De acordo com o Documento de Estratégia Orçamental, os salários dos funcionários públicos deverão sofrer uma quebra de 3.520 milhões de euros até 2017 e as prestações sociais (reformas) deverão encolher em 4.160 milhões de euros. Mesmo assim, o défice orçamental não descerá para 0 euros.
Os juros da dívida pública permanecerão constantes ao longo dos quatro anos em 7 mil milhões por ano, o que dará um total de 28 mil milhões de anos. Se o PIB subir dos atuais 154 a 155 mil milhões de euros para atingir a média dos 160 mil milhões, a dívida descerá um pouco em percentagem do PIB, mas não em volume.
Nenhum projeto de Estratégia Orçamental até 1917 ou mais além prevê a redução da dívida, mas apenas amortizações com novas dívidas que se espera que tenham juros mais baixos, dado que, o BCE parece estar a emitir moeda. A inflação alemã desceu abaixo dos 1% e a portuguesa ronda mesmo os 0% com tendência para descer.
Ainda hoje adquiri num restaurante ao lado do meu prédio uma dose farta de cozido à portuguesa a 16,50 euros que estava há uma semana a 17 Euros e no ano passado esteve a 18 euros. A padaria-café da Pucel desceu recentemente a bica para 55 cêntimos quando antes estava nos 60 e a partir das 17 horas vende os bolos a 60 cêntimos, incluindo os que minutos antes vendia a 90 cêntimos. Governo e troica esperam que as coisas comecem a recuperar já no próximo ano, e que em 2014 volte a haver crescimento, embora tímido: 1,2%.
Para os anos seguintes, o FMI atribui uma taxa de crescimento fixa – 1,8% até 2017. Se estas previsões se concretizarem, em 2017 a economia portuguesa atingirá 163 417 milhões de euros – um valor ainda inferior aos 164 660 milhões de euros de 2007 (Governo SÓCRATES). Mesmo olhando para o PIB nominal (isto é, o valor da economia em euros sem ajustar para a inflação), o panorama não é animador. Para já o Pib nominal e o ajustado estão praticamente iguais. Com algum crescimento é natural que surja um pouco de inflação. O representante do Banco de Portugal no BCE deveria exigir um tratamento de favor nos países como Portugal que têm inflação zero ou estejam mesmo em deflação. Tratamento que conste de uma maior aquisição de títulos de tesouro a baixo juro (1 a 1,5%) previamente comprados pela CGD ao IGCP.
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