É costume ouvir e ler nos noticiários que Portugal é um país altamente poluidor e emissor de CO2 e que irá pagar não sei quantos milhões de euros daqui a poucos anos.
É o choradinho do costume. Portugal é sempre o pior, faz tudo mal e, mesmo quando é visível que não existe um dado facto, tem de ser pior que os outros.
Não é preciso ser-se muito inteligente para saber que Portugal não possui grandes indústrias, a média do parque automóvel é de baixa cilindrada e o clima ameno não obriga a um uso excessivo de aquecimentos ou ar condicionados . A partir daqui é evidente que Portugal nunca poderia estar entre os maiores emissores per capita de CO2 .
E vejo este meu raciocínio confirmado pelas estatísticas que tenho na minha frente, página 177 do Anuário de Economia Portuguesa publicado há dias.
Os valores são de 2002, mas admito que não tenham sofrido grandes alterações dado o encarecimento dos combustíveis.
Assim leio:
Paises da OCDE: 11,2 toneladas de CO2 emitido por habitante e ano.
Portugal: 6,0 tons.
Espanha: 7,3 tons.
Grécia: 8,5 tons.
Irlanda: 11,0 tons.
Alemanha: 9,8 tons.
França: 6,2 tons (graças às centrais atómicas).
Itália: 7,5 tons.
Reino Unido: 9,2 tons.
EUA: 20,1 tons de CO2 por habitante.
Japão: 9,4 tons.
Podia citar muitos mais países que nunca mais terminava. É evidente que nesse ano a China emitia apenas 2,7 tons ., a Índia 1,2 tons . e o Brasil 1,8 tons . Mas, tanto a China como a Índia têm tido um enorme crescimento industrial, pelo que devem estar actualmente a emitir muito mais.
Enfim, Portugal não é o que a Quercus e outros ambientalistas pretendem que está a ser. O seu alarmismo destina-se a provocar o aumento do negócio parasitário dos estudos de impacto ambiental em que estão todos envolvidos.
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