 | 44,59 | 41,84 |
08.12.2008 | 43,71 | 41,90 | 44,67 | 41,64 |
04.12.2008 | 43,67 | 46,68 | 47,10 | 43,38 |
03.12.2008 | 46,79 | 47,59 | 48,03 | 46,12 |
A queda do preço do petróleo bruto (Brent) para os 42,93 dólares de agora representa um choque tremendo na economia dos países produtores, todos a contarem com o barril a mais de 100 dólares e até a 200 no fim deste ano. Foi uma surpresa não prevista por nenhum economista, apesar de ser claro que as bolhas rebentam sempre e, neste caso, por bolha entende-se um aumento exagerado dos preços
O preço actual roça o chamado “Índex” de muitas regiões do Globo, isto é, o custo da produção, pelo que alguns países estarão já a perder dinheiro e ninguém sabe porque desce assim o petróleo já que o consumo atingiu um valor relativamente elevado ou semelhante ao do início deste ano.
Em Portugal, os combustíveis desceram bastante, mas não o suficiente para estarem iguais aos preços que vigoravam quando o “crude” estava ao preço actual. Claro que estão a ser feitas promoções, há muitos títulos de bonificação. Até as lojas Minipreço oferecem vales de um euro para quem mete 20 litros, o que significa 5 cêntimos de desconto, o que leva o gasóleo para os 99 cêntimos e a gasolina 95 para 1,02. E há muitas mais promoções que rondam os 6 a 8 cêntimos de desconto por litro.
Associado à queda Euribor e à descida de muitos outros preços, pode dizer-se que as famílias portuguesas começam a tiram algum proveito da crise, tanto mais que não tem havido muitas fábricas a fechar.
A Delphi de Ponte de Sor que fabrica volantes e airbags com mais de 400 trabalhadores esteve para fechar e chegou a enviar equipamento para a Roménia. Agora fez regressar o equipamento e continua a funcionar em Portugal. A indústria automóvel está em crise, mas as quebras rondam os 10 a 20%, o que significa que para os restantes 90 a 80% de automóveis que estão a ser fabricados e vendidos são necessários os equipamentos habituais.
Enfim, não prevejo uma crise tremenda, tanto mais que Plano Obama parece ser prometedor, vai ser gerido com grande energia e não deixará de influenciar o Mundo inteiro.
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