Só um euro meu para Portugal
Segundo o jornal “Negócios”, a família Soares dos Santos possui 56,1% do grupo Jerónimo Martins e terá recebido este ano através da sede na Holanda a quantia exorbitante de 225,9 milhões de euros, sobre os quais não pagou um cêntimo ao Estado português.
Em Portugal, a taxa liberatória dobre os dividendos é única e modesta, ou seja, 28%. Assim, os Soares dos Santos deveriam pagar 63,25 milhões de euros ao erário público da Pátria. Em vez disso, pagaram quase 2% ou cerca 1,2 milhões de euros ao Estado holandês por facilitar a fuga (roubo) ao fisco português de 62 milhões de euros.
Mas repare-se que um trabalhador com ordenado líquido anual de 7035 euros ou 502,50 euros em 14 meses paga 28,5% de IRS ou 1.969,0 euros que muita faltam lhe fazem.
Com o apoio do Estado ladrão holandês, a família Soares dos Santos roubou ao fisco o equivalente ao IRS de 32.270 portugueses recebedores de ordenados líquidos de 502,50 euros que correspondem na generalidade a ordenados brutos inferiores a 600 euros, variáveis em função da situação familiar, despesas, etc.
É escandaloso, mais de 32 mil portugueses têm de pagar o ROUBO do IRS dos dividendos perpetrado pela família Soares dos Santos e o velho ainda tem a lata de vir dar lições de “moral” nas televisões.
A Holanda tem um Pib de uns 790 mil milhões de euros, ou seja, 4,5 vezes mais que o português e, mesmo assim, rouba aquilo que para os holandeses são migalhas ao povo mais pobre da União Europeia. Miseráveis.
Mas, enfim, Portugal não tem tido espinha dorsal e comprou duas fragatas holandesas e 39 tanques Leopard2 em segunda mão, curvando-se assim a quem nos rouba a todos e muitos portugueses também não porque vão às lojas Pingo Doce.
Claro que com a família Azevedo sucede o mesmo como acontece com o fundo chinês Fosun a “Three Gorges”, cujos acionistas não pagam IRS em Portugal.
A magistratura portuguesa, nomeadamente a PGR e o juiz Carlos Alexandre deveriam processar os pagamentos de IRTS sobre dividendos através de falsas sedes na Holanda e noutros países. Uma falsa sede é como uma falsa camisa Lacoste. Para apreender a falsa camisa não é necessária uma lei que puna a falsificação da marca Lacoste que será o mesmo que a falsificação de uma sede empresarial num paraíso fiscal europeu ou de qualquer outro local.
Anda a magistratura atrás de Sócrates sem ter algo de concreto quando apenas uma família rouba em IRS o valor de um euromilhões por ano.
Eu apelo a António Costa ou ao Centeno para dizer algo sobre isto e também a Catarina Martins e Jerónimo de Sousa têm o dever de berrarem bem alto contra este duplo roubo.
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