Jornal Socialista, Democrático e Independente dirigido por Dieter Dellinger, Diogo Sotto Maior e outros colaboradores.
Terça-feira, 22 de Junho de 2004
Casa Pia com Surpresas
Afinal há outros arguidos do caso Casa Pia que o público desconhece.
Segundo a TVI, um adulto de 29 anos terá estado em contacto com uma criança de 14 anos da Casa Pia que terá fugido de um local de férias.
Nada se diz sobre a identidade do homem que é arguido do caso Casa Pia e, pela idade, é óbvio que não se tratava de nenhuma das pessoas conhecidas e implicadas, todas de mais idade.
Afinal, qual o motivo para manter no segredo absoluto aquele arguido e, provavelmente, outros quando há vários cujos nomes foram amplamente divulgados?
O princípio básico da JUSTIÇA e ÉTICA é a igualdade dos cidadão perante a lei e perante o comportamento de polícias, procuradores e juízes. E não interessa se a pessoa é conhecida ou desconhecida. Ou divulgam-se todos os nomes ou nenhum. Os agentes da justiça não podem ter comportamente diferenciados em função das pessoas.
É evidente que faz falta uma cadeira de JUSTIÇA nos cursos de direito, onde se aprende muito sobre leis, mas nada sobre JUSTIÇA.
Quanto ao Paulo Pedroso foi há tempos anunciado que os autores do recurso contra o não pronunciamento de Paulo Pedroso teriam cassetes de intervenções televisivas feitas na data em que PP teria cometido crimes de pedofilia, Dezembro de 1999, em que se poderia ver que não utilizava o aparelho nos dentes.
Afinal, as tais gravações dessa data com PP sem o aparelho nos dentes não existem e a TVI mostrou hoje uma em que PP ao rir-se mostra os dentes e o aparelho, dizendo que quando falava normalmente não se veria o aparelho. É um facto na televisão com a câmara muito de frente, mas não será em situações completamente diferentes, a não ser que o juiz de intervenção tivesse pedido para PP colocar de novo o aparelho e verificasse que podia estar com ele muito tempo sem ver o aparelho, o que não fez, já que o Teixeira e o Guerra não fizeram investigação a fundo.
E ninguém pode provar que se possa ter relações sexuais sem sorrir ou abrir a boca e que nestas uma pessoa tenha uma postura igual à que teve em entrevistas formais dadas a uma estação de televisão..
Enfim, a TVI veio PROVAR que o elemento de prova inicial da procuradoria não existe afinal, filmes com PP sem o aparelho nos dentes de Dezembro de 1999. E a desculpa pelo FALHANÇO não cabe na cabeça de ninguém.