Os incobráveis das três gigantescas e falidas instituições bancárias norte-americanas Lehmann Brothers, Fannie May e Freddie Mac atingem o valor astronómico de 4.000 mil milhões de euros, equivalente a mais de 22 Pibs portugueses.
O Governo Bush “nacionalizou” os prejuízos dos dois bancos hipotecários Fanie e Freddie, protelando o pagamento dos incobráveis ao longo de umas dezenas de anos, dado que mesmo para a nação mais rica do Mundo o valor é imenso. Quanto ao Lehmann Brothhers não vai actuar e não foi possível organizar sindicatos bancários salvadores, mesmo juntando dezenas de bancos americanos com outros tantos europeus, já que há aí muito dinheiro oriundo do velho continente.
Alguns bancos estão a tremer, mas alguns dos mais retalhistas foram vendidos por valores ínfimos com a consequência de os seus accionistas terem perdido quase todo o capital investido.
Em todo este esquema, o grupo investidor mais prejudicado foi, sem dúvida, o constituído pelos Fundos de Pensões. Calcula-se que esta crise tenha afectado gravemente as actuais pensões de reformas e os depósitos para reformas futuras de mais de 100 milhões de americanos. Um número ainda não calculado de pensionistas deixou de receber pensões e entrou na mais profunda indigência e muitos outros perderam a totalidade dos seus fundos.
Esta crise patenteia mais uma vez como estão errados os liberais do PSD que querem privatizar o sistema de reformas públicas da Segurança Social portuguesa..
Não se pode confiar na competência e honestidade dos grandes administradores das instituições bancárias privadas e os accionistas não têm grande influência por os capitais estarem muito dispersos.
Enfim, o desastre social americano é gigantesco e hoje, nos EUA, ninguém confia em ninguém e a falta de confiança é o fim de um modelo puramente capitalista, pois o retorno da confiança levará muitos anos a chegar com valores tão elevados.
Em Portugal, não tenhamos dúvidas, aqueles que defendiam a privatização do sistema de reformas, faziam-no para satisfazer interesses imediatos dos bancos e dos seus administradores, naturalmente a troco de importantes benefícios. São simplesmente corruptos ou, mesmo, ladrões.
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