Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.

Os americanos estão a utilizar a táctica do organigrama nos milhares de prisioneiros que estão detidos nas suas bases espalhadas pelo Mundo e, como tal, fora dos princípios jurídicos americanos ou de outras nações.
A táctica do organigrama consiste em prender grande número de pessoas apanhadas ao acaso junto de locais onde se verificaram ataques e, mesmo, combatentes das resistências afegãs e iraquianas.
Submetidos a torturas mais diversas, das quais as do tipo sexual como as vistas nas fotos são as mais humilhantes nas sociedades muçulmanas, alguns prisioneiros confessam nomes de camaradas de combate ou até de superiores hieráriquicos e nome ou número das unidades em que actuam. Posteriormente, os americanos prendem os denunciados e colocam os seus nomes com os anteriores num organigrama. Os últimos voltam a ser interrogados para denunciarem mais alguns nomes e assim os americanos acabam por prender células de resistência completas e conhecer as suas ligações hierárquicas, prendendo também os comandantes da resistência.
Estão a fazê-lo em, pelo menos, vinte bases espalhadas pelo Mundo, nas quais as autoridades do País onde estão localizadas não têm jurisdicção. Talvez na base das Lages e na Rota estejam também prisioneiros acorrentados em hangares oficinas sujeitos às mais infames torturas.
Um jornalista alemão escreveu recentemente no semanário "Die Zeit" que o Mundo nada aprendeu com o passado e que os americanos estão a tornar-se nos nazis do Século XXI.