A livraria Barata, na Av. de Roma, organiza amanhã, dia 17, pelas 19 horas, uma sessão de autógrafos e lançamento comercial do livro de Dieter Dellinger "Um Século de Guerra no Mar - Desde a Guerra Russo/Japonesa de 1904/5 à Guerra do Golfo".
Trata-se pois de uma obra de elevado interesse histórico porque retrata todos os aspectos da guerra no Mar durante o Século XX, tanto sob o aspecto operativo das batalhas como do desenvolvimento do material bélico e das políticas que produziram e conduziram as diversas guerras do Século e todas tiveram uma importante componente marítima.
O livro foi editado pela Editora Náutica Nacional, Lda que publica a Revista de Marinha e foi prefaciado pelo vice almirante Alexandre Fonseca.
Podemos mesmo dizer que quem dominou os mares acabou por vencer todas as guerras do Século XX.
O livro está à venda na Livraria Barata por um preço módico apesar do tamanho da obra com 411 páginas.
O autor estará presente para autografar as obras de acordo com os desejos dos futuros leitores
Cavaco foi pessimista e esquecido ao falar de uma situação insustentável em Portugal no âmbito de uma crise económica mundial.
Fundamentalmente, Cavaco esqueceu-se dos dados económicos dos seus governos entre 1985 e 1995, os quais decorreram num período de ausência de crise económica europeia e mundial com a simultânea entrada de imensas verbas da União Europeia. Não há qualquer paralelo entre os dez anos cavaquistas e a situação actual, tanto a nível de país como do mundo em geral.
Assim, vejamos:
Entre 1985 e 1990 o défice das contas públicas foi em média -6,54% do PIB e entre 1990 e 1995 de -5,7%. Cavaco nunca teve um saldo positivo, apesar dos dinheiros da então CE/CEE.
No primeiro dos referidos períodos, o saldo da balança comercial portuguesa foi em média de -10,1% e no segundo de -9,7%.
As taxas de juro nominais foram em média de 18,7% no primeiro quinquénio cavaquista e de 14,5% no segundo e os juros da dívida pública foram de 7,8% no primeiro período e de 6,8% no segundo.
A inflação média anual foi de 12,7% nos primeiros cinco anos e de 7,3% nos segundos.
A dívida pública foi de 70,5% do Pib em 1990 e de 68% em 1995.
O desemprego foi de 6,5% nos primeiros cinco anos e de 5,45% nos segundos, apesar de nessa época, o crescimento europeu era pujante e, como tal, a emigração de portugueses para os países europeus continuava a um ritmo ligeiramente mais brando que nas décadas de sessenta e setenta.
Salientemos de que desde 1960 até 1995 emigraram mais de 2,5 milhões de portugueses, sem que os salários tenham crescido desmesuradamente perante tal saída de pessoas, quantitativamente única na história de Portugal. Antes pelo contrário, os custos salariais representaram 11,7% do Pib no primeiro quinquénio cavaquista e 8,5% no segundo.
A emigração correspondeu de facto a desemprego interno pois as pessoas saíam porque não havia trabalho no país e, mesmo assim, o desemprego não desceu abaixo dos 5,45%.
Depois de 1995 e, principalmente, a partir de 2001/2002 verificámos o contrário, ou seja, a vinda para Portugal de mais de meio milhão de estrangeiros.
Em síntese, numa situação imensamente melhor, Cavaco não apresentou em dez anos de governo números muito melhores que os actuais e o País não morreu como não vai morrer agora. Morrer pode o Cavaco, mas nunca a PÁTRIA de todos os PORTUGUESES.
Os dados cavaquistas foram retirados da revista “Cadernos de Economia” – órgão da Ordem dos Economistas – de Jan/Mar de 1995 em artigo de Clara Synek nas páginas 10 a 16.
A China Comunista-Capitalista encontra-se actualmente a viver um perigoso „boom“. No primeiro trimestre a economia cresceu 11,9%, enquanto os preços do imobiliário subiram mais de 12% no mesmo período, estimulados por um autêntico “tsunami” de crédito barato. Já em 2009, o crédito bancário ultrapassou os 1,1 biliões de euros a uma taxa de juro extremamente baixa.
Para enfrentar uma quebra nas exportações, as autoridades chinesas fomentaram o crédito barato e indirectamente a consequente subida de preços, tanto das casas como dos activos financeiros e saliente-se aqui que é difícil na China ao investidor privado comprar acções de empresas cotadas. Estas estão todas na mão dos mais diversos fundos bancários e são esses que o chinês ou estrangeiro compra sem grande transparência porque não sabe ao certo o que consta do activo desses fundos que cresceram desmesuradamente. O Banco da China tem procurado obrigar os bancos a manter reservas mais elevadas relativamente aos créditos concedidos, mas, mesmo assim, muitos analistas acreditam que não é possível manter o crescimento numa base tão capitalista sem um aumento substancial dos salários da esmagadora maioria dos trabalhadores.
Os grandes fundos ocidentais como o “Fidelity Trust”, o “Allianz”, “Invesco”, etc. estão a sair do mercado chinês, ainda rentável. Mas por quanto tempo ainda?
A recente quebra do Euro em 15% veio agravar a situação, pois o mercado da zona euro é extremamente importante para os chineses, nomeadamente para os muitos homens de negócios, quadros e grandes empresários que investem nos fundos bancários e adquirem casas graças aos imensos lucros que a exportação de produtos feitos com mão de obra baratíssima lhes proporciono.
O Euro mais barato relativamente ao dólar torna as exportações chinesas mais caras, pois o Yuan é cotado em paridade com o dólar. Os chineses perdem competitividade no mercado europeu e não podem alargar o seu mercado interna pela via salarial para não perderem ainda mais competitividade e acrescente-se que as medidas restritivas da Alemanha e de quase todos os países da zona euro mais outros que não pertencem como a Hungria, Islândia, Eslováquia, Roménia, Bulgária, etc. dificultam ainda mais as exportações chinesas.
Apesar da grandeza da China, o seu verdadeiro mercado interno é reduzido, sendo um pouco superior ao da Alemanha, dado que o povo vive na miséria, pelo que tudo indica que vai haver um rebentamento da bolha de crescimento da China com o afundamento bolsista dos seus derivados, fundos de aplicações e outros produtos financeiros associado ao fim da bolha especulativa do imobiliário e a uma maior quebra nas exportações.
Os chineses possuem importantes reservas monetárias aplicadas nos EUA. Servirão para alguma coisa? Apenas para importar produtos alimentares e outros se uma parte dos trabalhadores fosse desviada para importantes obras públicas, o que limitaria o desemprego, mas não resolvia o problema da competitividade externa da sua economia. Em qualquer economia é difícil mudar de paradigma ou modelo. Apenas os japoneses o fizeram limitadamente, passando de uma economia de baixos salários para uma de alto custo de mão de obra associada a grandes investimentos no estrangeiro. Criaram a maior dívida externa do Mundo, mas detida pelos seus nacionais, quer em títulos, quer nos tais investimentos em fábricas, hotéis, etc. que proporcionam rendimentos, mas não tantos como os esperados devido à crise global.
A China parece não ter saída e vai entrar em crise nos próximos meses porque ninguém vê que uma intervenção estatal possa mudar seja o que for.
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