O PCP vai fazer uma gigantesca campanha contra o Euro. Está no seu direito democrático, os partidos têm as suas estratégias políticas e assim defendem o que acham bom para o país.
Curiosamente, a campanha é feita contra o "Euro fraco" como nos referiu já Vítor Bento no seu livro "Euro Forte - Euro Fraco", entendendo este último como o atual, cujas notas trazem a assinatura do italiano Draghi.
O BCE está a oferecer a Portugal e a todos os países da zona Euro, 33% das suas dívidas. Compra os respetivos títulos aos bancos e fundos que que as detêm e entrega-os aos bancos nacionais; o BP no caso português.
Os Estados continuam a pagar juros e a amortizar as dívidas no ano das entregas, mas nos anos seguintes os montantes gastos são devolvidos ao único acionista dos bancos nacionais que é o Estado ou os contribuintes nacionais porque são lucros e a receção dos títulos não endivida os bancos nacionais.
A campanha começa no preciso momento em que Draghi afirmou que quer continuar este processo denominado "quantitative easing", eventualmente até liquidar mais de 50% das dívidas nacionais.
Assim, Draghi oferece-nos 73 mil milhões de euros e dispõe-se a aumentar a oferta para 120,5 mil milhões e o País iria prescindir dessa poderosa divisa para ter uma espécie de "Portucoins" sem valor internacional que nem Badajoz aceitará para pagar um café.
Já a oferta de 33,3% faz com que um juro de 3,3% a 10 anos passe na verdade ao equivalente a 2,2% ao ano porque a dívida sofreu um corte de 1/3.
O dinheiro para as referidas compras vem do nada; é emissão pura e simples e é notável que tenha tido um limitadíssimo efeito na inflação, ou seja, esta aumentou na Zona Euro em cerca de 1% porque os países maiores e mais favorecidos não gastaram o dinheiro recebido, tendo depositado parte dele no próprio BCE, pagando um pequeno juro em vez de receber, mas podem vir a gastar porque são donos desses depósitos.
Assim, a liquidez do BCE aumentou muito, o que permite proteger a banca europeia através das habituais cedências de liquidez a curto prazo como faziam todos os bancos centrais e faz agora o BCE.
Eu duvido que os trabalhadores portugueses prefiram receber uma espécie de "Bitcoins" de circulação reduzida aos 92 mil km2 de Portugal em vez de dinheiro verdadeiro que se desvalorizou muito nos últimos tempos sem inflação, o que contraria tudo o que vem nos manuais de economia.
Essa desvalorização empurrou quase todas as moedas do Mundo para o mesmo, tornando a maior parte das mercadorias mais baratas e limitando os recentes aumentos dos preços do petróleo bruto.
Neste momento, o Euro está quase a um dólar e aproxima-se da libra quando já esteve a mais de 1,5 dólares que, por sua vez, também se têm desvalorizado.
O ministro das Finanças assegurou esta quarta-feira que o défice orçamental de 2016 não será superior a 2,1% do PIB. Mário Centeno considera que os indicadores mais recentes da economia são "alicerces mais sólidos" e que ajudam à "saúde das contas públicas".
"O défice em 2016 será o mais baixo da história da nossa democracia e não será superior a 2,1%", disse o ministro esta quarta-feira na comissão parlamentar de Orçamento, Finança...s e Modernização Administrativa, onde está a ser ouvido.
Depois de citar os números economia portuguesa divulgados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta de um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% em 2016, o ministro afirmou que "Portugal possui hoje alicerces mais sólidos para garantir um crescimento económico sustentado e equitativo, mas também pela saúde das contas públicas".
Centeno afirmou que as medidas tidas como extraordinárias, ou seja, o Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES), "apenas melhorarão a meta orçamental estabelecida pelo Governo, que era de 2,4%", ligeiramente abaixo do objectivo de 2,5% definido pela Comissão Europeia aquando do encerramento do processo de sanções.
"Quando me refiro ao facto de a economia portuguesa estar hoje no ponto mais sólido desde que aderimos ao euro apoio-me em resultados: crescimento económico, investimento, geração de emprego, solidez nas contas públicas, mas queremos mais e vamos conseguir mais", disse. Dessa forma, o ministro assegurou que, "graças à correcção sustentável e durável das contas públicas, Portugal vai, finalmente, sair do Procedimento por Défices Excessivos".
Durante a sua intervenção inicial, destacou ainda um conjunto de indicadores para suportar o entendimento de que a economia portuguesa "está hoje mais sólida". "O índice de confiança dos consumidores está em máximos de 17 anos", que o crescimento "está cada vez mais assente" no investimento e nas exportações e que "o desemprego está em mínimos desde 2009".
Para contrariar isto como querem os traidores à Pátria Cristas e Coelho não há SMSs que valhem.
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