O Puto com os Generais
O tio Chang do puto Kim Jong, ditador dinástico da Coreia do Norte, desapareceu. Não é visto há mais de um mês. A televisão norte-coreana mostrou um vídeo em que o tio estava ao lado do puto a aplaudir qualquer coisa, mas a agência noticiosa da Coreia do Sul diz que esse vídeo já tinha passado nove vezes na televisão e deve ter mais de um ano. Referências ao tio Chang não aparecem nos jornais, rádios e televisão e consta que dois dos seus colaboradores mais chegados foram fuzilados por corrupção.
Parece que o tio Chang, casado com a irmã do pai do puto King, deverá ter ido para um campo de reeducação, pois apesar dos seus 68 anos de idade ainda não aprendeu tudo.
É duvidoso que tenha sido uma manobra do puto. Tudo indica que foram os generais que o puseram de lado, apesar do tio Chang ser vice-presidente do Comité de Defesa nacional, o órgão mais importante do País, correspondendo o título quase ao de vice-presidente do reino dos Kim.
Muitos comentadores falam de um golpe palaciano e silencioso e que o puto está prisioneiro dos militares, não mandando nada. Aparece sempre acompanhado por generais e marechais com os bonés gigantescos e todos a aplaudirem o grande líder, incluindo o próprio. Eles aplaudem-se sempre uns aos outros.
O tio Chang tinha sido o mentor do puto. No funeral do Kim Il, o tio ia atrás do sobrinho ao lado da imensa limousine russa que levava o féretro no tejadilho.
É verdade que o tio Chang advogava para a Coreia do Norte uma política semelhante à da China e vestia-se como os seus homólogos chineses, isto é, em bons fatos de corte ocidental feitos á medida e considerava os militares muito corruptos.
A principal exportação da Coreia do Norte é material militar, nomeadamente mísseis, centrifugadores para enriquecer o urânio ao nível militar e muita tecnologia. Os militares iam muito ao Irão onde ajudaram a construir 21 submarinos pequenos, mísseis de todo o tipo e a bomba. De lá vinham carregados de presentes valiosos.
O tio queria que fosse o Ministério do Comércio Externo a organizar as exportações e queria vender o trabalho dos seus súbditos a um preço abaixo do chinês para atrair investimento capitalista estrangeiro.
Agora teme-se um colapso do poder na Coreia do Norte, pois também na URSS foi uma tentativa dos militares que levou à dissolução do PCUS.
A Coreia do Sul teme que a China pretenda nesse caso entrar na Coreia do Norte e ocupar rapidamente as suas instalações nucleares, o que levaria o exército sul-coreano a tentar fazer o mesmo, tanto mais que os sul-coreanos consideram a Coreia como um território que só pode pertencer a coreanos.
Numa situação dessas, os EUA teriam de intervir para apoiar a Coreia do Sul, já que este país está mal equipado de material de guerra. A sua aviação é constituída por caças F-5 Tiger e F-4 Phantom extremamente antigos. O exército tem algum poder e a marinha tem submarinos do tipo dos portugueses de construção e desenho alemão.
Neste momento, a Coreia do Sul procura novos aviões, mas ainda não se decidiu pelo F-22 Raptor que levaria anos a receber ou pelos F-15 ou F-18 modernizados e extremamente poderosos e capazes de abater qualquer avião chinês que também levariam uns anos a serem fabricados. Os EUA não têm aviões novos para fornecer, pelo que só “Eurofighters EF 2000” alemães é que poderiam ser uma solução, pois a Merkel quer vender uma parte dos que a sua “Luftwaffe” recebeu há pouco tempo. Ela só quer euros e está a vender mais de mil tanques da reserva, os aviões Tornado e pode vender os mais novos. Os americanos querem garantir aquele mercado, mas a situação pode não permitir uns 5 a 10 anos para a entrega de várias esquadrilhas de quaisquer aviões novos de fabrico norte-americano.
Os “Eurofighters” apresentam alguns defeitos de juventude e muitos da “Luftwaffe” estão no chão com problemas diversos.
A China tem uma importante força militar perto da fronteira com a Coreia do Norte, mas ao entrar naquele país sem autorização americana ariscava-se a sofrer severas sanções económicas e ver milhares de fábricas que exportam paralisarem e perder biliões de dólares que tem em títulos de tesouro americanos e depósitos nos EUA. Esses dólares representam biliões de horas de trabalho e só servem para adquirir mercadorias no estrangeiro, nomeadamente produtos alimentares nos EUA, Brasil, Argentina, etc. e matérias primas como petróleo, minérios, etc. Os americanos ao emitirem moeda obrigam os chineses a ter de gastar os seus dólares ou perdê-los, o que aconteceria numa situação de guerra.
Uma crise nas exportações chinesas pode conduzir também a um colapso do regime ditatorial de partido único. Todas as ditaduras acabam mais dia menos dia e a chinesa não será exceção.
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