Na última reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro e EU ficou marcada por uma de duas mortes; ou morre o Euro na sua atual arquitetura ou morre a União Europeia e, mesmo, a Europa propriamente dita.
Nenhum economista em Portugal e no resto da Europa, que eu saiba e tenho procurado livros sobre o Euro, descortinou que o Euro como moeda não estatal e não financiadora dos Estados é o grande inimigo do crescimento económico e progresso europeu e tanto pior quanto maior for a quantidade de euros que sai da Zona Euro para pagar os produtos chineses e petrolíferos, etc.
A Alemanha arquitetou uma moeda única, que funciona como o padrão ouro no Século XIX, associada à proibição de emissão de moeda para saldar défices públicos, ou seja, para honrar os compromissos dos Estados.
No início, cada estado recebeu um dado stock de euros que, na aparência, permitiria crescer desde que os défices fossem inferiores a 3% com o compromisso de chegarem aos 0%. C. Caso contrário, os Estados teriam de pedir emprestado euros e submeterem-se aos humores dos mercados, tal como acontecia no Século XIX em que os Estados pediam dinheiro como se fossem particulares. É interessante ler o “Portugal Contemporâneo” de Oliveira Martins para ver as quase bancarrotas do Estado português quando quis modernizar o País a partir de 1851 (Regeneração) com a construção de estradas caminhos de ferro, pontes, portos, escolas e universidades técnicas, etc.
O Estado, ainda não social, gastando uns 10% do PIB recorria à bolsa de Londres para se financiar, colocando títulos cortados pelo mercado. Quer dizer, um título de 100.000 reis só encontrava comprador a 50.000, por exemplo, pagando o Estado o juro dos 100.000. Nessa época, a emissão de moeda estava restringida pela quantidade das reservas de ouro ou prata (na América do Sul) e o Reino Unido como se tinha apoderado das minas de ouro da África do Sul emitia libra ouro que emprestava aos Estados em vias de bancarrota. Algumas vezes, os empréstimos estavam caucionados a receitas alfandegárias ou dos tabacos porque não havia a garantia de o Estado poder pagar o que devia. Aconteceu isso algumas vezes com Portugal.
O Euro representava algum de pior que o padrão ouro, pois já as reservas em ouro não contam para a emissão de moeda. Os Estados não podem vender o seu ouro, salvo umas pequenas quantidades, e não emitem moeda, estando o Banco Central Europeu também proibido de emitir moeda.
Como só se entrava no Euro com um défice bem abaixo dos 3% e uma dívida pública que nunca deveria ser superior a 60% do Pib parece que o caráter estático do Euro não teria problema. Só agora se verificou que o Euro passou a ser um inimigo interno do crescimento económico ou que só pode haver crescimento se um dado Estado ou tribo europeia se apodere dos euros de outros Estados. No passado histórico as muitas tribos europeias transformadas em reinos ou Estados tribais adquiriam possessões ultramarinas para se apoderarem de riquezas que permitisse o seu crescimento económico.
O objectivo de introduzir o Euro teve em vista reduzir as despesas do Estado ou relativizá-las à cobrança de imposto, colocando o Estado no dilema de gastar no social, pensões de reforma, saúde, educação, etc., ou no investimento produtivo. Os trabalhadores, os verdadeiros pagadores de impostos, não teriam alternativa que financiar o chamado empreendedorismo através dos subsídios estatais e assim prescindir do social que nunca deixou também de ser pago pelos trabalhadores.
Quem tinha antes crescido muito como a Alemanha ficava com uma certa vantagem e obrigava-se a si mesmo e aos outros países a iniciarem o desmantelamento do Estado Social. Os capitalistas alemães sentiam como um grande problema o alto nível salarial dos trabalhadores alemães e o seu complexo Estado Social.
Acrescente-se que foi precisamente a liberdade de os Estados gastarem dinheiro no Social e no Investimento que fez o maior período de crescimento da história europeia e até mundial, os gloriosos 30 anos de 1945 a 1975, terminados com a primeira crise petrolífera e é o que faz atualmente o crescimento da China que manipula a sua moeda de modo a ter um baixo valor para exportar mais e controla os salários dos trabalhadores sem permitir reivindicações da parte de sindicatos livres.
Os alemães quiseram sempre reduzir os seus custos salariais pela importação em massa de mão de obra estrangeira e pela estabilidade forçada das despesas públicas, acentuando-se essa tendência com a queda do comunismo. Antes, era preciso mostrar que o capitalismo podia pagar melhor e fornecer muitos mais serviços públicos e bens de consumo que as ditaduras comunistas. Após a queda do muro, o objectivo era mesmo regressar ao Século XIX, ou seja, a um Estado limitado e com o chamado social privatizado. A tarefa não é fácil porque o Estado Social é também uma componente importante da economia e com a crise de 2008, o Estado enfrenta pela primeira vez um capitalismo falido ou em estado de debilidade inativa, mas, mesmo assim, o período de intervencionismo do Estado não chegou a durar um ano. Logo que se apercebeu que não ia tudo à falência, a União Europeia voltou ao combate ao Estado Social com uma dureza inesperada, liderada pela Angela Merkel, uma mulher da escola duríssima da ditadura comunista convertida ao capitalismo mais absurdo e explorador que se possa querer imaginar.
A Europa tornou-se completamente IRRACIONAL do ponto de vista económico, tornando impossível o crescimento económico e, como tal, a possibilidade de as receitas fiscais subirem sem aumentos de impostos.
Graças à poderosa Alemanha, a Europa está a entrar na época da fome e os Estados europeus ficaram acorrentados às grilhetas da moeda única.
Assim, curiosamente, o próximo candidato a entrar, livremente na prisão do Euro, a Estónia, terá este ano um défice minúsculo, a sua dívida pública é diminuta como o seu Estado Social, mas o seu Pib desceu 15% este ano.
O Estado pode estar em ordem, nos parâmetros da senhora Merkel, mas a troco de um crescimento negativo, o que implica duas coisas: emigração ou natalidade abaixo da taxa de reposição.
Infelizmente, nunca vi um Medina Carreira ou um tal professor Cantigas no “plano inclinado” do Crespo analisar esta problemática e pretendem ser especialistas. Também um tal Cavaco, doutor em economia, nunca falou no assunto nem encontrei alguém no Expresso a discutir os erros da arquitectura do Euro. Toda a gente finge que há só um problema português e que o Estado deve gastar menos e depois criticam o fato de a economia não crescer.
Os mais populares só olham para a reforma e o subsídio vitalício do Manuel Alegre e de mais 67 deputados como se estivesse aí o problema.
Portugal vive hoje sob a chantagem dos alemães e bastou a deputada Ana Gomes entregar uma queixa na Comissão Europeia por causa da corrupção nos submarinos para, de imediato, a agência Mody’s vir a público dizer que o rating da República Portuguesa iria descer e os juros dos chamados Mercados começarem a subir.
Cavaco até se insurgiu contra o fato de estarmos a insultar os Mercados e que isso tornaria a vida mais difícil aos portugueses. É verdade, mas é por algo que ele nunca estudou, a arquitectura da moeda única estabelecida na sua pior forma em 1999.
Li um livro do Louçã e não encontrei lá nada disto. Muita coisa contra o capitalismo e as direitas, mas nada sobre a mecânica monetária a que estamos sujeitos.
A Moeda única como instrumento retrógrado e conservador tem de ser combatido como está e mudada totalmente de modo a tornar a Europa mais racional. O BCE deve emitir 2 biliões (milhões de milhões) de euros para compra da dívida soberana de vários estados europeus a um juro muito baixo. Atualmente o Fundo Europeu de Estabilização dispõe apenas de 0,44 biliões e para emprestar o BCE não tem mais de 0,61 biliões e só fez compras diretas no valor de 0,067 biliões de euros, o que foi manifestamente insuficiente. Os 2 biliões podem parecer muito, mas a zona euro é constituída por 330 milhões de habitantes e tratar-se-ia de emissão de moeda ao longo de 2 a 4 anos.
Não quer dizer, evidentemente, que se deve seguir o caminho da inflação a qualquer nível, mas dentro de limites, o Banco Central Europeu deve poder emitir moeda de modo a salvar os Estados da falência ou então será todo o projeto da União Europeia a falir. De resto o enorme crescimento da Europa depois de 1945 não foi acompanhado por grandes surtos inflacionários, exceptuando alguns períodos relativamente curtos em França, Itália e no Portugal de 75 a 90.
Os Estados não podem, nem devem, pagar juros da ordem dos 8 a 10 vezes a taxa de inflação, pelo que a solução particular é impor taxas gravosas sobre a saída de dinheiros para fora, impedindo o esbulho por parte dos países exportadores, sejam europeus ou de fora do nosso continente.
Enquanto a Grécia mergulha no caos de uma violenta e agressiva greve geral, a bruxa Merkel prepara-se com o sócio Sarkozy para recusar os “eurobonds”, títulos de tesouro a emitir pelo Banco Central Europeu que passaria assim a funcionar como qualquer banco central antes do euro ou como funcionam os dos países exteriores à zona euro, isto é, como emissor de moeda para a compra de títulos de dívida. De resto, o BCE é um único banco central sem as competências de uma entidade do género.
Para a bruxa e alguns outros países europeus, a salvação do Euro está no naufrágio dos países periféricos em dificuldades, a começar pela Grécia, cujas medidas de austeridade impostas pela União Europeia e FMI vão provocar uma queda do respectivo PIB em 4,5% ou mais, em troca de um crédito de 110 mil milhões de euros, os gregos têm de passar por uma cura que não se sabe se vai tratar o doente ou conduzi-lo à morte.
A Alemanha recusa os títulos de tesouro do BCE porque tem uma dívida gigantesca, apenas 3% do Pib menos que a Portuguesa, mas com um valor per capita superior ao dobro do português. Os alemães financiam-se nos seus grandes bancos a 2,5 a 2,7% e temem que se esses bancos forem obrigados a colocar dinheiro no BCE os juros podem subir em mais de 1%. Os “eurobonds” passariam a vencer juros da ordem dos 3,7%, o que representa um aumento de uns 230 euros per capita ou um total de 18.860 milhões de euros anuais de despesa para o Governo alemão.
Para além disso, há uma recusa do chamado “bail out” europeu, ou seja, uma garantia de todos os países da eurozona para com as dívidas dos que estão em maiores dificuldades.
Apesar de haver uma maioria de países a favor dos “eurobonds”, não é muito provável que venham a ser aceites. Curiosamente, a França deveria estar ao lado dessa maioria porque a sua dívida soberana é superior à portuguesa em percentagem de um Pib muito superior ao português.
Ao ler os noticiários vindos da Alemanha, pude verificar que muitos economistas dos institutos de previsões que aconselham o governo da bruxa Merkel propõem uma redução da zona euro. Os mais importantes acham que o euro deveria ser uma moeda comum à Alemanha, Finlândia, Holanda e Áustria. Entre os vários argumentos pode ler-se que Portugal sofreu uma quebra de competitividade de 50% desde que adoptou o euro e que a “oligarquia” parisiense sabotou desde o início a política de estabilidade da moeda única. Na verdade, as muitas fábricas estrangeiras que fecharam mostram que houve essa quebra em Portugal, apesar de que algumas indústrias nacionais conseguiram sobreviver graças a um esforço de modernização e aperfeiçoamento dos seus produtos.
Alguns economistas pretendem que a União Europeia financie com um importante subsídio a saída da Grécia e outros países como Portugal da eurozona. Portugal poderia ver as suas dívidas liquidadas desde que saísse do euro, podendo então desvalorizar a sua moeda de modo a tornar as exportações mais competitivas e dificultar as importações que se tornariam mais caras. Citam o exemplo da Polónia que está com um crescimento importante e tem uma dívida pública na sua moeda de 51% do seu Pib. O seu défice para este ano está estimado em 7,1% do Pib, mas como a moeda pode perder valor, assim a dívida me valor atual não sofre um grande aumento.
Enfim, vamos ver o que os chefes de Governo da EU vão decidir na reunião que começa a 16 de Dezembro de 2010.
Para os que ainda teimam em dizer que há uma crise portuguesa depois de verem cair na falência dois países de “raça superior”, segundo muitos portugueses, a Islândia e a Irlanda, e antes disso a Grécia com a Bélgica, a Espanha e a Itália em perigo e em situações financeiras piores que a portuguesa.
O biltre Berlusconi escapou à risca de uma moção de censura por 314 contra 311 votos, mas o povo manifestou-se nas ruas de Roma com uma violência inaudita. Viaturas foram incendiadas e travaram-se violentas batalhas com a polícia. A situação italiana é caótica com uma dívida soberana de 130% do PIB e défices gigantescos, apesar de ser o país da Fiat e dos Ferraris com uma enorme indústria siderúrgica, de máquinas e equipamentos e moda, além de uma vasto sector agroindustrial e uma enorme marinha de mercante em que pontuam os grandes paquetes de cruzeiro. Até o velhinho “Funchal” pertence a um armador italiano.
A Itália tem dívidas a vencer em 2011 no valor de quase 25% do seu PIB e está em apuros com o crescimento dos juros dos seus títulos do tesouro, apesar de ser um país rico em que nada falta, pelo menos, a norte de Roma.
Os italianos são, a nível mundial, os reis do design. Não há automóvel europeu, japonês, coreano ou chinês que não tenha o toque estilístico dos grandes designers italianos que desenham tudo, desde a gravata ao automóvel, passando por todos os objectos e moda e de uso corrente.
Mas, pior ainda está a Bélgica, incorrigivelmente dividida entre flamengos e francófonos, a braços com uma problemática financeira mais gravosa que a portuguesa. A sua dívida soberana ultrapassa o valor do PIB e, mesmo assim, está quase sem governo há um ano ou mais.
Na Grécia, os bem pagos controladores aéreos entraram em greve contra as medidas financeiras do Governo. Não se convencem que um governo não possa fazer aparecer dinheiro por decreto.
Enfim, só os néscios é que não percebem que há mesmo uma crise europeia e que o euro, afinal, não serve para grande coisa enquanto a bruxa Merkel e o apoucado Sarkozy continuarem as suas mesquinhas políticas financeiras que pretendem ser alteradas só em 2013, porque a partir de 1 de Janeiro de 2014, as decisões na EU serão tomadas por maioria e as duas grandes nações dos dois medíocres não formam a maioria na Zona Euro nem na União Europeia.
A Alemanha sente-se fora da crise e a França julga que pode imitar os germânicos e ter o seu apoio financeiro. Talvez estejam errados porque parece que a crise acabará por tocar a todos com greves ou sem greves com políticas de direita ou de esquerda. Para já a política morreu na Europa, a única preocupação dos governos é arranjar dinheiro para pagar os salários dos funcionários, as pensões e pagar alguns serviços essenciais, além de resgatar dívidas vencidas.
No Bangla Desh, trabalhadores de ambos os sexos da indústria têxtil realizaram ontem marchas de protesto para levar as empresas a aceitarem o ordenado mínimo de 32 euros mensais, o qual foi elevado dos anteriores 24 euros.
O Bangla Desh é um dos países mais pobres do mundo e possui uma indústria têxtil com mais de 3 milhões de trabalhadores e os produtos da sua indústria têxtil são exportados principalmente para Europa onde não pagam quase direitos aduaneiros.
Quem visitar em Portugal qualquer loja da IKEA verifica que a maior parte dos têxteis para casa e muitos outros artigos são originários dos Bangla Desh. Por isso, o proprietário do grupo IKEA é o segundo ou terceiro homem mais rico do Mundo. Nada pois como explorar o trabalho até às últimas consequências.
Com ordenados de 32 euros mensais sem férias nem 13º e 14º ordenado e quase sem descontos para segurança social podemos dizer que um trabalhador português ganha em duas horas o mesmo que um homem ou mulher do Bangla Desh ganha num mês de trabalho com apenas um dia livre por semana, a sexta-feira.
Saliente-se que a polícia daquele país matou quatro trabalhadores que protestavam contra a não aplicação do novo ordenado mínimo de 32 euros.
É evidente que com ordenados deste valor, a indústria têxtil portuguesa não pode concorrer. Quanto muito poderá deslocalizar-se para aquele país para, pelo menos, manter o negócio de importação e eventual distribuição pela Europa, aproveitando contactos comerciais estabelecidos e o conhecimento dos desenhos e modelos mais procurados que é o que fazem muitas conhecidas marcas europeias e americanas.
O desemprego em Portugal tem origem na exploração máxima da mão de obra chinesa e de muitos países do terceiro mundo.
Valores de 2009 e (2008)
Estados | PIB em MM (mil milhões de Euros) | Défices(-) em MM Euro | Défice(-) em % do PIB | Dívida Pública em MM. Euro | Dívida Pública em % do PIB | Dívida Pública por habitante em Euro |
EU - 27 | 11.804,7 (12.500,1) | -801,9 (-285,7) | -6,8% (-2,3%) | 8.690,3 (7.697,0) | 74% (61,6%) | 17.390,2 (15.466,8) |
Euro Zona (Euro-16) | 8.977,9 (9.258,9) | -565,1 (-181,2) | -6,3% (-2%) | 7.062,6 (6.424,6) | 79% (69,4%) | 21.491,1 (19.639,8) |
Itália | 1.520,9 (1.567,9) | -80,8 (-42,6) | -5,3% (-2,7%) | 1.760,8 (1.663,5) | 116% (106,1%) | 29.324,1 (27.901,2) |
Grécia | 237,5 (239,1) | -32,3 (-18,3) | -13,6% (-7,7%) | 273,4 (237,3) | 115% (99,2%) | 24.280,4 (21.157,2) |
Bélgica | 337,8 (344,7) | -20,2 (-4,1) | -6% (-1,2%) | 326,6 (309,5) | 97% (89,8%) | 30.382 (29.017,1) |
França | 1.919,3 (1.948,5) | -144,8 (-64,7) | -7,5% (-3,3%) | 1.489 (1.315,1) | 78% (67,5%) | 23.139,2 (20.554,7) |
Portugal | 163,9 (166,5) | -15,4 (-4,7) | -9,4% (-2,8%) | 125,9 (110,4) | 77% (66,3%) | 11.847,8 (10.395,7) |
Alemanha | 2.407,2 (2.495,8) | -79,4 (1) | -3,0% (0%) | 1.762,2 (1.646,2) | 73% (66%) | 21.489,8 (20.022) |
Malta | 5,7 (5,7) | -0,2 (-0,3) | -3,8% (-4,5%) | 3,9 (3,6) | 69% (63,7%) | 9.545,2 (8.840,1) |
Áustria | 276,9 (281,9) | -9,5 (-1,2) | -3,4% (-0,4%) | 184,1 (176,5) | 66% (62,6%) | 22.034,6 (21.222,8) |
Irlanda | 163,5 (181,8) | -23,4 (-13,2) | -14,3% (-7,3%) | 104,7 (79,9) | 64% (43,9%) | 23.520,6 (18.144,3) |
Holanda | 570,2 (595,9) | -30,2 (4,2) | -5,3% (0,7%) | 347 (346,7) | 61% (58,2%) | 21.049,7 (21.132,5) |
Chipre | 16,9 (17,2) | -1 (0,2) | -6,1% (0,9%) | 9,5 (8,3) | 56% (48,4%) | 11.955,5 (10.575,6) |
Espanha | 1.051,2 (1.088,5) | -117,6 (-44,3) | -11,2% (-4,1%) | 559,7 (432,2) | 53% (39,7%) | 12.211,9 (9.545,1) |
171 (184,2) | -3,7 (7,7) | -2,2% (4,2%) | 75,2 (63) | 44% (34,2%) | 14.121,8 (11.890) | |
Eslovénia | 34,9 (37,1) | -1,9 (-0,6) | -5,5% (-1,7%) | 12,5 (8,4) | 36% (22,6%) | 6.159,8 (4.173,1) |
Eslováquia | 63,3 (67,2) | -4,3 (-1,5) | -6,8% (-2,3%) | 22,6 (18,6) | 36% (27,7%) | 4.172,9 (3.446,2) |
Luxemburgo | 37,8 (39,3) | -0,3 (1,1) | -0,7% (2,9%) | 5,5 (5,4) | 14% (13,7%) | 11.071,9 (11.122,4) |
Países Não Membros da União Monetária | ||||||
Ungfria | -4% (-3,8%) | 78% (72,9%) | ||||
Reino Unido | -11,5% (-4,9%) | 68% (52%) | ||||
Polónio | -7,1% (-3,7%) | 51% (47,2%) | ||||
Suécia | -0,5% (2,5%) | 42% (38,3%) | ||||
Dinamarca | -2,7% (3,4%) | 42% (34,2%) | ||||
Letónia | -9% (-4,1%) | 36% (19,5%) | ||||
Rep. Checa | -5,9% (-2,7%) | 35% (30%) | ||||
Lituânia | -8,9% (-3,3%) | 29% (15,6%) | ||||
-8,3% (-5,4%) | 24% (13,3%) | |||||
-3,9% (1,8%) | 15% (14,1%) | |||||
Estónia | -1,7% (-2,7%) | 7% (4,6%) | ||||
Outros Países | ||||||
Japão (Iene) | 189,8 % (173,1 %) | |||||
EUA (USD)) | 82,9 % (70,7 %) | |||||
Suíça (Franco) | 538.4 CHF (541.5 CHF) | 13,6 CHF (4,4 CHF | 2.5% (0.8%) H | 208.9 CHF (222.5 CHF) | 38.8% (41.1%) |
|
|
Como se vê não há um problema financeiro de Portugal, mas essencialmente dos 330 milhões de habitantes da Zona Euro, cujas dívidas públicas por habitante são quase o dobro da portuguesa.
Convém analisar estes números e perguntar qual a razão porque a Europa fala de três ou quatro países quando estão todos mal.
Os títulos do tesouro a 10 anos estão a ser adquiridos pelos obscuros mercados a juros de 2,7% a 8%, conforme os países, apesar de estarem todos quase na mesma situação de endividamento. Mas o BCE está a comprar dívida portuguesa a juros muito mais baixos, mesmo a 1,5% em títulos até 5 anos de vencimento.
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