Pedro Passos Coelho mostra uma enorme ignorância quanto ao funcionamento do Estado. Ele disse há dias na TSF que queria um plafonamento das reformas pagas pelo Estado sem especificar em que situação.
Sujeito a muitas críticas, fez marcha atrás e veio afirmar que isso se aplicaria apenas aos funcionários que entram agora ao serviço. Ora, o putativo primeiro-ministro não sabe que há já alguns anos que os novos funcionários do Estado estão sujeitos ao mesmo regime dos privados com reforma máxima ao fim de 40 anos de serviço e a partir dos 65 anos, sendo calculado um ordenado de referência que é a média dos ordenados de toda a carreira contributiva devidamente corrigidos da inflação. A reforma é de 80% do ordenado de referência corrigida para baixo em função do aumento da esperança de vida.
Como ninguém começa a sua carreira na função pública como juiz do supremo, general, almirante ou diretor geral torna-se óbvio que as reformas futuras não serão os últimos ordenados das pessoas que ocupam altos postos.
Tenho dúvidas que isso se aplique ao governador do Banco de Portugal e presidente do CA da CGD, os quais, devido à extrema sensibilidade e responsabilidade das suas funções são capazes de ter um regime algo melhor, mas não creio que serão esses ordenados que farão o País continuar altamente endividado.
Nas empresas públicas, nomeadamente as de transportes, os salários não são tão altos como nas privadas que muita gente julga que são públicas como a PT, EDP, Cimpor, Galp, Soporcel, etc.
Enfim. Pedro Passos Coelho nunca dirigiu um serviço público e, naturalmente, mostra pouco ou nenhum conhecimento do se passa.
Já li num jornal que tem 60 conselheiros. Não acredito que com tanto conselheiro possa aprender alguma coisa e tenha tempo para falar com todos.
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