· A China espera fabricar este ano quase um milhão de grandes camiões com 37% da produção mundial em seis fábricas todas estatais ou quase com algumas parcerias tecnológicas estrangeiras.
A Europa fabrica 332.000 camiões com 15% da produção mundial em duas fábricas, a Daimler Trucks (Mercedes) e a Man-Scania (germano-sueca). Os outros fabricantes europeus são quase residuais, não devendo chegar às 5...0 mil unidades.
A China está a tornar-se também numa potência de grande capitalismo estatal com siderurgias, fábricas de automóveis, gigantescos estaleiros navais, minas, refinarias, indústrias químicas, minas, etc. do Estado. Em resumo, o capitalismo ocidental enriqueceu o Estado Comunista chinês que detém a grande indústria do país e está a comprar empresas industriais em todo o Mundo como foi com a Roover-Leyland, a Volvo e agora prepara-se para entrar em empresas estratégicas portuguesas. A banca e as seguradoras são todas estatais na China e se quisessem compravam os bancos portugueses num ápice. Portugal da direita pode tornar-se parcialmente comunista através dos capitais do Estado Chinês e já estão cá milhares de chineses com as suas lojas e as crianças a estudarem nas escolas portuguesas e chinesas que já se instalaram em Portugal.
As direitas europeias, incluindo a portuguesa, estão a abrir as portas ao comunismo chinês desde que venha com o dinheiro que, por embirração e estupidez, a Alemanha da Direita não quer deixar o BCE emitir, ou seja, não quis, porque agora o BCE está a comprar dívida espanhola e italiana com moeda fresca e muito antes de impor quaisquer condições de austeridade. O governo português não está a reagir, nem contra a invasão e estatização da economia chinesa, nem contra o facto de Portugal ser metido num colete de forças de austeridade quando a Itália e a Espanha gozam de prerrogativas especiais. Já tinha acontecido isso há mais de um mês e voltou a acontecer na semana passada. É certo que as emissões do BCE na semana passada foram de uns 8,7 mil milhões de euros, o que não é muito, mas se tiver continuidade nas próximas 56 semanas resolverá o problema italiano e espanhol, deixando Portugal e a Grécia a chuparem no dedo e confrontados com uma austeridade canibalesca.
No fundo, não estou propriamente contra o enriquecimento chinês nem contra o regime da República Popular da China; o que vejo é uma contradição entre a Europa da Direita que quer tudo privado e uma gigantesca potência em vias de chegar aos 1,4 mil milhões de habitantes com dinheiro para se apoderarem sem conquista de quase toda a Europa. Hoje, basta-lhes ir aos mercados bolsistas e comprarem o que quiserem a preços que nem chegam a ser de saldo.
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