Ontem foi inaugurada uma ponte sobre o Danúbio entre a região de Widin na Bulgária e a de Calafat na Roménia para a qual Bruxelas disponibilizou 100 milhões de euros, ou seja, quase dois terços do custo total da mesma.
A enorme ponte liga duas regiões sem estradas importantes e desprovidas de indústria e até de uma agricultura eficiente que empregue muitas pessoas para as quais a EU não dá um cêntimo para não fazer concorrência aos grandes da Europa.
Para se chegar à ponte há que percorrer estradas estreitas de terra batida ou de alcatrão muito esburacado, mas não será para sempre. Bruxelas quer que se construa uma auto-estrada da Alemanha à Grécia, toda em território da União sem passagem por fronteiras com pagamentos de direitos de passagem, etc.
Aqui se verifica a paixão de Bruxelas, quer dizer da Alemanha, por auto-estrada e esta atravessará a República Checa, a Eslováquia, a Hungria, a Roménia e a Bulgária. Cada país obterá empréstimos para pagar a sua participação.
A estrada será mais longa que a passagem pela Sérvia e outros países da antiga Jugoslávia, mas como foi dito não terá fronteiras e pretende-se que seja gratuita.
Enfim, Bruxelas não aprendeu nada com as crises da Grécia, Portugal e outros países e continua apostada em obras que endividam os países para depois os obrigar a fazer uma política excessiva de austeridade que elimina qualquer vantagem que as estradas e pontes possam proporcionar.
A União Europeia sob a liderança da Merkel tem uma visão cada vez mais curta de tudo porque só os interesses de Berlim contam e ninguém vê na Alemanha que acabarão por não serem servidos com a política de despesas inúteis seguida de austeridade. Portugal não está a receber de volta os 4 mil milhões que paga este ano ao orçamento da União. Estamos a pagar as auto-estradas dos outros.
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