Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Terça-feira, 31 de Outubro de 2006
Greve Política
Esta manhã fui confrontada com mais uma greve do Metro; desta vez das 6.30 às 12.00, pelo que utilizei a viatura.
No rádio da mesma ouvi que o motivo da greve seria impor o prolongamento do Acordo de Empresa assinado há anos e cuja validade termina a 31 de DEZEMBRO de 2007, portanto daqui a 14 MESES.
Eu não queria acreditar naquilo que os meus ouvidos estavam a ouvir, pelo que vim confirmar aqui no noticiário Sapo/Diário Digital. Efectivamente está escrito que o referido acordo termina nos finais de 2007.
É pois óbvio que uma greve com a antecedência de 14 meses é POLÍTICA. O Partido Comunista que controla a CGTP está efectivamente a manipular os trabalhadores contra os outros trabalhadores que são os utentes do Metro para agitar a opinião pública num momento delicado que é o da discussão de um Orçamento de Estado quando não há muito dinheiro num país que não tem poços de petróleo ou gás natural.
Ora, o COMUNISMO caiu na União Soviética onde há as maiores reservas mundiais de combustíveis e as maiores riquezas minerais do mundo, pelo que num País pobre como Portugal ainda terá menos viabilidade, mas vai agitando para tentar derrubar uma democracia sempre frágil quando os recursos não são muitos.
Os trabalhadores do Metro têm 14 meses para negociar com a Administração e sabem que não se trata de uma empresa capitalista para dar lucro, já que os investimentos nas suas infraestruturais são de tal modo caras que não são feitas para lucrar. Os salários praticados no Metro estão acima dos que as empresas privadas de transportes pagam e o acordo de empresa prevê promoções automáticas e aumentos automáticos. De qualquer forma, nos próximos 14 meses tudo é negociável e ninguém vê a razão para que um acordo tenha de ser assinado com tanta antecedência.
Os trabalhadores do Metro trabalham para outros trabalhadores que, por sua vez, trabalham para os do Metro nos hospitais, escolas, serviços, fábricas, etc.
O Metro custa muito dinheiro aos contribuintes, já que os passes sociais são subsidiados pelo Estado e não correspondem ao custo de utilização. Colocado perante um aumento exorbitante do custo do Metro, o Governo ver-se-ia obrigado a aumentar os passes e os bilhetes e, com isso, perder dinheiro. Esse é que é o objectivo do Partido Comunista, perturbar a vida dos trabalhadores utentes do Metro e do Estado.
Levar trabalhadores a fazerem a guerra a outros trabalhadores ou criar condições financeiras tais que inviabilizem o progresso de Portugal.
Neste momento em que se inicia a construção várias fábricas de material aerogerador e de células fotovoltaicas para tornar Portugal menos dependente dos combustíveis importados, principalmente para a produção de electricidade, nada como cobrir o êxito com greves sucessivas no Metro que é uma empresa pública.
O Partido Comunista contribuiu largamente para as privatizações em Portugal, pois a sua Intersindical fez sempre greves nas empresas públicas e nenhumas nas privadas. Os comunistas portugueses são inimigos do Estado e grandes aliados do Capitalismo.
Temos exemplos disso na China e no Vietname e até no regime de comunismo dinástico da Coreia do Norte em que já está a funcionar uma zona franca para multinacionais e empresas sul-coreanas explorarem a mão-de-obra comunista a 60 dólares ao mês (48 Euros ou 1,60 Eu ao dia ou 20 cêntimos à Hora). Mesmo esses valores ridiculamente baixos não são pagos aos trabalhadores, mas ao Estado que depois paga outro valor aos próprios trabalhadores.
Enfim, COMUNISMO e CAPITALISMO PERVERSO, ambos anti-democráticos, são cada vez mais uma e a mesma coisa.
Dsotto
De steulada a 8 de Novembro de 2006 às 13:00
http://cidadaoscontrasgreves.blogspot.com
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