Da Agência LUSA:
Cerca de um milhar de pessoas participaram numa manifestação em Lisboa, exigindo ao Governo que tome com urgência medidas legislativas e políticas que garantam o direito à habitação previsto na Constituição.
"A nossa pretensão é envolver a sociedade civil na resolução deste problema e também ter o Estado como parceiro", afirmou à Lusa, Carlos Lopes, representante da Plataforma Artigo 65.
O propósito desta plataforma - constituída por várias associações de moradores e cidadãos e que conta também com a participação directa da Ordem dos Arquitectos - "é levar à Assembleia da República uma petição que não seja discutida em um ou dois minutos, como as anteriores".
"Todos nós temos o direito à habitação e não é em dois minutos que uma petição pode ser discutida. O que pretendemos é ajudar a resolver este problema", salientou Carlos Lopes, lembrando: "temos ouvido as últimas demolições que têm existido e não há uma solução à vista".
Inquirido sobre o facto do problema da habitação estar directamente ligado com a questão da imigração, Carlos Lopes respondeu de forma afirmativa. FIM DE CITAÇÃO.
Habitação Social na Póvoa do Varzim
Efectivamente, acrescento eu, Dsotto, as pessoas que mais procuram agora habitação social são estrangeiros oriundos do antigo “Sol da Terra”, no dizer do falecido Cunhal. São cidadãos ucranianos, moldovos, russos, romenos, etc. e vêm para Portugal para ganharem uns euros e enviá-los para as famílias ou juntar como um pequeno capital para ser transferido para os seus países, onde esperam montar qualquer tipo de negócio.
Por essa razão não dispõem de verba para pagar casa e querem que os contribuintes portugueses paguem. Emigram para o país capitalista mais pobre da União Europeia e querem que os pobres portugueses lhes forneçam casa gratuita ou quase.
Portugal dispõe hoje do maior parque habitacional da Europa, ou seja, 5,5 milhões de fogos para 3,8 milhões de famílias e 10 milhões de habitantes. Um fogo para 1,8 habitantes.
Em Lisboa, a Gebalis gere 24 mil fogos sociais em que vivem 89 mil pessoas, ou seja, cerca de 15 a 16% da população lisboeta. Em termos de habitação social, é a taxa mais elevada de todas as cidades europeias e, provavelmente, do Mundo. A Irlanda, por exemplo, possui um fogo para 3,5 habitantes, portanto, metade do número que os portugueses têm.
Muitas das demolições realizadas e previstas referem-se a barracas e habitações degradadas, cujos os habitantes foram realojados, mas as barracas imediatamente ocupadas por oportunistas que, obviamente, estavam a viver nalgum lado antes e não abandonaram as suas anteriores habitações. Só que lhes apetece ter duas habitações, sendo uma para alugar e outra de realojamento para habitar. É bom negócio, sem dúvida.
Portugal investiu imenso na habitação social e há mais de vinte anos que tem uma taxa de natalidade baixíssima, pelo que os nacionais não estão muito carentes de habitação, continuando em curso alguns projectos de realojamento de pessoas verdadeiramente carenciadas.
Em resumo, a Manifestação não tem razão de ser e a proposta de recuperar habitações devolutas é, em muitos casos, demagógica, já que se tratam de prédios em péssimo estado de conservação com senhorios, nos quais o Estado só limitadamente pode intervir.
Os contribuintes não podem ser chamados a pagar tudo. O realojamento das pessoas dos bairros de barracas foi feito em condições vantajosas para os contribuintes, dado que a libertação dos terrenos mais que pagou o custo dos prédios de realojamento. De outro modo não teria sido possível o realojamento.
Não se pode dizer um dia que Portugal é pobre e tem mais de 20% da população em estado de pobreza, isto é, a viver com menos de 60% do rendimento nacional per capita, e logo a seguir exigir que essa mesma população pobre e média de recursos escassos pague uma política generosa para os estrangeiros. Portugal não é a Noruega, tão simples como isso, e que deveria ter chegado ao conhecimento da Helena Roseta.
Dieter Dellinger, um dos autores deste blog quase jornalístico, é um apaixonado do Conto e da Novela Curta como escreve na introdução ao seu blog “Contos e Novelas do Século”.
Os seus contos são meticulosos com todos os pormenores possíveis e não pretendem mais que revelar partes da realidade vivida ao longo do Século XX e, porque não, também neste nosso Século. Neles, o autor pretende desconhecer a evolução posterior da Humanidade para se situar apenas na época em que descreve, o que pode levar a mal entendidos, dado que aquilo que se sabe hoje não é o que se sabia antes, como é óbvio. E nos regimes totalitários como no nazismo hitleriano, a população não era servida com a mais pequena informação contrária ao regime, pelo que, mesmo sem estar de acordo, nada sabia quanto a alternativas, nem o que se passava na realidade ou tinha uns vagos conhecimentos do que se passava que era apresentado nos noticiários de forma completamente diferente que era na realidade.
São mais de três dezenas os contos de Dieter Dellinger publicados no seu blog literário e muitos mais estão na forja. Muitos foram publicados na Revista Literária “SOL XXI” que, infelizmente acabou devido ao envelhecimento dos seus mentores, entre os quais se contava o fundador, poeta Orlando Neves, o jornalista Vítor Wladimiro Ferreira e a escritora e poetisa Luísa de Andrade Leite. Outros Contos foram publicados pela Editora Lua Nova no livro “A Morte de Cristo em Verdun” e mais alguns na Revista de Marinha, pois versava assuntos do mar. Outros ainda são inéditos. Um conto com o nome “A Ideia” foi publicado na revista anarquista portuguesa denominada também “A Ideia”.
Os contos de Dieter Dellinger, no entender de alguns leitores, têm o defeito de serem longos e muitas pessoas não têm paciência para os lerem no blog, além de que o género literário Conto não está na moda. Só os escritores muito conhecidos é que conseguem publicar contos, mas nos blogs, escreve-se o que se quer com ou sem leitores.
DD publicou recentemente os contos “A Ida ao Cinema”, “O Milionário” e “A Escuna Nokomis”; três épocas, três destinos diferentes.
As religiões, e em particular a católica, têm quase sempre uma estrutura muito hierárquica e movimentam-se num mundo de pensamento totalitário; é aquilo que está escrito na bíblia ou no alcorão e mais nada; quem não acredita é pecador.
Contudo, os ensinamentos religiosos estão eivados de profundos absurdos como revelou recentemente o grande filósofo americano do pensamento cognitivo, Daniel C. Dennet, em "Breaking the Spell: Religion as Natural Phenomenon".
Aí Dennet exemplifica com o absurdo totalitário que é a ideia do pecado original e do facto de o filho do demiurgo morrer para nos salvar de um pecado cometido por um avoengo ao comer um fruto tão saboroso como inocente, a maçã.
Muitos clérigos mais evoluídos referem que a história contada no Livro tem um carácter simbólico; não será bem para levar à letra. Mas, então o filho do demiurgo morreu torturado na cruz por causa de um símbolo? Absurdo!
Outro dos absurdos católicos é, sem dúvida, o milagre.
O Dr. Navarro, radiologista da Opus Dei, terá sido curado de além tumba pelo Monsenhor Marquês Escrivã de Balaguer, fundador da dita Opus Dei. O cardeal português que se ocupa dos milagres pretende ter provado que a cura foi milagrosa, pois não haveria outro método.
Sucede que eu mesmo padecia de uma doença nas mãos, a chamada doença de Depuytrans, semelhante à descrita pelo Dr. Navarro que me afectou as mãos desde há mais de vinte anos atrás e que foi desaparecendo lentamente quase por completo, sem tratamento nem preocupação com a mesma. Na altura, os médicos diziam que podia ser operado, mas que na maior parte dos casos a intervenção redundava em incremento dos sintomas e da própria enfermidade.
Não rezei a ninguém e a natureza encarregou-se do tratamento. Também sofri de uma cegueira numa vista que se curou por si própria. O oftalmologista dizia que era impossível tratar o problema que estava muito em cima da fóvea, o centro vital da visão na mácula, a zona central da retina, mas o coágulo desapareceu sem qualquer encomenda a santo ou ao próprio demiurgo e voltei a ver com pequenas distorções.
A lógica filosófica é um todo. Se há premissas erradas, logo o silogismo não pode estar certo e este é o conceito de demiurgo, criador pensante que terá dado origem a um ser humano à sua imagem e semelhança. Não me tenho em tão alta estima para ser imagem do ser fundador do imenso Universo ou dos Universos, cuja natureza desconheço em absoluta como desconhece a ciência e a teologia. E se não sei como apareceu a matéria, também não sei que fenómeno poderia ter feito aparecer o demiurgo e como poderia ele ter existido desde sempre; antes mesmo do tempo.
Dizem os eclesiologistas ferrenhos da doutrina que os caminhos da fé não são os da ciência. Errado, erradíssimo. A mente funciona apenas pelo que sente e adquire como conhecimento. A fé é uma forma de conhecimento como qualquer outro baseado na aceitação de uma construção mental em que algo para existir tem de ter uma origem e esta só pode ter funcionado como uma mente humana, planeando e construindo ou criando. Aceitar isso como conhecimento é vulgar, mas tem o mesmo valor cognitivo que as histórias da pantera cor de rosa. Não há fé separada do conhecimento, a própria fé carece de um objecto, reforçado por rituais complexos para dar uma aparência de realidade.
O problema do ateísmo e das religiões não preocupou muito os seres pensantes europeus nas muitas décadas anteriores, em que os estados laicos não impunham a religião e os ateus coibiam-se de ferir os sentimentos religiosos dos devotos de qualquer confissão religiosa.
Mas eis que subitamente, o Mundo é abalado com o 11 de Setembro por um ataque perpetrado por fundamentalistas religiosos e a seguir sucedem-se matanças sem fim por escatimosos prosélitos de particularismos da fé. Refiro-me aos massacres perpetrados entre os xiitas e sunitas. E nos EUA, o país da ciência, fundamentalistas cristãos em torno de Bush e do Partido Republicano pretendem impor o criacionismo como verdade científica a ser ensinada nas escolas, por vezes, apenas acompanhada pelas teses anacrónicas do desígnio inteligente.
O próprio Ratzinger, Papa Bento, defende a tese da razão como base da fé, como se fosse razoável acreditar em milagres ou aceitar o pecado original, além dos crimes perpetrados pelo demiurgo descritos no livro sagrado como os que castigaram Job.
Bento combate o relativismo, como se não fosse tudo relativo. Toda a verdade é relativa porque só é verdade enquanto não aparecer outra tese mais elucidativa, a qual também não deixará de ser relativa. É evidente que para os totalitários, o relativismo nunca pode existir. Não podem aceitar uma verdade a prazo nem a relativa insignificância do saber de cada e de todos.
Por todas estas razões, no Mundo eclodiu o ateísmo militante no aspecto filosófico e intelectual em si mesmo. No combate aos totalitários e anti-relativistas ressurge o fenómeno da intelectualidade que parecia morto; ultrapassado pela máquina, ou seja, pelo computador. As ideias pareciam ter deixado de existir para renascerem subitamente concepções arcaicas e, no mínimo, medievais que levam diariamente pessoas a imolarem-se em actos de gigantesca criminalidade para irem para um paraíso com 300 virgens à sua disposição.
Os pensante põem as mãos na cabeça e perguntam aterrorizados, porque deixámos de pensar? Porque tivemos durante tanto tempo medo de pensar? E medo de escrever?
O meu ex-colega da Assembleia de Freguesia do Lumiar de há algumas décadas atrás, o prof . Caria Mendes, catedrático de anatomia da Faculdade de Medicina de Lisboa, teve a gentileza de me oferecer, quando da sua publicação, o seu notável livro "As Origens do Homem - Bases Anatómicas da Hominização" publicado pela Fundação C. Gulbenkian.
Das páginas 422 e 423 extraio o seguinte esquema do desenvolvimento geral do embrião.
8º Dia - A ectoderme e a endoderme estão constituídas
9º Dia -O saco vitelino está formado e aparecem os primeiros sómitos (segmentos não diferenciados do embrião)
11-12º Dias - Abrem-se as cavidades celómicas
17º Dia - O embrião tem 38-41 sómitos e atinge 1,5 mm de comprimento
21º Dia - Constitui-se o tubo neural e aparecem as fendas branquiais
28-32º Dia - Surgem os esboços dos membros
5ª Semana - Reconhecem-se os membros e a face no embrião com 8 mm de comprimento
8ª Semana - A extremidade manual e podal estão viradas para fora e o embrião atinge os 2,3 cm de comprimento.
10ª Semana - A medula espinal está constituída e o embrião atinge 4 cm de comprimento
12ª Semana - O lado radisal do antebraço e tibial olham para a frente, as dimensões da cabeça apresentam metade das dimensões totais do corpo que tem então um comprimento de 5,2 cm. Fim do período embrionário e início do período fetal.
20ª Semana - Começa a formar-se o neocórtex e inicia-se o envolvimento do sistema límbico. O feto tem já 16 cm de comprimento.
Dieter Dellinger
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