O Passos falou hoje nos TSD e disse que a austeridade é necessária para pagar as dívidas e que mais de 78% das despesas do Estado vão para salários, transferências sociais e juros da dívida pública, falando na necessidade do ajustamento económico.
Ora, o anunciado corte de seis mil milhões de euros em áreas da saúde, proteção social, etc. em termos de austeridade e o chamado ajustamento têm dado resultados opostos. Os défices aumentam, a dívida sobe e o Estado necessita de mais dinheiro porque os cortes reduzem as receitas do Estado, encolhem a atividade económica e empobrecem grande parte da população, nomeadamente os desempregados e levam os outros a não consumirem por receio do futuro.
Um povo com classes médias empobrecidas não vai pagar quaisquer dívidas.
A situação não tem solução enquanto existir entre o banco emissor do euro (BCE) que pertence aos contribuintes e o Estado (contribuintes) uma máfia de especuladores e ladrões, os denominados mercados, que artificialmente ganham milhares de milhões na intermediação entre dinheiro dos contribuintes e dinheiros dos contribuintes.
Esses ladrões são bancos, fundos e outros que tais que adquirem dívida pública a juro elevado com dinheiro do BCE a juro de 0,5 a 0,7% para depois venderem ao mesmo BCE ao juro alto ou reterem ou venderem para ganharem dinheiro.
O volume de dinheiro envolvido no diferencial (lucro) da intermediação é superior ao das dívidas dos Estados endividados.
O dinheiro vem dos cortes impostos pelas políticas de austeridade e estão a afetar quase todos os países europeus e o que parecem ainda estar bem como a Alemanha, a Finlândia e a Áustria estão a caminho de se não encontrarem procura na Europa para os seus produtos.
Ontem, o “Der Spiegel” online tinha escrito que a VW continua a vender, mas as suas margens de lucro são cada vez menores, principalmente quando se trata de vender nos países do Sul da Europa, os quais são os compradores de cerca de 40% das exportações da VW e até de todas as vendas alemãs ao exterior.
Para além disso, a VW instalou em Portugal o VW Bank para financiar os concessionários e os compradores individuais de carros.
O juro é baixo e traduz também aqui a “redução tendencial das margens de lucro” como foi descrita por Karl Marx e que todos os economistas de direita diziam ser uma falsa afirmação, mas aqueles que estão à testa de empresas não têm alternativa senão ver essas margens caírem.
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