A Revista de Marinha 939 de Agosto e Setembro de 2007 já está à venda.
Desta vez a RM resolveu prestar uma justa homenagem ao notável Museu da Marinha com 144 anos de existência. O seu director, o Capitão-de-Mar-e-Guerra José Rodrigues Pereira, publica um excelente artigo em que nos revela o historial e a magnífica obra de restauro e preservação de muitas das memórias de Portugal nos mares e nos ares, pois o hidroavião “Santa Cruz”, no qual Sacadura Cabral e gago Coutinho completaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, está perfeitamente preservado no Museu. Vale a pena ler artigo, mas mais ainda visitar o Museu.
Outro interessante artigo revela-nos a última viagem da escuna “Creola” em que participou na regata “Tall Ship’s Race Mediterrânea 2007”. O texto é o produto da colaboração dos membros da guarnição do navio.
A Comunidade Portuária de Lisboa revela em texto elucidativo como pretende defender a zona ribeirinha de Lisboa e, naturalmente, como o fará melhor que a CML, cujas tendências para a especulação urbanística é observável por quem se movimento na bela cidade portuária que é Lisboa.
A guerra do Iraque ou do Golfo vista na perspectiva naval é alvo de uma análise descritiva do imenso dispositivo naval do EUA na região, escrita por Dieter Dellinger, o qual dedica igualmente um artigo à problemática da montagem das turbinas eólicas no mar. O autor revela-nos o facto de Portugal ser já a quarta potência mundial em capacidade produção de electricidade a partir da energia eólica por habitante e a nona em termos globais, o que é significativo.
O colaborador da RM no Brasil, Nelson A. Carrera, escreve um interessante artigo sobre o vapor alemão “Werra” que trouxe muitos imigrantes da Europa para o Brasil, nomeadamente da Península Ibérica.
O comandante Augusto Salgado mais uma vez dedica um artigo à sua grande paixão, a arqueologia submarina, descrevendo num artigo intitulado “Um Tesouro no Açúcar” as peripécias resultantes do afundamento em 1608 de uma caravela oriunda do Brasil. O naufrágio ocorreu frente a Beliche, perto de Lagos, tendo o navio transportado junto com açúcar 25.000 ducados de prata espanhóis, possivelmente contrabando para fugir às malhas do “fisco” real espanhol, já que o mestre da caravela era originário de Huelva.
Ainda podem ser lidos noticiários sobre portos e navios e um artigo de Luís Filipe Marazzo sobre Regras Elementares de Segurança de Navegação.
A revista pode ser adquirida nas principais casas de revistas e no Museu da Marinha.
Para assinaturas pode fazer-se o contacto para revistamarinha@netcabo.pt.
Bergantim Real Exposto no Museu da Marinha
Já saiu a Revista de Marinha de Maio com artigos destinados tanto a profissionais como aos amantes do mar e dos navios actuais e históricos.
Salientam-se, entre outros artigos, o excelente trabalho do engenheiro construtor naval António F. Mateus sobre “Navios de Patrulha Oceânica: Uma Breve Revisão do Passado Recente” no qual relata o desenvolvimento e as necessidades dos navios de patrulha oceânicos como ferramentas indispensáveis para a protecção e vigilância dos espaços marítimos com a constatação evidente que a maior fronteira da União Europeia é a sua longa linha de costa. Noutro artigo de interesse técnico, o capitão-tenente Nuno Sardinha Monteiro explica o funcionamento melhorado e futuro dos sistema de navegação GPS, “Diferential GPS” e “WAS Enabled”, norte-americanos, e do sistema europeu EGNOS, o precursor do Galileu que dará autonomia à Europa em matéria de navegação marítima e terrestre por satélites de alta precisão. Segundo o autor, espera-se que o sistema europeu entre em funcionamento público muito breve dado que os satélites já estão instalados e a emitir sinais.
Rui Henriques escreve no seu nono artigo sobre Desastres Marítimos com Navios de Passageiros, o azar do grande paquete francês “L’Atlantique” que ardeu em 1933 quando navegava sem passageiros para o porto Saint Nazaire para ser vistoriado.
Por sua vez, Dieter Dellinger dá a conhecer as características e o destino actual do maior navio do mundo, o super-petroleiro “Knock Nevis”, ex-“Jahre Viking” e ex-“Happy Giant”. Com 458,46 metros de comprimentos, o navio ultrapassaria em altura as célebres torres Petronas de Kuala Lumpur com 424 metros e, bem assim, o Empire State Building. De alguma forma é a maior peça móvel construída pelo homem e, talvez, a maior de todas as obras humanas, salvo uma ou outra barragem. Actualmente, o navio serve no Qatar de depósito de petróleo bruto proveniente de um campo petrolífero da zona. Dieter Dellinger descreve também a forma com este navio foi atacado durante a guerra entre o Irão e Iraque que provocou o seu afundamento perto da costa, portanto com as estruturas fora de água para ser recuperado e reparado num estaleiro de Singapura.
O Comandante Augusto Salgado, conhecido arqueólogo submarino e autor de numerosas obras, entre as quais o livro “Os Navio da Armada Invencível”, faz um relato do que foi a “Semana do Património Cultural Subaquático em Lisboa”.
Salienta-se ainda o artigo do correspondente da RM no Brasil, Marco António Pedro, acerca do afundamento do navio de cruzeiros “Sea Diamond” no Mar Egeu no passado dia 2 de Abril por motivos que ainda estão totalmente por esclarecer. Este artigo como todos os restante artigos e noticiários sobre actividades navais e portuárias caracterizam-se por uma exibição de pormenores e notáveis fotografias que dão à revista um notável aspecto gráfico que muito se deve ao talento estético do seu director, o comandante Gabriel Lobo Fialho.
A revista está à venda nos mais importantes balcões de venda de revistas especializadas, no Museu da Marinha e podem ser feitos pedidos directamente para revistamarinha@netcabo.pt.
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