Diz Manuela Ferreira Leite:
“O responsável pela evolução do desemprego e da crise económica» é José Sócrates, «que não ouve ninguém e que entende que numa situação que ele próprio classifica de nova é só ele que sabe o que deve ser feito», disse a líder social-democrata, num jantar/comício em Coimbra.”
Coitada da senhora, está mesmo muito mal da cabeça.
Então Sócrates o culpado da maior e mais globalizante crise que a Humanidade alguma vez conheceu. Provavelmente também culpado da gigantesca crise em Espanha, Inglaterra, Alemanha, etc.
Todos os países com melhores níveis de crescimento ou piores estão em crise, incluindo o país exemplo para o PSD, a Irlanda.
Nestes quatro anos, o governo Sócrates fez muito e pode dizer-se que cresceram apenas os sectores impulsionados pelo Governo como as energias eólicas com as novas fábricas de equipamentos e outras como a Efacec e Martinfer que aproveitaram bem os bons ventos proporcionados pela política de energia ambiental. Até mesmo o aumento em 85% das vendas dos portáteis em 2008 se deve ao impulso dado por Sócrates nas novas tecnologias com o Magalhães que levou os portugueses a adquirirem num só ano 1,4 milhões de computadores portáteis, o que mostra que há sempre mercado desde que haja entusiasmo, preços razoáveis e algumas novidades técnicas.
Antes da crise, a economia portuguesa cresceu 0,9% em 2005, 1,4% em 2006 e 1,9% em 2007 para cair em 2008 por via da crise.
Qualquer crescimento português tem um significado maior que o de muitos países por quase não ter havido crescimento demográfico. Assim, para os inimigos do 25 de Abril: nos últimos trinta anos, Portugal foi o oitavo país do Mundo que teve o maior crescimento per capita apesar de em volume global a economia não ter crescido tanto assim e isto pelo referido facto de a população ter-se mantido mais ou menos constante.
Mas, é evidente que MFL não tem soluções para a crise e, talvez, nenhum político do Mundo terá. Ela fala uns impostos e pagamento por conta como paliativo para a crise e no apoio às Micro e PMEs e não sabe que os Estados também podem falir, arrastando consigo grande parte das economias, pelo que o governo Sócrates está a tomar medidas enérgicas mas prudentes.
Cuidado com esses pacotes de milhões de milhões. Os Estados podem vir a encontrar-se numa situação de insolvência ou incapacidade para pagar o serviço das dívidas públicas contraídas. Os primeiros pacotes americanos, ingleses, francês e alemães gastaram-se num ápice sem provocarem qualquer melhoria. Podem talvez impedido algo de pior, mas nada salvaram. Os governos podem ser tentados em avançar com mais e mais pacotes até à falência total de todos.
As empresas têm de se esforçar e não limitarem-se a despedir. A OCDE fala em 200 a 300 milhões de despedimentos no Mundo, muitos dos quais vão aumentar desmesuradamente as despesas dos Estados que mantêm sistemas de Segurança Social, o que não acontece no maior país do Mundo, a China, que consegue ser simultaneamente capitalista e comunista. Para já, alia o pior dos dois modelos económicos.
Marcelo Rebelo de Sousa foi hoje esclarecedor acerca do BPN ao dizer que se tivesse havido intervenção estatal e aquilo tivesse ido à falência como pretende agora o Portas, teria havido uma corrida dos depositantes aos bancos com o total descalabro do sistema financeiro e a falências em cadeia. Teríamos agora bem mais um milhão de desempregados.
Diogo Sotto Maior
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