Miguel Sousa Tavares disse hoje na SIC que o Eurogrupo exige dos depositantes nos bancos cipriotas uma quantia quase igual à do perdão da dívida grega por parte da banca de Chipre, ou seja, quase 5 mil milhões de euros.
Na minha opinião é inacreditável e pela leitura dos jornais alemães da Net, o ministro dos Negócios Alemães, o liberal Westerwelle, não está de acordo e o ministro das Finanças Schäuble está contra a aplicação do confisco às pequenas poupanças e disse que a ideia não partiu da Alemanha. Só a louca de Berlim, a Merkel, é que quer o assalto aos cipriotas.
Não há palavras para definir a decisão do Eurogrupo e como puderam 17 países aprovar tal confisco que está já a pôr em causa todo o sistema bancário da Zona Euro. É óbvio que fazer isto num país significa que pode ser feito em qualquer outro, nomeadamente em Portugal. Para além de se estar a destruir a economia europeia pretende-se também o suicídio bancário. Parece que para a louca de Berlim a divisa é “antes a morte que a emissão de moeda”.
Mas, já não podemos culpar apenas a Merkel. Temos de perguntar o que fazem os outros e o Hollande, o Rajoy e até o Passos? No fundo, quase todos os países europeus exceto a Alemanha, a Finlândia e, talvez, a Holanda, começam a estar aflitos e estão a ver como param as coisas. Aparentemente parece que querem assistir a um grande desastre para conseguirem resolver os seus problemas.
Enfim, confirma-se cada vez mais a profecia do Nobel da Economia, Paul Krugmann, que o Euro duraria uns dez anos e ou rebentava a moeda única ou a União Europeia. Um desastre por quase nada. Como escrevi ontem, por tão pouco destrói-se o Continente que era o nosso orgulho e símbolo do desenvolvimento, da cultura e do alto nível de vida.
A Europa meteu-se no passado em guerras por quase nada. Por isso não é de admirar que a imbecilidade emocional dos líderes europeus possa conduzir a um desastre ou pretende-se apenas acabar com as classes médias assalariadas, colocando-as ao nível dos trabalhadores chineses ou pouco mais. Graças à direita alemão, a Europa Unida deixou de existir.
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