No Brasil, o pagamento de subornos a deputados da oposição para se calarem ou absterem em questões políticas de interesse dos partidos do governo foi considerado um escândalo de todo o tamanho.
Em Portugal, os juízes do Tribunal da Relação consideraram que pagar o silêncio de um vereador da oposição de grande notoriedade e capaz de criar grandes obstáculos a certas decisões do Presidente da Câmara não é corrupção, apesar do corruptor, o construtor Névoa, ter sido condenado em primeira instância.
O vereador Sá Fernandes, dizem os juízes, não tinha poderes de decisão. Todavia, a posição de vereador, mesmo não executivo, não é igual à de um deputado de oposição. O vereador toma parte nas votações da Câmara e faz parte da mesma, é quase equivalente a um ministro sem pasta. Além disso, o vereador Sá Fernandes gozava de uma grande aceitação por parte dos meios de comunicação e da opinião pública em geral, razão porque Domingos Névoa achava que valia a pena dar 200 mil euros para o calar no negócio altamente corrupto dos terrenos da antiga Feira Popular, em que a CML sob a chefia do PSD vendeu 17 talhões a um único comprador por um valor imensamente inferior ao que obteria pela venda a 17 adquirentes. Além disso, inexplicavelmente, a CML do PSD/CDS tirou à cidade um parque de diversões sem substituto, acelerando com isso um pouco mais a morte da cidade que à noite tem cada vez menos vida desde o Terreiro de Paço à Calçada do Carris e sucede que naquela área, a cidade não necessita de 17 grandes edifícios, principalmente na actual crise. Como já tenho referido várias vezes, os portugueses possuem mais de 6 milhões de unidades habitacionais independentes para cerca de 4 milhões de famílias e nada indica que haja falta de espaço para escritórios.
Os juízes acompanharam muitos políticos naquilo que Marinho Pinto disse que é a “cultura da corrupção”. Se a justiça estava de rastos perante a opinião pública, pior ficou.
Ninguém compreende casos que chegam a ultrapassar dez anos em processo e mesmo o caso Freeport que a Justiça não é capaz de andar para trás nem para a frente porque tem alguma coisa contra personagens desconhecidas e não tem contra o Primeiro Ministro de Portugal e não querem aceitar esse facto, preferindo manter no tempo uma suspeição não jurídica porque não alicerçada em qualquer acusação, o que nem permite ao visado a sua defesa. Sócrates não se pode defender porque ninguém o acusa de algo, mas toda a comunicação social fala por causa de uma eventual suspeita levantada por magistrados e inimigos políticos em carta anónima.
No caso Sócrates ou Freeport, o processo foi chamado para as paragonas dos jornais pelo PGR com o objectivo de influenciar os resultados eleitorais relativamente ao PS. Nada tinham contra o PM, mas só falaram nele e continuam hoje sem nada terem. Enfim, o PGR atentou contra a Democracia e o Estado de Direito alicerçado em eleições livres e justas. Os magistrados portugueses odeiam a democracia e daí tudo têm feito para derrubar os governos eleitos. O 25 de Abril nunca chegou aos tribunais e continuam fulos porque Sócrates tirou-lhes dois dos três meses de férias que tinham por ano.
O livro de Dieter Dellinger "Um Século de Guerra no Mar - Da Guerra Russo-Japonesa à Guerra do Golfo - vai ser lançada numa sessão pública a realizar no Clube Militar Naval na Av. Defensores de Chaves Nr. 26 - perto da Av. Duque d´Avila - em Lisboa.
A sessão terá lugar no próximo dia 22 de Abril pelas 18.30, sendo o livro apresentado pelo contra almirante Leiria Pinto que também é historiador e pelo vice almirante Alexandre Fonseca que escreveu o prefácio do Livro.
Todos os interessados podem estar presente.
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