A afirmação bombástica de uma organização há muito esquecida, a Sedes, de que Portugal está à beira de uma crise social faz parte daquilo que podemos designar de “quase notícia”. Não havendo nada verdadeiramente de novo, há uma afirmação de pessoas desempregadas da política e do poder, mas com aspirações. Há pois umas palavras que pouco têm a ver com a realidade e são a notícia do dia.
Portugal vive hoje uma situação de normalidade e esta é também problemática, principalmente para os que querem o poder, sejam da oposição partidária, sejam das oposições internas nos partidos, sejam de fora dos partidos. Há muitos aspirantes e poucos ou nenhuns lugares vagos. Muitos se perfilam para adquirir protagonismos na esperança de virem a serem candidatos partidários ou independentes a qualquer coisa. Para isso, fazem um retrato aterrador da situação portuguesa e, curiosamente, são contra uma certa doença nacional e também são contra todo e qualquer remédio. Gostariam que o paciente estivesse nas suas mãos e consideram isso a solução do problema.
Portugal faz parte de um Mundo ligeiramente doente. As economias estão doentes quando crescem muito, porque o fazem à custa da exploração exagerada do trabalho e ambiente como sucede na China, Índia, etc. e padecem igualmente de alguma maleita quando o crescimento é fraco e induz o aumento da taxa de desemprego. Enfim, as economias não funcionam sem fazer fumo, o trabalhador é consumidor de energias e a concorrência mundial não dá grandes margens de manobra para atingir o óptimo
Para a maior parte das pessoas da Sedes e de outros sectores próximo, o Estado é muito gordo, mas estão contra qualquer cura de emagrecimento e não sabem que o Estado português absorve, mais por cento menos por cento, a mesma parte do PIB que o conjunto dos países da OCDE, o que é dizer que quase todo o Mundo. Um sinal de crise foi precisamente o emagrecimento do Estado com a inerente falta de empregos para muitos licenciados em cursos muito interessantes que só encontram aplicação em certos serviços públicos e quase por favor. Historiadores em muitos institutos de história, sociólogos em serviços de estudo da sociedade, psicólogos nas escolas, serviços públicos, economistas e cientistas políticos em muitos ministérios, juristas por toda a parte, etc., etc. Isto porque as empresas privadas não têm lugar para tantos licenciados não técnicos. A nossa civilização é cada vez mais técnica e pouco humanista.
A economia privada cresceu 2,5% em 2007, enquanto o Estado retraiu-se em quase 2% do PIB. Recordemos que o Estado participa no PIB por via dos salários dos seus funcionários e a quota destes desceu de 14 para 12% vírgula qualquer coisinha. Uma parte importante das despesas do estado são as devoluções à sociedade sob a forma de pensões e os muitos serviços indispensáveis como saúde, educação, segurança, etc.
O País deveria ter um crescimento espectacular, mas este só é possível por duas vias: a da já referida exploração do trabalho, quer do trabalhador da produção e dos serviços, quer do trabalhador intelectual da alta tecnologia e ciência e tudo com uma onda de empreendedorismo enorme. Sucede que a exploração é pouco interessante e susceptível de criar situações de grande conflito social e o empreendedorismo é algo que surge em circunstância muito especiais por sectores. Não se decreta, não surge do saber, apesar de estar relacionado com todo o saber, mas tem a ver com oportunidades que se aproveitam. Portugal tem algumas empresas boas e está a trilhar um caminho lento no que respeita às empresas. Anda tudo a apalpar os mercados e à procura de furos, nichos, espaços de oportunidades. Há muitos ensaios e alguns resultados positivos, infelizmente não tantos como seria desejável, mas quem não realizou pessoalmente esse desejável que atire a primeira pedra.
Por outro lado, o País está relativamente saturado de quase tudo como já tenho referido em muitos escritos. Desde o número de casas aos quilómetros de auto-estrada, ao número de professores que é quase o dobro da média europeia, ao número de médicos, ao parque automóvel, etc. Falta mais indústria e mais agricultura e aqui o empresário dispõe de tudo mas tem de enfrentar a concorrência de todo o mundo.
Portugal é hoje um país de tal modo equipado e que muita gente considera desnecessárias uma série de obras; não querem barragens, aeroporto, pontes, comboios mais rápidos, etc. Claro, faltam alguns hospitais na zona da grande Lisboa e nalguns locais mais e que estão em vias de entrar em construção. Mesmo na habitação social, está muita coisa feita, quase todos os imensos bairros de barracas dos tempos recentes já desapareceram, mas ficaram os críticos de tudo.
O blog História Náutica tem vindo a publicar os artigos que Dieter Dellinger escreveu para a Revista de Marinha ao longo de mais de vinte anos de colaboração dedicados à História de Navios e Assuntos Náuticos. O artigo mais recente versa a Jangada Brasileira, sendo mais actual que histórico, e antes foi publicado uma história da célebre Nau "Flor de La Mar" que naufragou ao largo de Samatra om os tesouros de Malaca. Outros artigos ainda sobre os navios portugueses da época dos descobrimentos estão patentes tal como a longa série intitulada "Um Século de Guerra no Mar" que relata o que foram as actividades bélicas navais durante o Século XX.
A Revista de Marinha é uma excelente publicação bi-mensal, cuja assinatura pode ser pedida por e.mail para resvistamarinha@netcabo.pt
O automóvel movido a electricidade foi sempre o sonho dos ecologistas e tido como uma possível solução para o problema dos combustíveis fósseis, cujo esgotamento se prevê para daqui a uns 50 a 70 anos. Claro, desde que o problema das baterias seja resolvido, ou seja, a questão do peso e da carga eléctrica acumulada. E também o aproveitamento da energia eólica espera baterias mais capazes de acumularem electricidade para os períodos em que não há vento suficiente.
Apesar de terem aparecido as viaturas híbridas com motores de explosão interna que permitem recarregar as baterias habituais, consumindo combustível, mas menos, a solução não está ainda aí. O problema passa pela invenção de baterias inteiramente novas com menos peso, mais carga eléctrica e recarregáveis em pouco tempo.
A avaliar por dois recentes desenvolvimentos, parece que se caminha para uma solução adequada. No MIT, os engenheiros J. Schindall, R. Signorelli e J. Kassakian desenvolveram o chamado condensador de nanotubos de carbono que pode servir de bateria e na Austrália a engenheira Maria Skyllas-Kazacos da Universidade de New South Wales acaba de inventar a bateria “Redox-Flow Cell” de Vanádio.
No primeiro dos casos, trata-se mais de um condensador que uma bateria típica, pois condensa os electrões fornecidos pelos iões do electrólito numa imensa floresta de nanotubos de carbono, isto é, tubos com diâmetro de 10 elevado a -9 metros ou mil milhões de vezes menores que um metro). Efectivamente, no condensador não há reacção química como na bateria, mas apenas distribuição de cargas de um electrólito situado entre duas placas metálicas separadas por um espaço não condutor e sujeitas a uma diferença de tensão eléctrica. As forças electrostáticas fazem com que cada placa atraia os iões de sinal contrário, pelo que a armazenagem de energia é puramente física. Até agora, os condensadores eram simples complementos das baterias destinados a fornecerem rapidamente uma carga elevada, mas a sua capacidade estava limitada à superfície das placas ou eléctrodos, pelo que raramente chegava aos 5 a 6 watts/hora enquanto as bateria proporcionam fluxos de 60 a 90 watts.
Apesar de se fabricarem excelentes ultra-condensadores com carbono poroso aplicado em folhas de alumínio, a ideia dos engenheiros do MIT ultrapassa tudo o que se possa imaginar, pois a superfície de contacto de milhões de nanotubos de carbono encerrados num espaço muito restrito é enorme. Com tubos de 100 micrómetros (10 elevado a -6 metros) de comprimentos e alguns nanometros de diâmetro, os super-ultra-condensadores terão capacidades inimagináveis. Os nanotubos serão fabricados com vapor de carbono projectado sobre partículas metálicas nanométricas nas quais os tubos crescem.
Estes nanocondensadores poderão substituir as mais de 800 milhões de pilhas ou baterias dos telemóveis que são fabricadas anualmente mais as que se destinam aos computadores portáteis e à aparelhagem médica e, por fim, servir de bateria automóvel com utilização de um espaço e peso dezenas de vezes menor
Da Austrália vem a notícia da invenção da bateria Redox-Flow-Cell para substituir a bateria ou acumulador de electricidade utilizado pelo automóvel e não só. O termo em inglês significa a existência de uma reacção de oxi-redução em que uma substância ganha oxigénio e outra perde. Enquanto na bateria convencional a energia é fornecida pelas placas sólidas de chumbo no pólo negativo e óxido de chumbo no positivo, na Redox-Flow Cell há dois líquidos electrólitos como ácidos com sais metálicos dissolvidos que se movimentam para as câmaras celulares que servem de cátodo (+) e ânodo (-) da bateria separadas mutuamente por membranas. Aí descarregam a sua energia electrolítica. A carga depende do tamanho dos tanques e do número de células, razão porque a inventora afirma que poderá construir baterias com capacidade para acumularem energia eléctrica para ser fornecida tanto em 100 horas como em 100 dias ou mais, o que é interessante nos sistemas de aproveitamento de energia solar para fornecimento nocturno ou sazonal no Inverno de países mais chuvosos e frios.
Quimicamente, a nova bateria assemelha-se mais às modernas células de combustível, só que em vez de oxigénio e hidrogénio funcionam com líquidos electrolíticos, os quais poderão ser utilizados em automóveis e trocados em bombas de abastecimento. O carro larga o líquido descarregado e recebe o mesmo com carga eléctrica.
A engenheira australiana Skyllas-Kazacos utiliza para o efeito electrólitos com sais de vanádio, um metal utilizado para a produção de aços duros para peças de ferramentas. O preço do vanádio é elevado e tende a aumentar, mas nas baterias não há propriamente consumo do sal, já que este actua como um catalizador sempre renovável. A aquisição inicial seria cara, mas a duração deverá ser muito longa. Contudo, a equipa australiana está a experimentar muitos outros materiais eventualmente mais baratos.
Enfim, todos os países do Mundo deveriam estar a trabalhar neste tipo de solução energética e noutros, mesmo em Portugal, onde não vale a pena estar a financiar todas as ciências com verbas diminutas das quais nada resultará. Dever-se-á antes concentrar esforços em alternativas energéticas como estas e muitas outras, nomeadamente no estudo da fotossíntese das plantas para conseguir processos artificiais que conduzam a produções energéticas revolucionárias.
Claro, é fácil dizer e escrever, mas realizar e descobrir é bem mais difícil e a prova é que o Mundo ainda não encontrou a verdadeira alternativa ao petróleo bruto.
O “Condicionamento Industrial da Televisão” está a acabar, declarou recentemente o Ministro Augusto Santos Silva na reunião da Secção de Comunicação Social do PS. Para já, vai ser posto a concurso a frequência livre de sinal aberto para televisão analógica e, em breve, vão ser colocadas também a concurso as plataformas digitais de sinal aberto (antena) e fechado (cabo) que permitirão transmitir umas dezenas largas de canais. Só em sinal aberto poderão vir a ser 36 canais.
O Ministro disse que o dr. Balsemão anda irritado e afirma que não há publicidade para alimentar mais canais e até é capaz de ter razão, mas compete às pessoas que queiram investir em novos canais fazerem os seus estudos de mercado e verificar se o negócio em que se vão meter é rentável ou não. Santos Silva acha que em economia de mercado não compete a um governo manter oligopólios ou condicionar acessos aos mercados. São os empresários é que devem saber se há condições para investir. E o Ministro referiu ainda a nova legislação que vai sair sobre a actividade industrial, muito mais liberal e facilitadora de instalação de novas indústrias que em certas zonas do País até terão apoios governamentais e dos Quadros Comunitários da União Europeia.
“O actual governo” – salientou o Ministro – “coloca no topo das suas preocupações o desemprego, pelo que só pela criação de novas empresas é que este pode ser combatido, pois as empresas actualmente em actividade não mostram serem capazes de empregar mais trabalhadores. Além disso, o Governo não pensa numa economia portuguesa permanentemente estagnada. Houve crescimento ainda insuficiente em 2007, mas espera-se e é preciso trabalhar para que o crescimento seja muito superior nos próximos anos e, como tal, também o mercado de publicidade nas televisões, rádios e jornais.”
O Ministro terminou com a afirmação de que "ninguém lhe provou a razão porque deveria proteger a existência de oligopólios ou condicionamentos".
A ASAE, a PIDE do Sócrates, segundo o deputado Mendes Botas do PSD do Algarve, cometeu nessa região mais um brutal acto pidesco. Apreendeu 50 toneladas de carne estragada com lotes cuja validade caducou em 2003.
Que democracia é esta? Perguntaria o PSD. Então já não há liberdade para vender nos restaurantes algarvios bifes podres. Aquilo com piri-priri e condimentos até sabe bem e as diarreias tratam-se com Imodium?
Não há liberdade para intoxicar os clientes dos restaurantes. Muitos até podiam ir-se embora mais cedo e o Estado poupava uma data de dinheiro em reformas, ou poupava o Estado inglês, pois agora estão lá é os "bifes", perdão, os ingleses e alguns pensionistas lusitanos.
Os doutos engenheiros do IST e o bastonário querem uma ponte para Alcochete, ou seja, uma segunda ponte Vasco da Gama em vez de algo para o Barreiro ou mais próximo ainda da Ponte 25 de Abril.
Aparentemente nunca atravessaram a Ponte 25 de Abril. Aquilo está permanentemente engarrafado e liga duas grandes áreas densamente urbanizadas e cheias de empresas; Almada e arredores a Lisboa, Oeiras, Cascais e Sintra.
O estudo “mais barato” da CIP previa duas pontes ou uma ponte e um túnel. Poupava-se 5% no Aeroporto de Alcochete e gastavam-se mais 200% nas duas travessias. Isso é que eles sabem de aritmética da instrução primária?
Agora querem uma ponte mais barata em mil milhões de euros para gastar mais 4 a 5 mil milhões de euros numa nova ponte para descongestionar a Ponte 25 de Abril.
Na minha opinião, para já ou faz-se a ponte ou túnel perto da Ponte 25 de Abril ou não se faz nada. Primeiro faz-se o aeroporto que é uma obra para funcionar durante as 24 horas do dia, portanto, sem horas de ponta, pelo que o tráfego fluí ao longo de todo o dia e para isso basta a Ponte Vasco da Gama mais um ramal ferroviário para um “shutle” que passaria pela 25 de Abril com um intervalo superior pois já lá passam muitos comboios.
De resto, quem vai à Portela de carro encontra sempre lugar nos parques e as entradas e saídas nunca estão engarrafadas porque a circulação é contínua e o metro nunca foi ao aeroporto apesar de uma linha passar a uns duzentos metros da gare.
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