Além disso, foi repetido até à exaustão que Portugal tem o mais elevado grau de ineficiência em termos de uso de energia e produção de CO2 poluidor da atmosfera.
Claro, mais uma vez a comunicação lança-se ao combate à Pátria de todos os portugueses e numa atitude esquizofrénica repetem com satisfação masoquista que Portugal é o pior. E ninguém pensou um minuto sequer nas condições portuguesas nem leu o relatório relativo ao cumprimento das metas estipuladas pelo Protocolo de Quioto. E ninguém comparou os consumos energéticos portugueses por pessoa com os do Norte da Europa.
Assim, acabei de vir de um café onde estive com uns amigos. A atmosfera do café era suficientemente quente sem qualquer aquecimento, pois bastava a máquina de café e os fornos em que aí se aquecem croissants e outras iguarias do género para proporcionar o calor suficiente.
Neste preciso momento, acredito que aa Suécia, Noruega, Finlândia, Repúblicas Bálticas, Alemanha, Holanda, Bélgica, etc. o aquecimento no interior de um café, restaurante, habitação, local de trabalho etc. tem de ser o suficiente para colmatar um diferencial de temperatura de, pelo menos, 30º C. Um cidadão sueco tem o prédio aquecido 24 horas por dia e quando vai trabalhar a casa continua a ser aquecida ao mesmo tempo que o local de trabalho também é aquecido.
Portugal, para além de não aquecer muito, também no verão é dos países que possui menor quantidade de aparelhos de ar condicionado. Além disso, Portugal não possui uma grande indústria, nomeadamente siderurgias, petroquímicas, gigantescas fábricas de automóveis com enormes fundições para o fabrico de milhões de blocos de motores, etc.
O parque automóvel português é importante, mas é visível por toda a parte a sua reduzida cilindragem e até o uso relativamente baixo dos automóveis.
A economia portuguesa tem estado estagnada e esteve em depressão há pouco tempo, pelo que não havendo crescimento significativo do pib não há maior consumo de combustíveis e, como tal, maior produção de CO2. O nível actual da construção desceu muito dado que o parque habitacional do nosso País é já de 5,5 milhões de habitações, o que dá quase o dobro do número de famílias. Como tal, a produção de cimento e outros materiais de construção não têm aumentado e com a baixa taxa de natalidade não é de prever que a construção venha alguma vez a atingir as quase 200 mil unidades habitacionais por ano verificadas nos tempos do Governo de Guterres. Os jovens de hoje vão ser os herdeiros das habitações dos avós; não digo dos pais, já que o aumento da esperança de vida tem sido tal que os filhos vão ao enterro do último dos seus progenitores em idades superiores aos cinquenta anos.
A realidade é que o documento que veio agora a público não reflecte a actual situação de Portugal, mas o período entre 1900 e 1999, o que obviamente é insusceptível de ser extrapolado para o futuro, dado terem passados seis anos que deverão elucidar sobre a verdade de Portugal e a emissão de gases poluentes.
Para além disso, o relatório foi elaborado em 2002 diz respeito a percentagens. Aí, Portugal estará para a Suécia como um trabalhador que ganhava 400 euros e foi aumentado em 25% para 500 euros, continuando na miséria, enquanto o sueco ganhava 10.000 euros e viu os seus rendimentos reduzidos para 9.000 euros, continuando com um rendimento milionários. Um subiu 25% e o outro desceu 10%.
Portugal foi autorizado a aumentar em 27% até 2012 a emissão de CO2. Em 2002, já tinha atingido 42% de aumento relativamente a 1900, mas em 2003, as emissões desceram em 5% para 37%, graças em grande parte ao aparecimento dos primeiros geradores eólicos e a entrada em funcionamento de centrais térmicas que ciclo completo que podem utilizar gás natural, carvão ou petróleo e têm utilizado o gás natura, pois em Sines foi construído o maior depósito artificial de gás natural do Mundo para permitir a sua aquisição em quantidade nos momentos em que a respectiva cotação esteja em baixa.
Por outro lado, estão em curso gigantescos projectos de energia eólica que poderão cobrir 17% das necessidades energéticas do País, que fará descer a emissão de CO2 para 20% mais do que em 1990, o que não deverá acontecer de todo, já que se admite que até 2012, o consumo energético venha a subir para os tais permitidos 27% ou um pouco acima, dado admitir-se que o Pib venha a subir. Saliente-se que se iniciou em Moura a construção da maior central geradora de electricidade fotovoltaica do Mundo e a investigação e desenvolvimento nacionais estão a trabalhar intensivamente em melhorar a capacidade para a utilização dessa energia.
Também estão em projecto centrais eléctricos com geradores diesel a funcionarem com biomassa, nomeadamente óleos de colza e girassol.
Enfim, diariamente, as televisões e quase todos os meios de comunicação social empenham-se em proceder a uma lavagem ao cérebro dos portugueses no sentido de sentirem repulsa pela sua Pátria.
O anti-patriotismo dos donos das televisões e directores editoriais é de bradar aos céus, principalmente porque apoiado na MENTIRA e na DETURPAÇÃO dos dados de modo a dar sempre a impressão que vivemos no PIOR DOS PAÍSES. E fazem-no com o despudor de acreditarem que somos todos estúpidos e que não sabemos sequer que os países frios e altamente industrializados são grandes poluidores.
Enfim, não vale mesmo a pena comprar e ler jornais e ver televisão. Não aprendemos nada e somos mesmo desinformados e tornamo-nos menos inteligentes se acreditarmos minimamente aquilo que qualquer PALERMA na televisão diz.
Dsotto
Links Amigos
Os Meus Blogs
Transportes