Na Madeira, o soba Alberto João proibiu qualquer sessão solene na Assembleia Regional. O homem não quer que se comemore o 25 de Abril com discursos dos “loucos varridos” do PS, CDS, PCP e BE.
Seria pois uma pena para nós, também “loucos varridos”, que o Soba não se candidate a líder do PSD e não ganhe as directas do Partido. Acima de tudo, o Soba daria um importante acréscimo de humor à política e, nesse caso, à política nacional. Claro, quem perderia seriam os “gatos fedorentos” e o “Bruno Nogueira” que, por mais voltas que dêem às suas cabeças, não seriam capazes de ultrapassar o hilariante Soba.
Que coisa mais engraçada que seria, uma campanha eleitoral no “contenente” com o Soba. A malta partia-se toda a rir.
Daqui faço um apelo veemente ao Soba e a todos os militantes do PSD: façam com que o Alberto João se candidate e seja eleito. Deixem-se lá dessa septuagenária que já tem idade para descansar e não apostem em putos sem experiência alguma ou nuns gajos de meia-idade que nada fizeram na vida. Escolham o madeirense para renovar a política portuguesa no sentido humorístico do termo.
A Dra. Manuela Ferreira Leite é, sem dúvida, um nome forte com possibilidade de ganhar as directas no PSD, dada a fraqueza dos que já se apresentaram como candidatos.
Todavia, MFL tem pontos fracos; uns pelas suas convicções políticas e outro devido à idade. Ela é quase vinte anos mais velha que Sócrates, não tem mais experiência governativa que o nosso actual PM e, se ganhasse as eleições de Outubro de 2009 governaria até aos 73 anos de idade. É muito para ter a pedalada do Eng. Sócrates. MFL não teria a energia para fazer as reformas que Sócrates fez como a de acabar com quase 25% das Direcções-Gerais, Institutos, etc. Foram só 1.468 altos quadros dirigentes que desapareceram das folhas salariais e das regalias como gabinete, carro, condutor, etc. O Estado emagreceu em quase 100 mil trabalhadores, enquanto o número de aposentados aumentou no mesmo número para mais de 400 mil pessoas. Os funcionários não se deitam para o lixo como garrafas vazias.
No aspecto político, MFL tem revelado ideias anti-estatistas radicais. No último Congresso do PSD defendeu a privatização total da educação e da saúde em Portugal, mas não disse quem iria comprar todas as escolas, institutos politécnicos e universidades, centros de saúde, hospitais, etc. Ou seriam “doados” e a quem e com que direito iria MFL doar aquilo que pertence aos contribuintes.
Claro, a Segurança Social pode ser entregue aos seus proprietários, os trabalhadores, criando-se com isso um segundo Estado dirigido por pessoal eleito pelos trabalhadores, pois ninguém vê como poderiam os trabalhadores governar o sistema sem ser pela via eleitoral.
Em dois recentes pequenos artigos que publicou no Expresso insurgiu-se contra a descida do IVA e mostrou-se totalmente contra as grandes obras públicas, afirmando que “a intervenção pública se deve limitar a criar condições para que outros o fizessem”, neste caso referindo-se ao crescimento do PIB que não deveria passar pelas obras públicas, mas sim pelas empresas privadas.
MFL não sabe que os dinheiros que enviamos anualmente para Bruxelas são um “pé-de-meia” para investimentos no âmbito do QREN no âmbito de três sectores estratégicos: Educação (Centros Escolares), Investimentos Públicos para Melhorar o Território e Apoio a Empresas dentro de condições muito especiais.. Para além disso, em qualquer grande obra, o Estado cobra quase 50% em impostos como imposto sobre combustíveis, viaturas e máquinas, IRS, descontos para a Segurança Social, IVA, IRC, etc.
De acordo com a legislação comunitária, nenhum Estado pode desvirtuar a livre concorrência ao financiar empresas privadas para colocar os seus produtos nos mercados externos a preços de “dumping”, ou seja, falsamente baratos. Para Portugal há algumas pequenas excepções como alguns apoios em termos de formação de pessoal trabalhador que tem sido utilizado como uma forma um pouco encapotada de financiar empresas exportadoras e há uns programas para apoio ao investimento de empresas situadas em zonas desfavorecidas do interior, mas tudo muito controlado. Também há apoios para a investigação científica e tecnológica, o que não tem faltado a muitas parcerias entre universidades e empresários oriundos dessas mesmas universidades. Isso tem dado alguns frutos, mas não se decreta, pois as boas ideias não surgem em catadupa do nada.
Portugal resolveu o problema do défice, mas em equilíbrio instável devido à situação económica mundial com o petróleo a chegar aos 140 dólares no mercado dos futuros. Portugal cumpriu a meta do défice antes do prazo a que se tinha comprometido com a EU tal como ultrapassou no campo das energias renováveis a meta imposta por Bruxelas para 2010 que era produzir 39% da electricidade consumida sem recurso a combustíveis fósseis ou nucleares. No ano passado, 2007, Portugal chegou aos 42%, o que foi um recorde europeu e com isso começou a desenvolver-se uma indústria de equipamentos eléctricos, pás de turbinas, pilares, etc. Isto é desenvolvimento sustentado, dirigido em grande parte pela energia de um Governo de pessoas muito mais jovens que MFL e já com efeitos importantes na exportação.
Enfim, não se vê na Dra. Manuela Ferreira Leite qualquer solução para o País e muitas das suas ideias são as do PSD na generalidade qualquer que seja o candidato ou líder a ser eleito.
Costumo ir praticar "jogging" na chamada Quinta das Claras, a zona ajardinada na Freguesia da Ameixoeira.
Sucede que dei muitas voltas e não senti nenhuma picada de parasita, mas, já no dia seguinte (Domingo) comecei a sentir uma certa indisposição e um pouco de febre que atribui ao frio. No início havia um certo calor, mas o tempo mudou e no fim do período ficou frio.
Durante a semana vi o meu corpo cheio de pequenas borbulhas que foram secando e cicatrizando e passei a ter febre no fim do dia quando chegava do trabalho. Continuei a atribuir ao tempo instável.
Ontem fui medir a febre pelas 21H e reparei que tinha 43ºC. Fui de imediato às Urgências do Hospital das Descobertas e detectaram logo "febre das carraças", tendo começado de imediato a tomar antibióticos.
Alerto pois para o facto de naquele jardim tanto os humanos como os animais podem apanhar esta doença. Aquilo é utilizado por um pequeno grupo de pessoas sem educação e respeito pelo próximo como área de dejecção canina e a Junta de Freguesia da Ameixoeira teima em não construir umas zonas especiais para a dejecção canina foram do parque e interditá-lo aos animais. No fundo, entre proteger crianças e adultos ou animas, a Junta assumiu a posição típica de parte da sociedade portuguesa que é do desrespeito e até ódio às crianças e jovens. Basta ouvir um professor/a a falar para saber que odeiam as crianças.
Principalmente as crianças não devem frequentar aquele jardim, antes a Quinta das Conchas com o seu espaço verde aberto de onde não podem, em princípio, cair carraças.
O Primeiro-Ministro Berthie Ahern da Irlanda demitiu-se subitamente ao fim de onze anos de chefia do Governo e mais outros tantos anteriores como ministro das Finanças.
Ao longo deste longo período Ahern foi considerado como o melhor líder político da Europa; aquele que mais terá feito crescer a economia do seu país, o qual se tornou um exemplo a seguir por todos.
Contudo, Berthie Ahern não consegue explicar as razões porque lhe foram entregues importantes quantias em dinheiro e teve que declarar em tribunal que recebeu de vários empresários um presente de milhares libras para adquirir uma casa na sequência do seu divórcio da primeira esposa. Posteriormente, ao mesmo tempo que declarava que nunca tinha tido uma conta bancária, são referidas importantes entregas de dinheiro a pessoal do seu gabinete que não se sabe se eram para o seu partido, o Fianna Fail, ou para ele mesmo.
Na Irlanda há um departamento estatal de planeamento que concede licenças e subsídios a empresas diversas, principalmente estrangeiras, e é dito que muitos benefícios foram concedidos a troco de comissões e estão a ser investigadas pelos tribunais. A situação resultou da divulgação de contas bancárias e contabilidade de empresas que entregaram dinheiro ao PM da Irlanda.
A falta de explicações convincentes referente a casos concretos e a afirmação continuada de que não recebia dinheiro, excepto um “pequeno” presente de empresários amigos, levou à demissão do maior “dinossauro” da política europeia, mostrando que não há políticos ideais e perfeitos.
Em Portugal houve sempre a tendência para endeusar aquele país devido ao crescimento do seu PIB por via do impulso dado pelas multinacionais que se instalaram na Irlanda. A maior parte era do sector informático que careciam de pessoal de língua inglesa e no vizinho Reino Unido pagavam salários muito superiores. Claro, num pequeno país com 3,8 milhões de habitantes e 72 mil km2 não é preciso muito para empurrar o PIB para cima, até porque a Irlanda investiu muito na escola massificada para todos, nos cursos técnicos secundários e superiores, não fazendo muito mais que tem feito Portugal, mas não foi capaz de construir uma verdadeira economia nacional, seja industrial, agrícola ou de serviços, apesar de ter algumas coisas como têm todos os países.
Acontece que a Irlanda tem apenas 100 km de auto-estradas e as famílias irlandeses vivem em menos de metade das habitações que têm as portuguesas, além de terem menos carros, etc. E porquê?
Pela simples razão que as famílias de um país vivem do RNB (Rendimento Nacional Bruto), anteriormente denominado PNB (Produto Nacional Bruto) que é o valor do PIB menos as receitas das empresas estrangeiras residentes enviadas para o exterior mais as receitas das empresas nacionais localizadas no exterior e trazidas para o país de origem. O respectivo saldo chegou a ser de -33% na Irlanda, há uns tempos atrás quando li isso, quando em Portugal foi de -7% em 2005. 25% do PIB irlandês a menos representa um valor muito substancial e significa que a Irlanda tem, efectivamente, muitas multinacionais no seu território e poucos investimentos nacionais no exterior.
Pena é que um economista tão elucidado como Aníbal Cavaco Silva nunca tenha visto isso que foi publicado num artigo em português nos “Cadernos de Economia”, a revista oficial da Ordem dos Economistas, precisamente por um grande economista e professor universitário irlandês. E também outros brilhantes economistas da nossa praça não leram esse artigo que data de alguns anos atrás.
De acordo com um comunicado da agência noticiosa russa Novostni, o parlamento da Federação Russa aprovou ontem uma declaração sobre a grande fome na União Soviética em 1932 e 1933; portanto há 75 anos.
O povo russo, através dos seus deputados eleitos recorda a imensa tragédia estalinista que levou à morte mais de vinte milhões de cidadãos por causa de uma quebra brutal na produção de alimentos.
Segundo os parlamentares russos, a origem da fome que se verificou mais nos campos que na cidade, foi provocada pela apressada e desorganizada colectivização da terra em que o poder comunista destruiu as bases da agricultura russa sem ser capaz de organizar a nova produção. De resto, a fome permaneceu mais ou menos endémica na URSS durante a vigência do regime. Digamos, mais uma continuada escassez de alimentos essenciais do que verdadeira fome.
O Parlamento Russo, na sua declaração, rejeita, contudo, que a “grande fome” de 1932/33 tivesse tido como objectivo liquidar o povo ucraniano, cujo estado soviético e independente tinha sido conquistado a mando de Lenine pelo exército vermelho russo nos anos vinte.
Tendo então sido a Ucrânia o grande celeiro do Império Russo, foi aí que as forças bolcheviques capturaram todos os alimentos, principalmente os cereais, não deixando e não distribuindo sementes para novas culturas. Com isso, a produção de cereais desceu brutalmente e nem ficou algo para o gado. Os parlamentares russos afirmam na declaração oficial que o mesmo aconteceu em muitas zonas da Rússia, nomeadamente nas terras banhadas pelo Rio Volga, na Crimeia, na Sibéria Ocidental, no Cáucaso, na Crimeia e tanto no Casaquistão como na Bielo-Rússia.
Efectivamente, o ex-Império Russo era imenso, mas sem sementes não há produção. O Partido Comunista da União Soviética não foi capaz de aprovisionar o sector agrícola colectivizado com as sementes, adubos e alfaias agrícolas necessárias, o que antes não representava qualquer problema porque os agricultores faziam-no por si próprio. E tratavam-se ex-Mujiques (trabalhadores agrícolas) a quem tinham sido distribuídas terras, mas recusavam a vender os seus produtos a custos inferiores aos da produção como pretendia o poder Estalinista. Para satisfazer a gula dos funcionários de Estaline tinham de entregar toda a produção, incluindo o que deveria servir para a sua alimentação e para as sementeiras do ano seguinte.
Na altura, os territórios agrícolas soviéticos eram imensos, pelo que 80% do território podia ser cultivado, daí que uma conhecida economista do fim da era soviética tenha afirmado que a colectivização não foi da terra, mas sim dos trabalhadores que ficaram sem liberdade amarrados às unidades colectivas de produção como verdadeiros escravos. E foi com essa escravatura que se realizaram os primeiros planos quinquenais que incluíram obras monstruosas e completamente inúteis como canais que permitem navegar do Mar Negro ao Oceano Glacial Ártico e que gelavam durante metade do ano quando o camião e o comboio podia transportar mercadorias durante todo o Inverno.
Todos os grandes avanços civilizacionais trazem problemas consigo. O ser humano é em todas as circunstâncias problemático.
A escola massificada para todos é um grande avanço e a escolaridade até ao nono ano deveria ter sido conseguida em Portugal há quase um Século e, assim, estaríamos como os países nórdicos, etc.
O professorado português sempre teve horror aos trabalhos práticos e manuais, pelo que as vias profissionalizantes que as escolas devem organizar para os alunos com mais dificuldades teóricas têm funcionado mal.
É verdade que a escola do papel e lápis conduz a algumas dificuldades com certos alunos como conduziria se tivéssemos uma escola apenas prática para todos. A Ministra tem razão quando diz que a escola tem de se adequar às circunstâncias e os professores devem, acima de tudo, conhecer as suas turmas e saber que não há duas iguais, dado que em cada turma há sempre uma certa liderança de alguns para o bem ou para o mal. Mas, as sociedades humanas são assim e nenhum professor pode pensar em mudar a condição humana, até porque na sua juventude foi ele também como os actuais jovens.
Muitos professores têm uma grande dificuldade em reconhecer certos valores nos seus alunos; recordo que há alunos que dizem aos professores terem aprendido isto ou aquilo na Wikipedia e os professores rejeitam com desprezo esse conhecimento que é o do futuro. Muitas turmas têm os seus blogues colectivos e há alunos com blogues individuais e, claro, os professores não se preocupam em encorajar a interactividade e a criatividade que leva a colocar textos, fotos ou filmes nos blogues.
Há uma crise sim; mas não dos jovens alunos, mas antes do professorado que sabe porque não quer ser avaliado e a muitos falta-lhes conhecimentos de pedagogia, informática e visão de futuro.
Os professores actuais são maioritariamente o produto do facilitismo, ou seja, das passagens administrativas, dos cursos do Magistério Primário (Institutos Superiores de Educação) transformados rapidamente em licenciaturas e dos cursinhos do Instituto Piaget que davam umas coisinhas para ensinar também e apenas umas coisinhas. Sim, vivemos nos últimos 34 anos a confundir democracia com facilitismo, mas a Humanidade seguiu toda essa via, o problema é quase geral no Mundo. Qualquer dia grande parte dos alunos terá o 12º ano e depois até a licenciatura de Bolonha, o que é muito positivo, mas implica que estudos posteriores para aquisição de conhecimentos a níveis elevados.
A massificação é fundamentalmente positiva e os casos de indisciplina não devem ser tão generalizados como está a ser.
Hoje, o Correio da Manha diz que a professora da Patrícia até autorizou nessa aula livre os telemóveis para SMS e ouvir música, mas ficou furiosa com o atendimento de uma chamada da mãe da menina.
A massificação da escola é como os automóveis, todos podem ter, mas não os caríssimos Mercedes e os BMW. A escola massificada é o Corsa, Polo ou Clio.
A escola massificada não é a antiga escola de elites, mas não deixa de ser o solo de onde nascem elites melhores porque escolhidas entre a totalidade da população e em concorrência uns com os outros nos estudos e trabalhos posteriores.
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