Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011
A China é o maior fabricante de camiões do Mundo

 

·         A China espera fabricar este ano quase um milhão de grandes camiões com 37% da produção mundial em seis fábricas todas estatais ou quase com algumas parcerias tecnológicas estrangeiras.
A Europa fabrica 332.000 camiões com 15% da produção mundial em duas fábricas, a Daimler Trucks (Mercedes) e a Man-Scania (germano-sueca). Os outros fabricantes europeus são quase residuais, não devendo chegar às 5...0 mil unidades.
A China está a tornar-se também numa potência de grande capitalismo estatal com siderurgias, fábricas de automóveis, gigantescos estaleiros navais, minas, refinarias, indústrias químicas, minas, etc. do Estado. Em resumo, o capitalismo ocidental enriqueceu o Estado Comunista chinês que detém a grande indústria do país e está a comprar empresas industriais em todo o Mundo como foi com a Roover-Leyland, a Volvo e agora prepara-se para entrar em empresas estratégicas portuguesas. A banca e as seguradoras são todas estatais na China e se quisessem compravam os bancos portugueses num ápice. Portugal da direita pode tornar-se parcialmente comunista através dos capitais do Estado Chinês e já estão cá milhares de chineses com as suas lojas e as crianças a estudarem nas escolas portuguesas e chinesas que já se instalaram em Portugal.
As direitas europeias, incluindo a portuguesa, estão a abrir as portas ao comunismo chinês desde que venha com o dinheiro que, por embirração e estupidez, a Alemanha da Direita não quer deixar o BCE emitir, ou seja, não quis, porque agora o BCE está a comprar dívida espanhola e italiana com moeda fresca e muito antes de impor quaisquer condições de austeridade. O governo português não está a reagir, nem contra a invasão e estatização da economia chinesa, nem contra o facto de Portugal ser metido num colete de forças de austeridade quando a Itália e a Espanha gozam de prerrogativas especiais. Já tinha acontecido isso há mais de um mês e voltou a acontecer na semana passada. É certo que as emissões do BCE na semana passada foram de uns 8,7 mil milhões de euros, o que não é muito, mas se tiver continuidade nas próximas 56 semanas resolverá o problema italiano e espanhol, deixando Portugal e a Grécia a chuparem no dedo e confrontados com uma austeridade canibalesca.
No fundo, não estou propriamente contra o enriquecimento chinês nem contra o regime da República Popular da China; o que vejo é uma contradição entre a Europa da Direita que quer tudo privado e uma gigantesca potência em vias de chegar aos 1,4 mil milhões de habitantes com dinheiro para se apoderarem sem conquista de quase toda a Europa. Hoje, basta-lhes ir aos mercados bolsistas e comprarem o que quiserem a preços que nem chegam a ser de saldo.

 


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Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011
O Estado Social foi a Enterrar, saído da Assembleia da República
 
Os deputados parecem estar muito alegres e contentes na votação dos artigos do OE. Brincam entre si como se fosse um jogo de futebol. O BE marcou um golo ao ver aprovada uma proposta para o Estado utilizar consumíveis reciclados, diz um jornalista na TSF, também satisfeito como se estivesse a fazer um relato de um desafio de futebol.
Não parece passar por aquelas cabeças tontas que estão a votar o maior roubo feito a trabalhadores e pensionistas; diretamente em 14,2% dos salários anuais e indiretamente em muito mais no IVA, IRS, eletricidade, água, gás, transportes, habitação, etc., além dos cortes na saúde, educação, segurança, etc.

Eu, se fosse deputado, ia para a AR vestido de preto e com uma gravata preta como se fosse um cangalheiro, já que estaria ali a enterrar o Estado Social que foi uma das grandes esperanças do 25 de Abril. Não seria capaz de me rir ou brincar perante esta morte, mas chorava com pena dos idosos e de todos aqueles que vão empobrecer gravemente no próximo ano. Estamos todos de luto; também pela óbvia morte do Euro e da União Europeia. A Alemanha está a matar a Europa pela terceira vez desde 1914.
Se o Governo PSD/CDS tivesse pessoas com um mínimo de sensibilidade social não Roubava as pensões de reforma e os subsídios das pessoas com mais de 75 anos, ou, roubava uma dos 75 até aos 80 e nenhuma depois. Isto porque todos nós sabemos o que é ser muito idoso e as necessidades dos grandes idosos, tanto para pagar lares como para pessoas que os ajudem em casa. Cada vez morrem mais idosos sozinhos, sem assistência alguma, e o governo vai tirar-lhes dois subsídios, exceto os daqueles que auferem de reformas já de si miseráveis.
A Igreja Católica não se prontificou a defender esses idosos e o bispo Dom não sei quantos da Pastoral Social nada disse. Também a Igreja Católica está completamente falha de sensibilidade social, quando tem políticos da direita no poder. Enfim, uma vergonha para Passos Coelho, Paulo Portas, ministros e Igreja Católica

 



publicado por DD às 19:03
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Domingo, 13 de Novembro de 2011
Euro morre ou já morreu?
Do meu Facebook:
 
O Euro já morreu? Perguntam todos. Se não morreu, a criança ainda sem fazer os dez anitos está em estado comatoso.Mas pode morrer uma moeda que nunca o foi? Boa pergunta.
O Euro serviu para gastar a moeda antiga, exaurir aquilo que ela representava de valor e trabalho. Gasta a moeda antiga, a nova passou a ser crédito, só serviu para pagar a estranhos vindos de fora com juros, não para garantir o trabalho honrado e sério. O Euro que temos na carteira paga juros a Frankfurt, em português Francoforte, não serve para trabalhar e ganhar. Apenas para ser despedido com a mais pequena compensação possível e um irrisório subsídio de desemprego.
O Euro morre, ficam os sem abrigo, os novos pobres a viverem nos carros abandonados envoltos em mantas antigas e a comer de uns cêntimos que algum passante lhes atira para a mão. Morre o Euro, definham os pensionistas, os funcionários públicos. Os outros não se importam, mas em Janeiro o patrão vai dizer-lhes que tem e baixar o seu magro salário. O Euro morreu para emagrecer as gorduras do Estado e, afinal, serve para nos emagrecer a todos.
Morre o Euro, ficam os cêntimos como de cinzas do finado já cremado fossem.
 
A Standard & Poor informou na quinta- e sexta-feira vários clientes em mails confidenciais que a França teria perdido a classificação AAA. Hoje, veio anunciar que se tratou de um erro dos computadores, a França continuaria com o seu AAA. Apesar de só terem sido informados alguns clientes, houve um início de pânico em França, já como que anulado pela S&P ao dizer que foi um erro. Muitos observadores acham que não foi erro, mas sim um pré-aviso como que a indicar que depois da Itália virá a França ou, talvez, a Espanha antes disso que, de resto, já levou uma desqualificação pelas agências de rating. Curiosamente, fala-se que a zona euro pode ver o seu rating reduzido, dado ter 4,5 biliões de euros no exterior, portanto, de dívida. A China, que mantém ainda o dólar como moeda principal de reserva, já tem 800 mil milhões de euros, com os quais pode comprar o que entender na Euro, nomeadamente empresas, cujo valor bolsista não parou de descer nos dias e semanas.
Todos aqueles que acusam Sócrates de ser o causador de uma dada crise não percebem que o que se trata é de um erro sistémico do capitalismo político, diferente da economia de mercado. Capitalismo de Estado ou Político e economia de marcado não são já a mesma coisa.
Quando o euro foi criado como moeda não dos estados ou nações, mas dos bancos privados, surgiu o erro sistémico que já descrevi aqui. Foi dado a entender que os bancos podiam comprar todas os títulos de dívida dos Estados, que se tornaram no meio de financiamento público, e depois o BCE compraria tudo o que a banca poderia querer vender e não o fez, deixou grande parte da banca com a criança nos braços, o euro. Hoje, a banca do euro está descapitalizada e Paul Krugman disse ontem ao jornal alemão "Handeslblatt" que o BCE deveria passar a ter o funcionamento equivalente ao da Reserva Federal dos EUA antes de se assistir ao rebentar de todas as economias europeias. A dívida da Zona Euro é de um valor absurdo e insuscetível de ser paga. Só a Alemanha terá mais de 5 biliões de euros de dívida real, apesar de dizer que só deve 2 bilhões e qualquer coisa, o que também não é pouco. Infelizmente ninguém percebe isso, ainda ontem Alfredo Barroso falou muito, mas nada disse e o "Monde Diplomatique" publicou um artigo sobre o BCE em que não chega a ir ao fundo da questão, ficou-se pela rama, mas quase tocou no problema.
Krugman e Stiglitz (Nobeis da Economia) previram que o euro não duraria muito mais de 10 anos. Isto há uns 9 anos atrás. Não acreditei e julguei que era inveja americana, mas eles leram os estatutos do BCE e viram que sem emissão de moeda e privilegiando só a estabilidade, toda a zona euro acabaria estagnada em crise e foi o que aconteceu. Ao contrário do que faz qualquer Banco Central, o BCE não ...compra dívida aos estados, mas só no mercado secundário, tendo levado os bancos a comprarem muita dívida na convicção que a venderiam ao BCE sempre que fosse necessário. O BCE não conseguiu assim controlar os montantes das dívidas dos países membros e dos bancos até se chegar à crise generalizada. A privatização de uma moeda foi a origem de um descontrolo global e resultou de uma posição ideológica dos muitos partidos de direita europeia. O BCE enganou toda a banca europeia com a ideia de comprar toda a dívida europeia, algo que não está a fazer.

 


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publicado por DD às 18:34
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