Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Terça-feira, 31 de Janeiro de 2012
O Segredo Americano de Auschwitz-Birkenau
Os nomes desses campos de morte ficaram na história como palco de um dos maiores crimes perpetrados na História da Humanidade. Aí, os nazis mataram milhões de judeus. Havia uma fábrica de combustíveis sintéticos num determinado local perto de Birkenau, a uns quilómetros das câmaras de gás e fornos crematórios para os quais os SS mandavam logo os judeus velhos, as crianças e outros enfraquecidos ou doentes. Os mais capazes fisicamente iam trabalhar nas muitas fábricas instaladas em torno dos referidos campos.
A direção mundial da Comunidade Judaica tinha conhecimento do que se passava em Auschwitz, e a Inglaterra também porque decifrava todas as comunicações do "Reich", e pediu posteriormente que os americanos bombardeassem os fornos crematórios, as câmaras de gás e a estação de caminho de ferro e respetivas linhas para dificultar o assassinato em massa de judeus. Os americanos responderam que não tinha capacidade para bombardear com precisão essas instalações quando tinham já destruído em Copenhagen e na Holanda edifícios da Gestapo com grande precisão, quase sem provocarem danos colaterais em edifícios vizinhos. Além disso, enquanto as fábricas de gasolinas sintéticas tinham artilharia anti-aérea para a sua defesa, os campos de concentração nada tinham porque para os nazis a maior parte do pessoal era para matar de qualquer maneira.
A fábrica de combustíveis sintéticos a partir do carvão foi no dia 20 de Agosto de 1944, bombardeada por 127 Superfortalezas B-17 com grande precisão no âmbito daquilo que era o ataque às muitas fábricas de gasolinas sintéticas.
Antes do ataque, os ingleses fotografaram com perfeição os campos de concentração com os seus bimotores "De Havilland Mosquito" muito rápidos e sabiam tudo sobre os crimes nazis.
O grande historiador britânico Martin Gilbert escreveu o livro "A Segunda Guerra Mundial", já publicado em português pela D. Quixote, quase todo baseado nos textos de comunicações TSF alemãs decifradas pelos britânicos no célebre "Blechley Park". Nesses documentos, os nazis relatavam com minúcia burocrática quase todos os crimes perpetrados e o número de judeus assassinados e quantos estavam a trabalhar num ou noutro local e quais eram os auxiliares ucranianos e polacos na tarefa, etc.
Tanto Churchill como Roosevelt sabiam de tudo e mostraram-se muito espantados quando a guerra acabou como se não soubessem de nada. Claro, não convinha dar a conhecer aos alemães que eram capazes de decifrar as mensagens, mas o que era visto do ar podia ter sido atacado e não foi. Nem ingleses nem americanos mexeram uma palha para salvarem o povo judeu do tremendo massacre que sofreu e podiam ter feito muito com a sua gigantesca superioridade aérea. Saliente-se ainda que junto a muitos campos de concentração, os prisioneiros judeus eram também obrigados a fabricar explosivos, munições, etc., pelo que o corte dos acessos a esses campos permitiria também que essas munições não fossem para a frente de batalha, além de que matar guardas SS era um excelente sinal para os fazer compreender que não estavam impunes. Com os seus "Mustangs", os americanos metralhavam e matavam agricultores alemães a trabalhar nos campos, mas nunca foram aos quartéis dos SS policiais que eram os encarregados do assassinato de judeus, ciganos, socialistas, comunistas, democratas, etc. Perto de Dachau, chegaram a metralhar o pessoal que saia de uma missa, mas não tocaram nos edifícios dos oficiais e guardas SS do campo de concentração da morte. Enfim, a mentalidade humana é indecifrável.