A droga com o seu tráfico, a sua criminalidade e o preverso desvio calculado de menores para o consumo é o ponto fraco de toda a justiça portuguesa e revela uma incapacidade da PGR, PJ, TIC, etc., no mínimo, igual à das congéneres estrangeiras, sejam europeias ou de outros continentes. A droga sustenta também muito terrorismo e guerras nos mais diversos países.
Os jovens de 16 a 18/19 anos que vão às boites das docas ou de Alcântara são introduzidos no consumo mesmo sem o saberem. Alguém mete qualquer coisa num copo ou garrafa de sumo e começam a sentir-se de outra maneira e acabam por gostar. Não há SIS, PJ a vigiar discretamente a actividade dos traficantes nas boites e a conivência de criados, patrões e seguranças das mesmas.
Depois há o tráfico que cada vez é mais sofisticado. É de droga desembarcada em Portugal que vai para Espanha e resto da Europa e é o contrário, incluindo a importação de Ecstasy e outras "novidades" da Holanda.
Sempre que a PJ ou a PSP/GNR prendem uma rede de traficantes com droga, armas, artigos roubados, etc. cai um expesso véu de silêncio sobre os nomes dos mesmos, ao contrário do que sucede com os políticos,cujos telefonemas saiem da Produradoria da República com toda a impunidade.
A PJ faz a exposição da droga apreendida, das armas, dinheiro e artigos roubados. Depois nunca mais sabemos de julgamentos nem quem são as pessoas envolvidas, a não ser que haja alguém ligado à política, mesmo apenas em termos familiares como o filho da Leonor Beleza, recentemente libertado porque ameaçava contar tudo o que sabia, incluindo os nomes dos traficantes que foram presos ao mesmo tempo que ele e as pessoas conhecidas que se drogam. Algumas aparecem na televisão e vê-se pelo brilho nos olhos que, pelo menos, snifam.
Que traficantes seriam? Que importância têm? Porque se guarda tão rigorosamento no segredo os seus nomes e não se fez o mesmo para o filho da Leonor que na rede parece que seria o mais pequeno dos traficantes ou apenas um consumidor que, de vez em quando, vendia uma ou outra dose a amigos.
E pior. Nunca mais sabemos o que se passa com a droga apreendida.
A droga entra em Portugal de todas as maneiras. Os principais meios estão ser os barcos de pesca que a apanham ao largo. Os pescadores que apanham o polvo em alcatruzes pescam muita droga nos referidos recipientes abertos. Uns colocam lá a droga e outros trazem-na para terra.
Depois, muita droga vai para fora. Aí estão envolvidos os riquíssimos "comerciantes" de fruta da zona de Torres Vedras, Lourinhã, etc. A droga dentro de um camião de fruta ou produtos hortícolas não pode ser farejada pelos cães especializados da GNR.
O sigilo bancário protege esses "comerciantes" riquíssimos que transportam o pó para toda a Europa e trazem algum para cá.
Sempre que surgem no Mercado Português, frutas e outros produtos agrícolas muito baratos oriundos de Espanha, é droga o motivo do transporte e as frutas ou tomates e cenouras são só o disfarce. Basta saber quanto custa o produto a produzir e a transportar para saber que ninguém faz negócio para perder dinheiro, a não ser que sirva para dissimular outro mais lucrativo.
Os holandeses exportam o seu "ecstasy" disfarçados nas covetes de plantas de viveiro, nas saquetas de bolbos de flores e sei lá que mais.
Os brasileiros colocam a droga no interior de troncos de árvores que exportam para Portugal e outros países.
Um conhecido capitalista da nossa praça chegou a meter droga num chamado isotanque carregado de um óleo para transformadores que deveria ser mantido a uma dada temperatura. O tanque foi descarregado na Holanda e veio para Portugal em camião TIR, tendo a polícia holandesa informado a PJ que desconfiava que aquele tanque vindo da Venezuela continha droga. Isso foi há uns dez anos atrás e nunca houve julgamento.
E há maneiras novas de trazer droga do Brasil. Vem em recipientes com peixes tropicais. A droga é dissolvida na água, mata os peixes, mas depois o recebedor decanta o líquido e seca a droga. Ninguém percebe que a droga está dissolvida na água.
Enfim, a droga tornou-se num dos flagelos do Mundo moderno e está a afectar todos os países sem que as autoridades consigam debelar o problema. Torna-se num drama para as famílias e destrói a vida de milhares de jovens.
Nas prisões, a droga entra e circula com toda a impunidade; naturalmente porque alguém a mete lá dentro e são os guardas que a trazem ou que fecham os olhos quando as empresas privadas de "catering" vão levar a comida para as prisões.
Acredito cada vez mais que as gerações mais novas vão viver menos que os actuais reformados. Fazem asneiras a mais.
Dsotto
Links Amigos
Os Meus Blogs
Transportes