Chevrolet Volt – Um meio para economizar combustível
No ano passado, quando o preço do barril de petróleo atingiu os 75 dólares, ninguém podia imaginar que menos de um ano depois, o mesmo barril estaria já ligeiramente abaixo dos 50 dólares.
Contudo, nada parece ter acontecido para provocar tal queda, excepto um Inverno de temperaturas benignas no seu primeiro terço e em países como os EUA, Canadá, Europa do Norte, etc.
Para além disso, o consumo na China e na Índia continuou a aumentar, a guerra do Iraque tornou-se mais brutal e alguns países produtores como a Venezuela e o Irão pedem incessantemente que a OPEC decida por uma quebra na produção, a fim de manter o preço alto. O próprio corte temporário dos fornecimentos de petróleo e gás russos que atravessam a Bielo-Rússia não teve grandes implicações no preço do barril, apesar de ter preocupado os governantes da Europa central. O Mundo habitou-se às oscilações dos preços e sabe que, por enquanto, ainda há muito petróleo.
Nos últimos seis meses, a produção petrolífera aumentou em 1,5 milhões de barris diários oriundos de Angola, Azerbeijão, Brasil e Canadá, enquanto a produção russa de gás e petróleo apresenta-se promissora em termos de crescimento desde que os novos oleodutos e gasodutos estejam em funcionamento. Quer isto dizer que o peso dos países não pertencentes à OPEC não pára de aumentar no contexto da produção mundial de gás e petróleo.
Para além disso, é o facto que quase todos os países do Mundo estão a investir em energias alternativas para a produção de energia eléctrica, nomeadamente na base dos eólicos e Portugal inaugurou na Aguçadoura (Póvoa do Varzim) a primeira central eléctrica que vai buscar às ondas do mar a energia necessária. Acrescente-se ainda a redução dos consumos de gasolina e gasóleo nos carros.
No recente Salão Automóvel de Detroit, tanto a GM como a Ford apresentaram os seus protótipos híbridos eléctricos, o Chevrolet Volt e o Ford Airstream, e sabe-se que os dirigentes dos dois gigantes americanos do automóvel não se podem dar ao luxo de prescindir dos híbridos e de outras soluções energéticas porque isso seria mais uma vez entregar o futuro ao japoneses que já vendem em todo o Mundo os seus carros híbridos e pode dizer-se que estão bem uns cinco anos adiantados relativamente ao resto do Mundo.
Claro, a quebra no preço do barril reduz o esforço das empresas petrolíferas nas sondagens e perfuração de novos poços petrolíferos. Até agora, sempre que se quis, foi possível encontrar novas jazidas de petróleo, mesmo que em locais difíceis e sabe-se que a grandes profundidades há muito petróleo. Só que o custo e o risco aumenta exponencialmente com a profundidade, pelo que só um preço muito elevado leva as empresas a assumir grandes custos e riscos, mas uma vez encontrados novos poços, estes tendem a amortizar os custos e o petróleo passa a ser altamente lucrativo se o preço não descer muito.
Actualmente, mesmo com um preço mais baixo, o petróleo não deixa de causar dores de cabeça aos dirigentes europeus e americanos dada a extrema dependência dos seus países. Acrescente-se que a China e a Índia como novos grandes consumidores também estão dependentes dos hidrocarbonetos importados, pelo que a tendência vai igualmente no sentido das energias alternativas e na procura de substitutos dos combustíveis fósseis. A China está a apostar na construção de um grande número de centrais nucleares para garantir uma suficiente produção de electricidade sem emissão de CO2 e a Índia pretende continuar o seu programa de centrais nucleares.
Ao mesmo tempo, muitas instituições científicas do Mundo procuram sucedâneos dos hidrocarbonetos. Na Alemanha, o carvão de coque não poluente está a chegar e espera-se em breve construir a primeira central térmica que não emite qualquer fumo para o exterior.
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