Os 20 países mais importantes do Planeta que formam o chamado Grupo dos G20 estão reunidos em Londres com uma agenda de profunda oposição à total liberdade bancária vivida até há pouco tempo. É interessante assinalar que o Governo português tomou algumas das medidas que fazem parte do pacote de muitos ministros das Finanças do Mundo e certamente que acompanhará noutras que venham a ser decididas.
Há divergências de opinião que podem impedir decisões comuns, mas todos apontam para a regulação da actividade bancária e limitação dos “off shores”. A Alemanha e a França defendem regras muito restritivas para os bancos e estes dois países com 140 milhões de habitantes tem uma força enorme na zona Euro, sendo, em geral, seguidos pela Itália, Holanda e Espanha.
De um modo geral pode dizer-se que os ministros europeus do G20 vão falar a uma só voz e defendem que nenhum mercado ou produto financeiro fuja à alçada da regulação e a necessidade de os fundos especulativos serem vigiados de perto pelos Bancos Centrais. Além disso, querem um endurecimento muito grande relativamente aos paraísos fiscais. Assim, os bancos que funcionam com “of shores” deverão constituir reservas muito importantes para o caso de “fuga” do dinheiro como aconteceu no BPN e no BPP.
Manuela Ferreira Leite veio ontem opor-se a medidas deste género com a afirmação de que o Governo não deve aproveitar-se da crise para intervir nas empresas. Claro, o que está em causa são os bancos e as empresas em que o Estado tenha de meter algum dinheiro para evitar falências e mais despedimentos. Como economistas, Manuela F. Leite deveria estar mais informada ou, pelo menos, ler alguns jornais da especialidade.
O reforço dos fundos do FMI também está na agenda para auxiliar os países mais pobres e evitar que os recursos sejam utilizados apenas pelos países ricos no combate aos efeitos da crise económica mundial.
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