“Um quilo de azeite, dependendo do modo de produção, fixa entre 3,6 e 10,6 quilos de CO2”.
O olival ORDENADO é das culturas que gastam menos água e sequestra mais dióxido de carbono.
As raízes das oliveiras penetram profundamente no solo, podendo ir até aos seis metros, mas nas oliveiras pequenas não necessitam desse esforço porque são irrigadas com tubagem gota a gota subterrânea que não deixa a água subir à superfície e evaporar-se, podendo produzir mais carbono de boa qualidade para a alimentação humana sob a forma de azeitonas e azeite.
O PCP anda a fazer uma campanha no Alentejo e, em particular na zona de Beja, contra o olival intensivo., sem saber que além de gastar pouca água, o olival não consome muitos nutrientes NPK (azoto, fósforo e potássio), ou seja, umas colheres de sopa por árvore ao longo da sua vida útil.
O planeta não necessita apenas de reduzir a produção de CO2, mas de retirar o excesso que existe já na atmosfera e só há uma "máquina" capaz de fazer isso, as árvores de todo o tipo e principalmente as de crescimento rápido.
A árvores que mais despolui o ambiente é, sem dúvida, o eucalipto devido à rapidez do seu crescimento.
As folhas das árvores possuem grande quantidade de estomas da ordem das centenas por mm2 que são organismo celulares criados pela natureza para absorver o CO2 e transforma-lo em açúcares nos cloroplastos.
Um eucalipto pode absorver 6 toneladas de carbono (CO2) por ano.
Os carvalhos de crescimento muito lento e, entre eles, os sobreiros capturam menos carbono que as oliveiras intensivas e o eucalipto.
A sobrevivência da Humanidade na Terra depende da reflorestação orientada para a não combustão, incluindo-se aqui a penalização muito forte do fogo posto criminoso ou negligente.
Árvores para a produção de frutos como azeitonas amêndoas, laranjas, peras, maçãs, etc. e árvores para uso da madeira em construção que assim fixam o carbono opara sempre.
As cidades necessitam de se acomodarem à árvores, dado saber-se que numa cidade a temperatura do ar é cerca de 3,5 a 5ºC mais elevado que no campo aberto vizinho. Daí que a presença de parques com muitas árvores e ruas arborizadas como tem sido feito em Lisboa proporciona aos seus habitantes uma atmosfera mais saudável e um temperatura do ar ligeiramente mais baixa.
Na questão da Pobreza, o INE publicou História Estatística, isto é, dados de 2017 quando estamos à beira de 2020.
O cálculo da pobreza é feito com dados internos na relação entre os que têm mais e menos, o que quer dizer coisas muito diferentes entre países com diferentes Rendimentos Nacionais per Capita em Paridade de Poder de Compra.
Mas, Portugal com um Pib per capita em PPC de cerca de Eu 27.000,00 está abaixo de quase todos os países da Zona Euro, mas não é um país pobre - calculado no fim de 2018, devendo crescer este ano 1,9 a 2,1% - quando comparado com o resto do Mundo e, mesmo com nações da União como a Polónia, Roménia, Bulgária, etc. Este rendimento per capita é muito superior ao de grandes nações mundiais como a Rússia, China, Índia, Brasil, Indonésia, quase toda a América Latina, África e Ásia em geral com exceção do Japão.
A União Europeia definiu um indicador relativo à população em risco de pobreza ou exclusão social com base na Mediana que indicaria o valor médio entre a metade com rendimentos superiores e a que aufere menos, mas não revela qual o valor da Mediana nacional, pelo que não podemos ajuizar da veracidade dos dados publicados e de que é que o INE chama pobreza. Pobres seriam os que tenham rendimentos inferiores a 60% da Mediana. Os 60% do PIB em PPC nacional são 14.038,00 euros que é uma fronteira, não sendo riqueza nem pobreza.
O INE avançou agora dados provisórios para 2017, que apontam para quase 2,4 milhões de pessoas em situação de “risco de pobreza ou exclusão social” em Portugal. Este indicador não reflecte apenas a pobreza monetária, calculada em função dos rendimentos das famílias. Conjuga isso com o conceito de “privação material” (medido, por exemplo, pela incapacidade de pagar a tempo e horas rendas e outras despesas, ou pela incapacidade de ter uma refeição de carne, peixe ou equivalente, de dois em dois dias) e com o conceito de “intensidade laboral per capita muito reduzida”.
Esta privação material está relacionada com a taxa de exploração capitalista que priveligia o salário mínimo e só agora é que as empresas começam a estar obrigadas a pagar mais por pessoas capazes, dado que com a queda do desemprego, o chamado exército de reserva capitalista excluiu os técnicos e pessoas com formação superior ou boas capacidades organizativas, comerciais, artísticas, etc. que terão de ser muito mais bem pagas. Por isso, a situação em 2019 e 2020 deverá ser bem diferente da verificada em 2017.
Neste momento, está em situação de “pobreza e exclusão” 23,3% da população. Eram 25,1% em 2016, 26,6 em 2015, 27,5% em 2014.
Contudo, o indicador do INE não reflete uma prestação fundamental que é a casa social que na maior parte dos casos corresponde ao pagamento de uma renda inferior em 500 a 700 euros o seu valor natural ou 6.000 e 8.400 anuais, permitindo contabilizar como rendimento.
O INE o Pordata não permitem ajuizar o verdadeiro valor da pobreza em paridade de poder de compra porque trabalham com números nominais e tenta compará-los com dados estrangeiros igualmente nominais.
Podemos dizer que o Euro, sendo igual nos países membros, não tem o mesmo valor em todos os países, dado comprar-se muito mais em Portugal com 100 Euros do que na Alemanha, Suécia, etc.
Saliente-se, a título de exemplo, que para entrar numa praia no norte da Alemanha é preciso pagar à hora um dado valor que é eu chamaria praímetro.
Na Alemanha pode quase não haver pobreza, mas há fortunas astronómicas como a de duas famílias que possuem a maioria do capital do grupo VW, Skoda, Seat, Rolls Royce, ec. ou um irmão e uma irmã maioritários na BMW, Mini e dúzias de outras fábricas dos mais diversos artigos. Essas famílias recebem em dividendos quase um Euromilhões por ano. No oposto, muita gente ganha valores minímos de 1.500 a 2.000 euros nominais.
Para além disso, faz-se uso do Coeficiene de Gini que melhorou muito, mas diz pouco porque determina entre 0 e 100 qual a maior ou menor igualdade de rendimentos entre os portugueses sem conhecer os valores escondidos e reais.
A situação financeira dos portugueses melhorou bastante sem induzir uma inflação generalizada. Apenas na habitação é que registamos uma certa inflação, apesar do País possuir cerca de 6 milhões de fogos e os nascimentos serem muito inferiores aos óbitos. Assim, no ano passado faleceram 115 mil pessoas e nasceram 87 mil crianças que foi já um aumento nítido relativamente a anos anteriores. Mas com mais idosos há mais óbitos.
Portugal ainda é um dos países mais desiguais da União Europeia (UE), mas o coeficiente de Gini, que reflecte as diferenças de rendimentos, está abaixo do que existia em 2009, ano em que a crise financeira entrou no país. Portugal nunca registou um valor tão baixo desde que começou a usar este indicador, em 1994.
Este é o aspecto que mais chama a atenção de Carlos Farinha Rodrigues, coordenador científico do Observatório das Desigualdades do CIES-IUL, quando se lhe pede que olhe para o último Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgado ontem pelo INE.
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O coeficiente de Gini mede o quão desigual é a distribuição de rendimentos entre as pessoas, numa escala entre o mínimo de 0 e o máximo de 100. Quanto mais perto do zero, menos desigual.
Aquele indicador começou a baixar em 2004. A tendência manteve-se até 2009. Nesse período, passou de 38,8 para 33,7. Mesmo assim, Portugal continuava a ser um dos países da UE com distribuição de rendimentos mais desigual. Dividia então o terceiro lugar com Espanha. Pior, só a Lituânia e a Letónia.
A partir de 2009 a situação agravou-se, atingindo-se em 2013 os 34,5. No ano seguinte já houve redução (34). A tendência continuou em 2015 (33,9) e acentuou-se em 2016 (33,5). O país, porém, permanecia um dos mais desiguais da União. Já fica abaixo de Bulgária, Lituânia, Roménia, Espanha e Letónia.
O especialista em pobreza e desigualdade enfatiza a queda de outros indicadores. As crianças foram o grupo etário mais afectado pela chamada crise da dívida. E a taxa de risco de pobreza de menores de 18 anos alcançou em 2016 os 20,7%, quando ainda no ano anterior era 22,4. É, diz Farinha Rodrigues, o valor mais baixo de sempre. O mais próximo que esteve disso foi 20,8%, em 2005.
A taxa de risco de pobreza, de resto, baixou para todos os grupos etários entre 2015 e 2016. Na população idosa passou de 18,3 para 17%. E na população adulta em idade activa de 18,2% para 18,1%. A grande excepção é protagonizada pelos desempregados (passou de 42% para 44,8%).
Farinha Rodrigues atribui a quebra da pobreza à descida da taxa de desemprego, que recuou para os valores pré-crise, mas também à reposição dos rendimentos das famílias. Essa reposição está a ser feita, muito por via das transferências sociais, de forma gradual. Subsistem, contudo, os baixos salários e a precariedade. Mantém-se nos 11% a taxa de trabalhadores pobres.
Diz-nos a revista francesa “Science et Vie” que em muitos hospitais oncológicos, os médicos verificaram que doentes em tratamento oncológico que têm problemas cardíacos e tomam ao mesmo tempo um bloqueador-beta e vasodilatador para alargar os vasos sanguíneos, reduzir a pressão arterial e o inerente esforço do coração para bombear sangue pelo corpo têm uma elevada taxa de sobrevivência.
Fizeram-se posteriormente muitos estudos epidemiológicos que confirmam isso, tendo sido comprovado por Hubert Hondemarck, bioquímico especializado em neurobiologia oncológica da Universidade de Newcastle.
Sem ser por razões cancerosas eu tomo esse medicamente que é vendido em Portugal sob o nome de Carvedilol a cerca de 5 euros a caixa como genérico como preventivo para picos de pressão arterial resultantes de esforços ginásticos ou outros.
Este facto deu origem a vários estudos e a médica francesa Claire Magnon da Faculdade de Medicina Albert-Einstein de New York publicou um estudo muito minucioso e prolongado acerca dos tumores cancerígenos da próstata.
Ela descobriu que os tumores além de terem um sistema vascular próprio escondem uma espécie de sistema nervoso constituído por fibras nervosas que não chegam a ser nervos e são microscópicas, nunca vistas antes. Só com técnicas complexas como a imunofluorescência é que foi possível detetar essas fibras e verificar que ligam a nervos exteriores e daí ao cérebro. Todo o tumor é penetrado por essas fibras no qual têm um papel importante no seu dimensionamento e na formação de metástases noutras pares do corpo.
O medicamento barato bloqueador alfa 1-adrenérgico impedem a formação das referidas fibras nervosas microscópicas do tumor da próstata e de outros tumores.
Hubert Hundemark já tinha reconhecido em 2017 que as células cancerígenas podem instalar-se e propagar ao longo do sistema nervoso, designando-se isso por invasão perineural. Pensava-se antes que os tumores é que tomavam conta de partes do sistema nervoso e não o contrário.
Avançando-se ainda mais no estudo, Paul Frenet da mesma Faculdade americana verificou que certas células tumorais são recetoras de adrenalina, pelo que é admissível que as fibras nervosas que libertam a adrenalina possuem uma ação direta no crescimento do tumor, pelo que quando bloqueadas pelo alfa 1-andrenérgico são impedidas de transmitir a sua mensagem e, como tal, o tumor deixa de se desenvolver e mais ainda: as fibras adrenérgicas estimulam o início do tumor e o crescimento nos primeiros estados de formação. Outras fibras nervosas que aparecem em conjunto denominadas colinérgicas, participam ativamente na disseminação metastásica do tumor e este cenário verifica-se em tumores do estômago, do pâncreas, do seio, do colón, etc.
Clarie Magnon publicou agora um estudo ainda mais revolucionário em que afirma que o prolongamento de fibras nervosas a partir de nervos ligados ao cérebro tem a ver com a formação de novos neurónios formados a partir de células estaminais, o que parece inacreditável nos termos utilizados pela investigadora.
Isto porque no ser humano só há duas zonas muito reduzidas e particulares do cérebro que formam novos neurónios ao longo de toda a vida a partir de células estaminais e que são a zona sub-ventricular e o giro denticulado, (salvo melhor tradução). As células encontradas nos tumores da próstata são provenientes dessas zonas.
Em ratinhos, a investigadora prosseguiu as suas investigações com marcadores muito precisos e verificou que ao nível da zona sub-ventricular do cérebro produz-se por vezes uma rotura da barreira hematoencefálica. As células progenitoras de neurónios são libertadas no sangue e migram até à zona tumoral e aí diferenciam-se em neuroblastos e depois em neurónios adrenérgicos.
Com isto desencadeou-se uma questão crucial: é a rotura da barreira hematoencefálica que desencadeia o cancro ou, pelo contrário, a rotura é provocada pelo aparecimento do tumor e como é que a adrenalina libertada pelos neurónios adrenérgicos fazem crescer o tumor.
Claire Magnon está a promover um estudo clínico com os bloqueadores beta e imagina a produção de moléculas mais específicas que destruam as células progenitoras durante a sua migração, impedindo-as de penetrarem no tumor.
A indústria, diz a investigadora, já produz moléculas capazes de o fazerem e que foram desenvolvidas não para curar a doença, mas sim evitar a dor, pois desde que se reduza ou elimine o enervamento local reduz-se a dor.
Os tumores formados a partir de sistemas nervosos têm uma origem cerebral. O stress e as emoções podem influenciar o o nascimento de um tumor, o que não está verdadeiramente demonstrado, mas só agora é que o sistema nervoso começou a ser estudado quanto ao seu efeito oncológico em certas situações.
Para já, o Carvedilol, dizem os investigadores, parece produzir um efeito de sobrevivência ou estabilização do tumor. Mas que ninguém corra a tomar o medicamento porque tem efeitos secundários que nunca senti, mas noutras pessoas pode ser nefasta ao produzir sintomas de asma e interferir com outros medicamentos.
O Botox também Serve
O estuda que apresentei em baixo corre o Mundo pelas revistas científicas, jornais e televisões, menos em Portugal em que a oposição quer ganhar as eleições à Bolsonaro, tornando arguido o MD como "ladrão" ou "encobridor de ladrões" de armas, o que ele não é nem tinha interesse nisso.
A RDP desta manhã só se preocupou com o barulho dos aviões que utilizam Portela desde 1945.
O jornalixo da RTP/RDP sabe que com o turismo a dar 50 milhões de euros por dia a oposição precisa de bloquear o aeroporto e inventar crimes contra o governo para ganhar eleições.
As descobertas sobre as fibras nervosas oriundas do cérebro que ativam os tumores ou podem ser mesmo a origem dos mesmos feitas pela cientista francesa Magnon revelou que o Cardevilol tem um efeito bloqueador Beta nas fibras microscópicas dos tumores e se estas forem destruídas as células tumorais suicidam-se.
Entre outras experiências feitas em tumores de ratinhos, a cientista injetou botox nos tumores e verificou que o produto têm um efeito deletério no mesmo porque destrói fibras nervosas e vasos sanguíneos que alimentam as células tumorais.
Na verdade, o botox que enche as ventas da Manuela Moura Guedes é um produto sintético totalmente inerte, pelo que não se deixa vascularizar nem penetrar por fibras nervosas nem é alvo do sistema imunológico. No espaço que ocupa dá cabo dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor, matando as suas células à fome ou pelo suicídio devido à quebra de ligação nervosa ao cérebro.
Claro que isso para as farmacêuticas e para muitos médicos que recebem comissões é o fim. Acabava a quimioterapia milionária e a medicação encontrada seria imensamente mais barata e o próprio tratamento mais simples.
Na foto vemos como as células progenitoras dos neurónios no tumores atravessam a barreira hematoencefálica que nos vasos sanguíneos irrigam o cérebro e evitam que corpos estranhos penetrem no cérebro, mas também que saiam do mesmo neurónios e células mães de neurónios que uma vez chegadas a uma zona apropriado à formação de um tumor se instalam e comandam as operações de proliferação celular que acabam por causar a morte de tanta gente.
O mundo médico e científico está entusiasmado e por toda a parte se fazem experiências, mas em Portugal os médicos estão apenas interessados nas suas greves que são continuam e ordenadas pelo bestanário da Ordem dos Médicos que já só se interessa em deitar abaixo o governo do PS. Até os jornais alemães da Net escrevem sobre isto.
Enfim, todos contra o PS e ninguém a cumprir a sua missão.
Engenharia do Pensamento: Criacionismo ou Evolucionismo
A subida ao poder no Brasil e nos EUA de dois presidentes e chefes de governo crentes no criacionismo arcaico veio recolocar novamente o problema da dúvida quanto às descobertas científicas que desde Darwin até hoje apontam para o evolucionismo
Tanto Bolsonaro como Trump são crentes com mais ou menos hipocrisia, mas são apoiados por centenas de cultos e igrejas cristãs e colocaram muitos dos seus apaniguados em lugares chaves da administração.
Há não muito tempo houve juízes nos EUA que condenaram professores de ciências naturais por não ensinarem o criacionismo e, hoje, muitos acham prudente fazer uma referência à tese bíblica que Deus terá criado o Universo e tudo o mais há uns 6 mil atrás, ou seja, há 3.964 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. No Brasil, a nova ministra da educação é fanática do criacionismo, pelo que se aconselha a mesma prudência aos professores de ciências, mesmo que não acreditem.
Os muçulmanos, hindus, judeus e até os budistas acreditam em algo igual ou semelhante.
Teoricamente há uns 5,4 mil milhões de humanos no Mundo que acreditam nos chamados livros sagrados e, como tal, na extrema juventude da criação. Os 1,5 mil milhões de muçulmanos serão os mais crentes porque nos países em que são maioritários e o poder é religioso torna-se extremamente perigoso acalentar qualquer dúvida. Já no mundo cristão de 2,4 mil milhões de pessoas não é certo que o velho testamento seja matéria de fé para todos nem que o número de praticantes corresponda ao das estatísticas. Pelo menos, não em Portugal em que maioritariamente a população não pratica qualquer ritual religioso e nem gosta de discutir a essência de qualquer religião, não se dispondo a discutir a fé ou o ateísmo, o que não quer dizer que seja todos ateus.
A indiferença parece ser a religião maioritária em Portugal e talvez nalguns países da Europa, que mais não seja, a nível de classes médias e população urbana em geral.
A astrofísica tem feito descobertas fenomenais nos últimos tempos que refutam a idade pretensamente infantil conferida à criação pelo antigo testamento. Assim, a expansão contínua e acelerada do Universos no que respeita às galáxias permitiu datar o começo dito big bang entre 13,7 e 14 mil milhões de anos.
O Sol tornou-se estrela há 4,568 mil milhões de anos, constituído a partir de gases e poeiras cósmicas que formaram em torno da nossa estrela um disco protoplanetário que no curto espaço de tempo de um milhão de anos entrou na fase de acreação, formando corpos celestes que se entrechocaram para originar os planetas, entre os quais a Terra que começou por ser muito quente, arrefecendo rapidamente enquanto os elementos químicos de maior peso atómica migravam para o seu centro aos mesmo tempo que se formava o núcleo, o manto e a crosta terrestre.
Não muito tempo depois deu-se a colisão com o planeta Thelia do tamanho de Marte, ejetando para fora a atmosfera primitiva e dos restos da colisão nasce a Lua e durante 400 milhões de anos a Terra sofre o bombardeamento de numerosos astroides e formam-se os oceanos, emergindo deles os continentes, ou antes, o continente primitivo Godwana. A partir de 3,8 milhões os continentes começam a separar-se e surge o oxigénio.
A água e a primeira vida que originou o oxigénio na Terra resultaram indiretamente da proteção dada pelo campo magnético terrestre produzido pelo efeito de dínamo produzido pelas correntes elétricas que percorrem o núcleo de ferro líquido em rotação no núcleo. Esse campo magnético protege a crosta terrestre das partículas com carga elétrica oriundas do Sol como são os eletrões, protões e iões.
A atmosfera da terra nascente há 4,5 milhões de anos era praticamente irrespirável até se ter transformado e constituir-se com 21% de dioxigénio resultante dos primeiros seres vivos, as cianobactérias com vida aquática que utilizaram a fotossíntese. A energia luminosa permitiu a essas bactérias dissociar o dióxido de carbono e sintetizar moléculas orgânicas que emitiam o dioxigénio (O2), o qual oxidou o ferro presente nos oceanos muito quentes. A grande oxidação foi catastrófica para as muitas bactérias então existentes, fazendo quase desaparecer a vida na Terra, mas o primeiro oxigénio foi de curta duração porque reagiu com o metano, originando a formação de água e gastando o metano e o dióxido de carbono (gases com efeito de estufa).
Sem esses gases, a Terra arrefeceu e conheceu as primeiras glaciações. Quase sem cianobactérias, o CO2 que ficou originou um aquecimento global com o reaparecimento da água líquida e as cianobactérias voltaram a multiplicar-se em grande quantidade, retomando o processo de oxigenação da atmosfera e redução do CO2 que se dissolveu na água dos oceanos, provocando novas glaciações.
Só quando a luminosidade do Sol aumentou e impediu as glaciações é que o processo de oxigenação continuou e formou-se o ozono (O3) que nas camadas superiores da atmosfera impediu os raios ultravioletas do Sol de chegarem em quantidade à Terra, dando azo a que várias formas de vida começaram a aparecer e a cerca de 825 milhões de anos do nosso surgem animais multicelulares, provavelmente criados pelas cianobactérias como forma de se protegerem do efeito tóxico do O2 e de evolução em evolução surge o género Homo, cuja função com os mamíferos e outros animais é de abrigar um número gigantesco de bactérias anaeróbicas que no nosso corpo superam o número de células e ajudam-nos no metabolismo.
Enfim, estamos aqui a prazo, porque o Sol deverá consumir toda a sua energia resultante da fusão do hidrogénio em hélio e elementos pesados e tornar-se uma estrela anã quase sem atividade. Talvez daqui a uns 10 mil milhões de anos.
Astronomicamente somos jovens, mas nada do que se pareça com os 6 mil anos bíblicos, cujos crentes podem acreditar em tudo o que quiserem menos nas leis da física temporal e no facto de há 6 mil anos já egípcios e povos da Mesopotâmia construíam cidades e túmulos gigantescos.
Fim da I. Parte
Xangai e a sua ermanente nuvem de poluição
O maior perigo para o poder político ditatorial da China são as suas gigantescas metrópoles, onde milhões de cidadãos podem afogar todo o poder apoiado em 3 milhões de militares e outros tantos polícias.
O Partido tem atualmente 87 milhões de militantes que não é muito neste oceano de gente que se um dia vier para a rua protestar leva tudo na sua frente e todo pode acontecer com desentendimentos na cúpula do poder como sucedeu nos protestos de Tienanmen que se iniciaram com a morte do presidente da República de então que toda a gente considera que foi assassinado porque queria democratizar o regime.
Hoje, a China tem dezenas de cidades com um milhão ou mais de habitantes, incluindo as três cidades globais de Pequim, Hong Kong e Xangai. Em 2025, estima-se que o país terá 221 cidades com mais de um milhão de habitantes.
As 18 maiores cidades são:
1 Xangai 20.200.000
2 Pequim 16 446 900
3 Chongqing 11 871 200
4 Cantão Guangdong 10 641 400
5 Shenzhen Guangdong 10 358 400
6 Tianjin 9 562 300
7 Wuhan Hubei 7 541 500 17 Suzhou Jiangsu 4 083 900
8 Dongguan Guangdong 7 271 300
9 Hong Kong RAE 7 055 071
10 Foshan Guangdong 6 771 900
11 Zhengdu Sichuan 6 316 900
12 Nanquim Jiangsu 6 238 200
13 Shenyang Liaoning 5 718 200
14 Hangzhou Zhejiang 5 578 300
15 Xian Shaanxi 5 399 300
16 Harbin Heilongjiang 5 178 000
17 Suzhou Jiangsu 4 083 900
18 Qingdao Shandong 3 990 900
Rua em Lagos - Nigéria
A população mundial tem estado a crescer a uma média de 100 milhões de pessoas por ano, podendo chegar aos 10 mil milhões em 1950 e aos 15 mil milhões no fim do século atual
É certo que a tecnologia pode fazer muita coisa para aliviar o peso dos gases de estufa e evitar a catástrofe das alterações climatéricas. mas não parece que se possa fazer muita coisa sem estabilizar a demografia atual.
A temperatura mundial pode subir mais de 4ºC a partir de 2050, o que fará aumentar o nível dos oceanos com os degelos árticos e antárticos. Nada evitará a poluição provocada por uma população excessiva, já que tudo o fazemos polui e até a nossa respiração e dos animais que servem para a nossa alimentação.
Mesmo com células fotovoltaicas, automóveis a eletricidade, irrigação dos desertos com água dessalinizada não parece que seja possível alterar muita coisa.
Contudo, a Humanidade atua mesmo sem o comando dos políticos e pensadores. No seu todo, a sociedade humana, tal como as de muitos animais tem uma espécie de pensamento coletivo.
É um facto que nos países em que se verificou um maior desenvolvimento, a natalidade tende a diminuir, mesmo em muitos países africanos que estão longe do desenvolvimento.
Hoje, a natalidade mundial média rondará os 2,2 filhos por mulher com tendência a descer ainda mais.
No continente africano, a tendência para os 7 ou mais filhos por mulher desceu já para os cinco ou quatro, o que continua a ser excessivo e um caminho para o desastre se a descida não continuar, o que a acontecer passará pela redução da influência das organizações religiosas que lutam contra toda a planificação familiar e contraceção.
Há países muçulmanos como o Irão que sabem controlar a natalidade, mas há também grupos muçulmanos mais ou menos radicais que querem conquistar a Índia e o continente africano, sonhando com a Europa também, pela via sexual, isto é, pela multiplicação dos seus acólitos.
Há um autocontrole da natalidade como se verifica em Portugal e em toda a Europa e nos EUA, Canadá, Japão, Oceânia e nalguns poucos países sul americanos desde que se verifiquem os seguintes fatores, educação generalizada, incluindo das raparigas, assistência médica, principalmente nas crianças e adultos até os filhos serem independentes, emprego para todos ou quase e segurança social.
Claro que a ordem pode começar pelo emprego por via de atividades económicas como turismo, indústria, agricultura, exploração de recursos naturais, etc. e os resultados em termos de natalidade menor não resulta da perfeição dos sistemas, mas começa logo com pequenos avanços.
Observou-se o fenómeno em dois países, a China e a Tailândia.
No primeiro, durante muitos anos foi seguida a política obrigatória de um só descendente que estabilizou um pouco o crescimento populacional. No segundo, não houve nenhuma política de controle da natalidade, mas o progresso no turismo, indústria e outras atividades permitiu um aumento do nível de vida e o trabalho feminino com a escolarização e assistência na saúde e na velhice para se se produzir automaticamente uma queda da natalidade.
Quando as famílias sentem que os filhos não morrem em criança e que o pai também vai ter uma esperança de vida maior deixam de pensar em muitos filhos como forma de garantir a segurança social na velhice por via do trabalho dos filhos.
Este fenómeno produz aquilo que já aqui escrevi. A baixa natalidade com o progresso começa por provocar um aumento da população devido a uma maior esperança de vida, mas a prazo a situação demográfica tende a equilibrar-se, havendo mais pessoas idosas, mas ninguém fica por cá.
O nosso planeta deveria poder chegar ao fim do século com não mais de 7 mil milhões de habitantes para evitar as alterações climatéricas ao mesmo tempo que promove o referido desenvolvimento e uma mudança tecnológica no sentido de evitar a produção de CO2.
O projeto de instalar uma grande central de energia solar fotovoltaica flutuantes nas águas da barragem de Alqueva é um excelente exemplo para permitir três grandes vantagens como a retenção de água no sul da Europa que tende para a seca cada vez mais permanente, a dupla produção de energia elétrica por via do sol e da água ou tripla se forem adicionadas na região torres eólicas destinadas a permitir o funcionamento de bombas de recuperação da água de Alqueva retida na barragem da Rocha da Galé.
A construção de mais uma barragem na zona de Portalegre tornará aquela região quase desprezada mais rica em energia e água para desenvolvimento futuro.
Nenhum país da bacia do Mediterrâneo e zonas limítrofes pode dar-se ao luxo de desprezar a pouca chuva que cai, lançando-a para o mar.
O homo sapiens que somos está destinado a colonizar o espaço, nomeadamente os exo planetas em zonas habitáveis, mas tecnicamente estamos ainda muito longe de tornar isso possível, pelo que devemos preservar o ambiente até emigrarmos para o espaço.
Recordemos que o homo sapiens nasceu em África e há uns 100 mil anos iniciou a grande aventura de colonizar toda a Terra porque antes de ter inventado a agricultura e a pecuária necessitava de muito espaço para que pequenas tribos pudessem sobreviver com a caça e recolha de plantas silvestres comestíveis. Conseguiu povoar zonas árticas e as mais distantes ilhas do Pacífico, incluindo a Austrália e Nova Zelândia, navegando em jangadas ou pirogas duplas em mares e oceanos completamente desconhecidos, orientando-se pelas correntes, ventos e muito especialmente pelo voo das aves que admitia-se que se dirigiam sempre a alguma terra fértil.
Demografia
O problema das alterações climatéricas tem a ver com o número de habitantes do Planeta, pois ninguém pensa que uma grande parte da população quer andar a pé, ficar desempregada e apagar as luzes às 21h e, eventualmente, apanhar couves como mostrou recentemente a Cristas
Nada disso pode acontecer e a ONU prevê que em 2100 a população mundial atinja os 11,2 mil milhões de habitantes, estando atualmente em cerca de 7,7 mil milhões. Em 1973, previa-se que em 2020 a população seria de 40 mil milhões e mais de metade viveria em barracas imundas com os mares poluídos pelos dejetos animais e materiais.
Os especialistas que sabem fazer contas não se limitam a prolongar as curvas estatísticas até a uma espécie de infinito e observam as condições em que a humanidade vive.
Assim, enquanto a população cresce a natalidade desce. Em 1950 nasciam por mulher 4,7 crianças e em 2017 esse valor desceu para as 2,4 e tende a descer mais, podendo já estar no valor de estabilidade que é de 2,1 nascimentos por mulher.
Mesmo assim, a população cresce mais pela simples razão que a esperança de vida vai aumentando, mesmo em África onde começam a chegar cada vez mais vacinas para as crianças e antibióticos para tratamento de muitas doenças. Muitos países africanos passaram de uma esperança de vida de 40 anos para 60 ou mais agora.
A Ásia poderá ter passado já dos 5 mil milhões de habitantes para cair para 4 mil milhões perto do fim do século.
A África estará quase nos 2 mil milhões e não passará dos 3 mil milhões no fim do século.
A educação das raparigas e mulheres e população em geral provoca uma queda da natalidade que não será sentida por via do referido aumento da esperança de vida.
A Humanidade vai envelhecendo, mas a revolução que vai trazer o computador quântico vai permitir fazer muita coisa cada vez menos cansativa.
Hoje apareceu a notícia que em 23% dos concelhos de Portugal há mais reformados que pessoal a trabalhar.
Não é preciso ser especialista nem sequer inteligente para saber que a maior parte dos reformados das zonas rústicas, e não só, fazem parte dos cerca de 2,5 milhões de portugueses que emigraram a partir do início dos anos sessenta para a França, Luxemburgo, Alemanha, Bélgica, Holanda, Reino Unido, etc. e recebem as suas reformas através da Segurança Social com dinheiro transferido dos sistemas sociais desses países, pelo que não vivem à custa das TSU dos trabalhadores atuais do País.
As transferências desses trabalhadores aguentaram durante muitos anos a balança de pagamentos do País e continuam a fazê-lo por via das suas reformas oriundas de fora.
Esse dinheiro é bemvindo porque ainda só exportamos cerca de 45% do PIB e devemos chegar aos 50% ou mais para atingir um equilíbrio entre o que sai e o que entra.
Neste momento, a balança de pagamentos é equilibrada por via dos 50 milhões de euros que os turistas deixam diariamente mais as referidas reformas e as reformas de aposentados estrangeiros e as exportações portuguesas.
A direita quer a privatização de parte dos descontos para reformas e daí lançarem constantemente notícias alarmantes para dar a entender que no futuro não haverá dinheiro para as reformas.
Quem vai fazer o estudo de impacto ambiental é a própria Vinci (ANA) que já fez um que foi chumbado.
Um amigo que é administrador da ANA disse-me que a Vinci está preocupada em ressarcir-se dos 3 mil milhões de euros investidos no monopólio das concessões aeroportuárias em Portugal, até porque tem um "cashflow" muito baixo da ordem dos 200 milhões de euros e está a investir muito no aeroporto Sá Carneiro, cuja capacidade atual é equivalente à que iria ter o aeroporto de Montijo. Além disso, as ações da Vinci SA caíram 15,87% no ano passado.
António Costa disse que se o estudo de impacto ambiental for chumbado não haverá aeroporto complementar em Montijo nem Plano B. Na verdade, o PSD amarrou a Pátria à Vinci por 50 anos, pelo que ninguém de fora pode assumir o compromisso de investir num aeroporto novo.
A meu ver, a Vinci quer apenas alargar o Aeroporto Humberto Delgado para chegar dos atuais 29 milhões de passageiros aos quase 49 milhões com utilização durante a madrugada - 20 horas diárias - que é algo que a CML não quer.
A Vinci não quer investir mais de mil milhões de euros em Montijo e o Estado não está para isso.
Contudo, um aeroporto em Montijo aumentará os lucros do grupo Vinci que é proprietário de 40% do monopólio Lusoponte das duas travessias do Tejo, principalmente da Ponte Vasco da Gama que foi construída para mais de 130 mil carros por dia e ronda atualmente metade desse número.
O PSD fez contratos inimagináveis com a Vinci e a Ascendi francesa das autoestradas que detém 41% da Lusoponte. Assim, a Lusoponte só é responsável pelo piso dos tabuleiros e não pelas infraestruturas, mas mete ao bolso todo o valor das portagens. Sérgio Monteiro do PSD até contratualizou com as duas francesas da Lusoponte que o Estado se encarregaria de cobrir qualquer alteração dos impostos a pagar pela Lusoponte como o IRC e IVA.
É curioso como o Anibal deu a construção da Ponte Vasco da Gama a uma empresa inglesa de vão de escada pertença da sua amiga Tatcher e do marido e que foi acusada pelos tabloides de ser um escritório de comissões corruptas a receber, encaixar e pagar aos clientes de material de guerra inglês e de grandes contratos.
Logo que ganhou o concurso, essa empresa fechou as portas depois de passar a construção a um consórcio em que a Vinci Highways SAS detinha a direção da obra e escolha dos construtores especializados e acabou por ser a segunda maior acionista das duas pontes sobre o Tejo.
A Vinci gostaria que o segundo aeroporto fosse feito como a Ponte Vasco da Gama que custou o equivalente a 897 milhões de euros, dos quais 319 milhões vieram do Fundo de Coesão da União Europeia, 299 milhões de um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos e 50 milhões deveriam ter origem nas receitas da Ponte 25 de Abril que há muitos anos passou dos 40 milhões por ano sem encargos.
Enfim, a generosidade do Anibal Silva não tinha limites.
Foto: Aeroporto Humberto Delgado como quer a Vinci
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