“Um quilo de azeite, dependendo do modo de produção, fixa entre 3,6 e 10,6 quilos de CO2”.
O olival ORDENADO é das culturas que gastam menos água e sequestra mais dióxido de carbono.
As raízes das oliveiras penetram profundamente no solo, podendo ir até aos seis metros, mas nas oliveiras pequenas não necessitam desse esforço porque são irrigadas com tubagem gota a gota subterrânea que não deixa a água subir à superfície e evaporar-se, podendo produzir mais carbono de boa qualidade para a alimentação humana sob a forma de azeitonas e azeite.
O PCP anda a fazer uma campanha no Alentejo e, em particular na zona de Beja, contra o olival intensivo., sem saber que além de gastar pouca água, o olival não consome muitos nutrientes NPK (azoto, fósforo e potássio), ou seja, umas colheres de sopa por árvore ao longo da sua vida útil.
O planeta não necessita apenas de reduzir a produção de CO2, mas de retirar o excesso que existe já na atmosfera e só há uma "máquina" capaz de fazer isso, as árvores de todo o tipo e principalmente as de crescimento rápido.
A árvores que mais despolui o ambiente é, sem dúvida, o eucalipto devido à rapidez do seu crescimento.
As folhas das árvores possuem grande quantidade de estomas da ordem das centenas por mm2 que são organismo celulares criados pela natureza para absorver o CO2 e transforma-lo em açúcares nos cloroplastos.
Um eucalipto pode absorver 6 toneladas de carbono (CO2) por ano.
Os carvalhos de crescimento muito lento e, entre eles, os sobreiros capturam menos carbono que as oliveiras intensivas e o eucalipto.
A sobrevivência da Humanidade na Terra depende da reflorestação orientada para a não combustão, incluindo-se aqui a penalização muito forte do fogo posto criminoso ou negligente.
Árvores para a produção de frutos como azeitonas amêndoas, laranjas, peras, maçãs, etc. e árvores para uso da madeira em construção que assim fixam o carbono opara sempre.
As cidades necessitam de se acomodarem à árvores, dado saber-se que numa cidade a temperatura do ar é cerca de 3,5 a 5ºC mais elevado que no campo aberto vizinho. Daí que a presença de parques com muitas árvores e ruas arborizadas como tem sido feito em Lisboa proporciona aos seus habitantes uma atmosfera mais saudável e um temperatura do ar ligeiramente mais baixa.
Na questão da Pobreza, o INE publicou História Estatística, isto é, dados de 2017 quando estamos à beira de 2020.
O cálculo da pobreza é feito com dados internos na relação entre os que têm mais e menos, o que quer dizer coisas muito diferentes entre países com diferentes Rendimentos Nacionais per Capita em Paridade de Poder de Compra.
Mas, Portugal com um Pib per capita em PPC de cerca de Eu 27.000,00 está abaixo de quase todos os países da Zona Euro, mas não é um país pobre - calculado no fim de 2018, devendo crescer este ano 1,9 a 2,1% - quando comparado com o resto do Mundo e, mesmo com nações da União como a Polónia, Roménia, Bulgária, etc. Este rendimento per capita é muito superior ao de grandes nações mundiais como a Rússia, China, Índia, Brasil, Indonésia, quase toda a América Latina, África e Ásia em geral com exceção do Japão.
A União Europeia definiu um indicador relativo à população em risco de pobreza ou exclusão social com base na Mediana que indicaria o valor médio entre a metade com rendimentos superiores e a que aufere menos, mas não revela qual o valor da Mediana nacional, pelo que não podemos ajuizar da veracidade dos dados publicados e de que é que o INE chama pobreza. Pobres seriam os que tenham rendimentos inferiores a 60% da Mediana. Os 60% do PIB em PPC nacional são 14.038,00 euros que é uma fronteira, não sendo riqueza nem pobreza.
O INE avançou agora dados provisórios para 2017, que apontam para quase 2,4 milhões de pessoas em situação de “risco de pobreza ou exclusão social” em Portugal. Este indicador não reflecte apenas a pobreza monetária, calculada em função dos rendimentos das famílias. Conjuga isso com o conceito de “privação material” (medido, por exemplo, pela incapacidade de pagar a tempo e horas rendas e outras despesas, ou pela incapacidade de ter uma refeição de carne, peixe ou equivalente, de dois em dois dias) e com o conceito de “intensidade laboral per capita muito reduzida”.
Esta privação material está relacionada com a taxa de exploração capitalista que priveligia o salário mínimo e só agora é que as empresas começam a estar obrigadas a pagar mais por pessoas capazes, dado que com a queda do desemprego, o chamado exército de reserva capitalista excluiu os técnicos e pessoas com formação superior ou boas capacidades organizativas, comerciais, artísticas, etc. que terão de ser muito mais bem pagas. Por isso, a situação em 2019 e 2020 deverá ser bem diferente da verificada em 2017.
Neste momento, está em situação de “pobreza e exclusão” 23,3% da população. Eram 25,1% em 2016, 26,6 em 2015, 27,5% em 2014.
Contudo, o indicador do INE não reflete uma prestação fundamental que é a casa social que na maior parte dos casos corresponde ao pagamento de uma renda inferior em 500 a 700 euros o seu valor natural ou 6.000 e 8.400 anuais, permitindo contabilizar como rendimento.
O INE o Pordata não permitem ajuizar o verdadeiro valor da pobreza em paridade de poder de compra porque trabalham com números nominais e tenta compará-los com dados estrangeiros igualmente nominais.
Podemos dizer que o Euro, sendo igual nos países membros, não tem o mesmo valor em todos os países, dado comprar-se muito mais em Portugal com 100 Euros do que na Alemanha, Suécia, etc.
Saliente-se, a título de exemplo, que para entrar numa praia no norte da Alemanha é preciso pagar à hora um dado valor que é eu chamaria praímetro.
Na Alemanha pode quase não haver pobreza, mas há fortunas astronómicas como a de duas famílias que possuem a maioria do capital do grupo VW, Skoda, Seat, Rolls Royce, ec. ou um irmão e uma irmã maioritários na BMW, Mini e dúzias de outras fábricas dos mais diversos artigos. Essas famílias recebem em dividendos quase um Euromilhões por ano. No oposto, muita gente ganha valores minímos de 1.500 a 2.000 euros nominais.
Para além disso, faz-se uso do Coeficiene de Gini que melhorou muito, mas diz pouco porque determina entre 0 e 100 qual a maior ou menor igualdade de rendimentos entre os portugueses sem conhecer os valores escondidos e reais.
A situação financeira dos portugueses melhorou bastante sem induzir uma inflação generalizada. Apenas na habitação é que registamos uma certa inflação, apesar do País possuir cerca de 6 milhões de fogos e os nascimentos serem muito inferiores aos óbitos. Assim, no ano passado faleceram 115 mil pessoas e nasceram 87 mil crianças que foi já um aumento nítido relativamente a anos anteriores. Mas com mais idosos há mais óbitos.
Portugal ainda é um dos países mais desiguais da União Europeia (UE), mas o coeficiente de Gini, que reflecte as diferenças de rendimentos, está abaixo do que existia em 2009, ano em que a crise financeira entrou no país. Portugal nunca registou um valor tão baixo desde que começou a usar este indicador, em 1994.
Este é o aspecto que mais chama a atenção de Carlos Farinha Rodrigues, coordenador científico do Observatório das Desigualdades do CIES-IUL, quando se lhe pede que olhe para o último Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, divulgado ontem pelo INE.
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O coeficiente de Gini mede o quão desigual é a distribuição de rendimentos entre as pessoas, numa escala entre o mínimo de 0 e o máximo de 100. Quanto mais perto do zero, menos desigual.
Aquele indicador começou a baixar em 2004. A tendência manteve-se até 2009. Nesse período, passou de 38,8 para 33,7. Mesmo assim, Portugal continuava a ser um dos países da UE com distribuição de rendimentos mais desigual. Dividia então o terceiro lugar com Espanha. Pior, só a Lituânia e a Letónia.
A partir de 2009 a situação agravou-se, atingindo-se em 2013 os 34,5. No ano seguinte já houve redução (34). A tendência continuou em 2015 (33,9) e acentuou-se em 2016 (33,5). O país, porém, permanecia um dos mais desiguais da União. Já fica abaixo de Bulgária, Lituânia, Roménia, Espanha e Letónia.
O especialista em pobreza e desigualdade enfatiza a queda de outros indicadores. As crianças foram o grupo etário mais afectado pela chamada crise da dívida. E a taxa de risco de pobreza de menores de 18 anos alcançou em 2016 os 20,7%, quando ainda no ano anterior era 22,4. É, diz Farinha Rodrigues, o valor mais baixo de sempre. O mais próximo que esteve disso foi 20,8%, em 2005.
A taxa de risco de pobreza, de resto, baixou para todos os grupos etários entre 2015 e 2016. Na população idosa passou de 18,3 para 17%. E na população adulta em idade activa de 18,2% para 18,1%. A grande excepção é protagonizada pelos desempregados (passou de 42% para 44,8%).
Farinha Rodrigues atribui a quebra da pobreza à descida da taxa de desemprego, que recuou para os valores pré-crise, mas também à reposição dos rendimentos das famílias. Essa reposição está a ser feita, muito por via das transferências sociais, de forma gradual. Subsistem, contudo, os baixos salários e a precariedade. Mantém-se nos 11% a taxa de trabalhadores pobres.
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