É fundamental poupar combustível; seja gasóleo, seja gasolina. E quem mais que o cidadão privado o pode fazer. Os privados possuem mais de cinco milhões de viaturas em Portugal, pelo que basta que dois ou três milhões façam o esforço de não utilizarem os seus carros para que haja uma queda brutal nas vendas, tanto de combustíveis como de petróleo bruto à entrada das duas refinarias da Galp.
Há noticiário que aponta para uma quebra brutal da venda dos grandes carros nos EUA, principalmente dos SUV e semelhantes. A Ford anunciou uma quebra de vendas de mais 20 mil SUVs este ano. Em contrapartida, os americanos estão a comprar mais carros pequenos que são económicos. E nos EUA o galão (4,5 litros) de gasolina está a ser vendido a um pouco mais de 2 dólares, o que dá 44 cêntimos do dólar ou 0,275 cêntimos do euro. Apesar de o preço ainda estar baixo, muita gente protesta nos EUA e os carros com motores de 200 cavalos e cilindragens de 3 a 4,5 litros estão a ser postos de lado. Saliente-se que os grandes camiões Mack dos EUA funcionam a gasolina com consumos de 100 litros aos 100 km.
A União Europeia tem cerca de 250 milhões de viaturas, pelo que a paragem de todas as que não são absolutamente necessárias para ir para o trabalho, ou trabalhar mesmo, significa bem mais de 150 milhões de carros e uma quebra brutal nas vendas de petróleo bruto por parte dos países produtores e combustíveis pelas empresas gasolineiras, além da redução na receita dos impostos. Para além disso, os especuladores que apostam nos futuros e colocam o seu dinheiro em petróleo bruto acompanham o nível de vendas e se verificarem que estas descem abruptamente, retiram logo o seu dinheiro com ordens de venda e assim a especulação vira-se ao contrário, pois vai induzir uma quebra ainda mais acentuada nos preços.
Por isso, seria aconselhável que não se saísse para fora nos feriados e utilização de viaturas fosse limitada.
Digo isto porque o sector profissional com os transportes públicos não pode poupar muito. Estes últimos têm mesmo de gastar mais dada a afluência de passageiros. Claro, os camionistas TIR não devem ser poupados, pois chegam carregados de mercadorias europeias e chinesas que vão buscar a Roterdâo e vão para fora vazios. Não vejo algum mal que os produtos chineses sejam mais caros como as maças francesas, os morangos espanhóis, as batatas irlandesas e a uva chilena que vão buscar a Roterdão ou Luxemburgo. Além disso, abastecem-se com o gasóleo tão, tão barato em Espanha e França, que os camionistas desses países também protestam. Curiosamente, não por ser barato, mas por ser caro.
Os serviços públicos com as autarquias também devem analisar os movimentos das suas viaturas e saber se podem ou não poupar e podem mesmo.
Pergunta-se aqui ao Sr. Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Tavira, se precisa mesmo de 200 viaturas numa cidade tão pequena. E se não pouparia muito mais se fizesse uma análise séria das viaturas que necessita e das que estão entregues a funcionários, vereadores e ao próprio presidente da autarquia no sentido de saber se necessitam do carro dado pelo Município e se vivem tão longe assim da CMT. É incrível que o Macário não tenha vergonha de vir dizer ao País que tem 200 viaturas ao seu serviço e, ainda por cima, vai abastecer-se a Espanha, fazendo cada viatura bem uns 40 km para o ir e vir a Ayamonte. Cada reabastecimento das 200 viaturas significa uns 8.000 kg percorridos com um gasto de uns 1.200 litros de gasóleo e gasolina, no qual economiza uns 40 cêntimos por litro se a Espanha não aumentou agora os combustíveis. Poupava pois 480 Euros e quanto custam os 1.200 quilómetros das viaturas? Certamente, mais de 500 euros.
Parece que o Macário não deve ser lá muito bom de contas e vai gastar bem mais com o reabastecimento em Espanha.
Poupemos pois combustíveis para CASTIGAR toda a gente: Galp, Repsol, erc.. Mais OPEC, outros países produtores, especuladores e Governo, além de fazermos muito bem às nossas carteiras e contas bancárias.
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