Acabei de ouvir na SIC um "especialista" em economia que não cheguei a saber o nome. O homem de óculos dizia que o Estado não podia aumentar mais os impostos, o que é verdade, e que só nas Parcerias Público Privadas é que poderia ir buscar o dinheiro necessário.
Fui ao relatório das PPP feito por este governo antes de introduzir as portagens nas Scuts e à lista das muitas dezenas de contratos e está aí na Net.
Vi o seguinte: em 2012 as PPP iriam custar 1,4 mil milhões de euros sem as portagens das Scuts, o que parece uma fortuna, mas sucede que no OE estão previstas despesas totais de 80 mil milhões, portanto as PPP custam 1,75% da despesa total.
Em 2016, as PPP atingirão o máximo da despesa com as PPP que estão em construção e que será de 2,1 mil milhões de euros ou 2,62% da despesa deste ano e, provavelmente, menos porque então a despesa do Estado pode ser maior por causa da inflação que ronda este ano os 3,2%.
A partir de 2016, o gráfico das despesas desce acentuadamente e em 2041 a despesa nas atuais PPP instaladas e a instalar será de Zero Euros.
Basta ir ao Google e pôr lá Parcerias Público Privadas e estão lá todas com os valores investidos que são de biliões de euros.
As despesas com saúde serão este ano da ordem dos 7,6 mil milhões de euros, estando aí as PPP hospitalares.
Ora, independentemente de qualquer política, não estou a ver que o Governo possa ir buscar muito dinheiro a menos de 1,75% da despesa sem as portagens e o mesmo se dirá do valor máximo de 2,62% sem portagens da despesa deste ano em 2016.
Os que falam em serem os filhos a pagar não viram o gráfico que aponta para zero daqui a 29 anos e valores acentuadamente mais baixos nos últimos 12 anos desse período.
Ninguém deve falar de finanças ou economia sem conhecer os números, os quais estão quase todos na Net. Basta um pouco de paciência para ir buscar.
Não é por acaso que os jornais, mesmo económicos, nunca revelaram os números do referido relatório deste governo.
Em termos de percentagem do PIB temos de reduzir para menos de metade, dado que o Estado gasta cerca de 45% do PIB e as PPP com as portagens incluídas deve ficar nos 0,75 a 0,8% do PIB. É dinheiro, mas nada tem a ver com o montante da dívida pública que supera
os 175 mil milhões.
O relatório fez a soma do total a gastar nos próximos 29 anos e chega aos 24 mil milhões de euros ou 1,2 mil milhões por ano que será menos de 1% das despesas do Estado até 2041 apesar de estarem em causa milhares de km de auto-estradas, abastecimentos de
eletricidade (REN), água, saneamento básico, abastecimento de água, etc. As PPP mais caras são 10 barragens e já li que a EDP só fará uma e a Iberdrola também fará uma ou duas, o que vai reduzir substancialmente o montante do custo total
das PPP e as 10 barragens estão no relatório
Interior do Luxuoso Bairro Residencial dos Governantes Chineses
Em Beijing, o poder esconde-se atrás dos altos muros que rodeiam o imenso bairro de Zhongnanhai. Aí reside o Presidente da República Popular e secretário-geral do Partido Hu Jintao e o Primeiro Ministro Wen Jibao que em breve deixarão os seus cargos e quase todos os ministros e membros do comité central do partido. Para o lugar de Hu Jintao foi escolhido há quatro anos o dirigente Xi Jinping que, curiosamente, não tem aparecido nas televisões e jornais, o que causa a ideia que Hu Jintao não quer ceder o seu lugar de líder do partido este ano e de presidente em Março de 2013 como está previsto. Hu Jintao tem-se desdobrado em discursos contra o radicalismo maoísta defendido pelo derrubado Bo Xilau, filho de um herói do partido na guerra contra o Japão e na revolução levada a cabo por Mao Zedung.
Em linguagem cifrada, muitos blogers e jornalistas estrangeiras relatam uma inusitada entrada de viaturas militares de um lado e da polícia de outro. No meio passaram as limusinas dos altos dirigentes do partido e do Estado. Como já relatei, Bo Xilau, o secretário do partido em Xongqing, município
de 32 milhões de habitantes, demitiu-se ou foi demitido e o seu chefe de polícia preso, mas o seu aliado e amigo Zou Yong, chefe da segurança chinesa no Politburo do Partido, continua a exercer o seu cargo e a comandar as forças policiais, enquanto o presidente e o primeiro ministro detém o poder sobre as forças militares. Há quem tenha dito ter ouvido tiros vindos do interior do
bairro residencial do poder.
Em termos de noticiário nada se sabe, a não ser que o atual presidente continua a ser a estrela da televisão, aparecendo quase todos os dias, ao
contrário do seu sucessor designado. O partido tem silenciado tudo a seu respeito, pelo que o aparecimento do Zou Yong na televisão foi uma tentativa de mostrar que está tudo normal, mas os ativistas políticos chineses não se deixam enganar porque Zou não era figura habitual nas televisões e não
significa que tenha ganho a partida.
A luta é profundamente ideológico e há muito esperada. Um país dirigido por um Partido Comunista não pode ser eternamente a maior nação capitalista do mundo e, enquanto o atual presidente Hu Jintao defende uma linha mais à direita e mais favorável à elaboração de leis que devem ser respeitadas por todos, incluindo qualquer coisa que se possa aproximar ligeiramente de uma democracia, Bo Xilau, Zou Yong e outros querem um regresso ao comunismo. Claro, nestas lutas partidárias, o confronto ideológico é muitas vezes apenas um pretexto porque o que está em
causa são os lugares cimeiros do poder.
Consta que Bo Xilau quando dirigia Xongqing, mandava a juventude das escolas cantar as velhas canções revolucionárias dos tempos da Revolução Cultural e antes nos parques e avenidas da cidade, sendo muito aplaudidas pela imensa massa de chineses deserdados e explorados que passavam por aquelas zonas. Também se terá empenhado na construção social e na instalação de cozinhas coletivas para os mais pobres. Os investidores estrangeiros começam a sentir calafrios, pois querem situações estáveis e temem um conflito entre as duas alas do maior partido político do Mundo com 85 milhões de militantes.
Portugal regista um aumento da taxa de mortalidade anormal em fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Entre 20 e 26 de fevereiro, cerca de 3000 pessoas morreram. Em duas semanas, houve mais de 6000 óbitos. Associação de Médicos de Saúde Pública teme pelos idosos e receia que a subida das taxas moderadoras e o agravamento económico das famílias sejam as razões deste excesso de mortalidade.
O frio provocou gripes e outras doenças graves para grupos vulneráveis, como os idosos, mas essa pode não ser a única explicação para uma realidade que o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge assinala: houve 3000 óbitos em Portugal, entre 20 e 26 de fevereiro, número muito acima da média, para esta altura do ano.
Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), revela que nesta semana de fevereiro “diversas causas” estiveram na base da
mortalidade, sobretudo em idosos, mais vulneráveis às condições meteorológicas, mas também com maiores despesas com medicamentos e cuidados de saúde.
E em duas semanas apenas, houve mais de 6100 mortes. Segundo a Associação de Médicos de Saúde Pública, que está preocupada com o cenário, as medidas do Ministério da Saúde – como o aumento das taxas de moderadoras –, associadas ao agravamento da situação económica das famílias, podem justificar uma fuga aos cuidados de saúde.
O presidente daquela associação, Mário Jorge, fala em “aumento brutal” das taxas moderadoras, ainda que manifeste algumas reservas, ao associar esta medida do Governo ao excesso de mortalidade.
DGS preocupada
O recente pico de mortalidade assinalado no mês passado, sobretudo com as 3000 mortes registadas em apenas uma semana, fez soar o alarme nas autoridades.
A Direção Geral da Saúde já admitiu a preocupação com a subida da mortalidade prematura.
Os registos da mortalidade em Portugal têm estado em foco ao longo do último mês. Primeiro, devido a uma semana inusitada, a terceira de fevereiro, durante a qual foram registadas 3000 mortes em Portugal, número muito superior ao habitual. Agora, é a subida da taxa de mortalidade prematura que concentra as atenções.
Segundo os últimos dados disponíveis, um em cada quatro portugueses falece antes de chegar aos 70 anos. As doenças crónicas não transmissíveis são as principais responsáveis, nomeadamente os problemas respiratórios, os acidentes cardiovasculares, as diabetes e o cancro.
A Direção Geral da Saúde está a estudar o problema, embora sejam públicas algumas indicações que deviam ser mais respeitadas, nomeadamente os que se reportam ao controlo dos fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial e o
colesterol elevado. “Mesmo apesar da crise financeira e económica que se vive, é possível melhorar o padrão de alimentação saudável nos portugueses”, reforçou Francisco George.
O INSA vai realizar uma investigação profunda a estes dados da mortalidade, numa parceria com a Direção-Geral da Saúde.
Ontem foi a vez do jornal proxeneta que vive da publicidade da prostituição em muitas páginas, o Correio da Mer…, inventar que Sócrates gasta mensalmente uma determinada quantia sem terem tido acesso às contas do ex-PM.
Para além disso, começou a ser hábito multiplicar despesas anuais em PPP e outras coisas por vinte, trinta, quarenta a cinquenta anos, o que permite falar de muitos milhões. O Expresso fala de uma eventual indemnização de 51 milhões de euros pedida pela Lusoponte, colocando em separado que se trataria de uma compensação até ao fim da concessão nos anos trinta deste século. Outros jornais falaram em 100 milhões, tratando-se apenas da derrama de 2,5% sobre o IRC que, segundo a Lusoponte não deveria afetar aquele monopólio quando no contrato não fala-se apenas do IRC e não da derrama. De qualquer modo, é possível multiplicar a derrama de 2011 por vinte vezes ou mais, mas ao certo ninguém na Lusoponte tem o direito de exigir qualquer coisa sobre impostos ou derramas a serem pagas nas próximas décadas e a Lusoponte nada sabe sobre o tráfego que terá nas próximas
décadas.
Por sua vez, o “matemático” Nuno Crato fala de uma derrapagem de mais de 400% nas obras do Parque Escolar quando foram de 66% relativamente a uma estimativa altamente provisória feita em 2007 quando da criação do programa. O “matemático” pegou no custo de uma obra numa escola que consistiu numas pinceladas nas paredes e multiplicou pelo número de escola abrangidas pela Parque Escolar para chegar à tal derrapagem, mostrando a sua pouca honestidade e completa falta de disciplina intelectual, o que é de estranhar da parte de um “matemático”. Ele deve pensar que a disciplina e o rigor é apenas assunto de altas matemáticas, nada tendo a ver com a política
que, no seu entender, deve ser apenas a maximização da mentira.
A Merkel perdeu a “guerra”, ou seja, o controle que detinha no BCE através do Trichet. Draghi resolveu fazer o que era preciso, emitiu em poucos dias mais de um bilião de euros para emprestar por dois a três anos à banca a 1%. Injetou a tão indispensável liquidez no mercado, cuja falta levou Portugal a vender ativos essencias e estratégicos a uma potência comunista, deixando estatizar uma parte da pátria lusa. O próprio Durão com o van Rompuy foram pedir dinheiro à China quando havia no BCE uma plataforma informática dupla, o Target2, que permite emitir moeda e equilibrar os saldos entre países e nos países entre bancos. Merkel queria que o programa não permitisse saldos negativos como foi o português em Dezembro da ordem dos 60 mil milhões de euros, compensado automaticamente pelo saldo excessivo da Alemanha de 500 mil milhões de euros.
A Target2 não tem a ver com a palavra objetivo, mas é o acrónimo de “Trans-European Automated Real-Time Gross Settlement Express Transfer System”, funcionando um pouco como a Câmara de Compensação dos cheques. O 2 significa que são duas plataformas iguais e que fazem as mesmas operações para evitar que em caso de avaria de uma não se percam dados importantes, ou mesmo, moeda.
O BP tem o Target2 para as transações interbancárias MMI e o BCE para as transações entre países do Euro, operado também com as reservas
depositadas pelos bancos no BCE e com as reservas em divisas obtidas pelos diversos países, fazendo igualmente o tratamento das operações dos bancos com o BCE que podem utilizar a injeção de capital para comprarem dívida pública a juro mais elevado e depositar os respetivos títulos no BCE e obter mais moeda. Qualquer pagamento português ao estrangeiro vai ao Target2 do BP e deste ao seu homólogo do BCE. A criação de moeda produz duplos excedentes que permitem aos PIGS não irem à falência por cessação de pagamentos.
Draghi teve o apoio do Banco de França e de todos os outros com excepção do alemão que parece não ter votado e demitiu-se em sinal
de protesto. Só a Finlândia e a Holanda é que acompanharam a Alemanha.
O presidente do BCE foi influenciado pelo grande economista que Monti, o atual PM italiano, e autor da carta que passou por ser da autoria de Cameron.
Monti mandou a carta a Cameron para obter o seu apoio e algumas correções e resolveram que passaria a ser o britânico a apresentar-se como autor. Doze países assinaram, mas o Coelho teve medo e refugiou-se na toca. Agora, percebendo as vantagens que advêm para Portugal de grande parte da Europa se ter libertado da Merkel foi a correr à Itália manifestar o seu apoio a Monti e pedir desculpa de não ter assinado a carta. Muita gente criticou Draghi e Monti por terem trabalhado em grandes instituições e bancos internacionais, mas foram os primeiros que fizeram frente à poderosa Alemanha e são dos melhores economistas que a Europa tem. No fundo é como criticar um bom mecânico que trabalhou para a Ferrari só
porque a clientela é milionária.
Links Amigos
Os Meus Blogs
Transportes