Encontrei esta manhã um amigo com o qual comecei a falar de política e ele disse-me: não, por favor, não quero saber de nada mais do que se passa aqui, na Europa e até no Mundo. Estou fundamentalmente cansado de ser português e de ouvir falar no défice. Sim, principalmente agora que tenho a certeza que a crise veio para ficar. Não podemos sair dela, fugindo ao Euro que seria ainda pior e na Europa ninguém quer resolver o problema. O Draghi diz que talvez no próximo ano fará qualquer coisa. Estou cansado da Merkel e do poder discricionário de Berlin.
Na verdade, acrescentei, com um défice de 8,8 ou 10,6% no primeiro trimestre relativamente ao PIB do mesmo período ninguém pode acreditar que a situação se possa alterar até ao fim do ano. Foi um défice de 4.167 milhões, quase metade do défice anual previsto de 9.000 milhões, o qual não deixava de ser uma enormidade. Depois de tantos cortes aos pensionistas e funcionários públicos e sem qualquer obra pública como é que se chegou a uma tal calamidade?
Muito provavelmente, o défice final será da ordem dos 15 a 16 mil milhões de euros e em 2014, ano de saída da troika, alguém vê uma alteração? Os mercados vão exigir juros cada vez mais elevados e o Governo não poderá despedir metade dos professores sem qualquer tipo de indemnização, subsídio de desemprego ou reforma antecipada e o mesmo acontece com outros funcionários, mas a classe dos professores é a menos indispensável dada a baixa natalidade das últimas décadas e anos que fez com que tenhamos um professor para nove alunos.
Se 2014 não pode ser diferente, mesmo que, por ventura, o PIB venha a crescer umas décimas ou 1 a 2% e não pode crescer mais que isso dado não haver investimentos em novas produções. O crescimento terá como base a exportação e esta não proporcionam uma grande receita em impostos. As margens de lucro são baixas e o IVA não é cobrado. O mesmo número de trabalhadores ativos pode produzir mais as tais décimas ou por centos. A saída da crise passaria por um crescimento de dois dígitos das exportações e do PIB, o que não parece possível, apesar dizer que Alemanha estar disposta a gastar dinheiro depois das eleições de Outubro, mas há quem diga que se trata apenas de propaganda eleitoral dos partidos do governo e da oposição.
A massa monetária da zona euro é de 9 mil biliões de euros (milhões de milhões), pelo que 1%, ou seja, 90 biliões dariam para resolver todos os problemas estatais sem incidência na inflação. Talvez para o ano diz Draghi, provavelmente na esperança que a nazi financeira Merkel não esteja no poder. Esta teimosia faz lembrar o fim do louco império nazi liderado por Hitler que não permitiu evacuações a tempo para salvar vidas, nem a reorganização das forças alemãs em frentes mais restritas e suscetíveis de serem defendidas. Merkel, como Hitler, quer a morte financeira da Europa a ceder na emissão e os governantes como Gaspar e muitos outros aceitam a estupidez até ao último cêntimo nos bolsos reformados, funcionários e trabalhadores. Vivemos tempos de GUERRA da Alemanha contra a EUROPA; guerra financeira, mas, talvez, não menos mortal que uma verdadeira, até porque dura já há cinco anos e tudo indica que irá muito para lá deste tempo.
Enfim, quem não está cansado de ser Europeu e de viver há mais de uma década com o mesmo agregado monetário M3? Ele não cresce, logo as economias da zona euro também não crescem, a não ser talvez a longo prazo e, como diria Keynes, a prazo estaremos todos mortos.
A Alemanha será a grande responsável pelo fim desta Europa; a sua aberrante e louca equizofernia monetária conduz-nos a todos a um desastre. Os alemães não são suficientemente responsáveis para liderarem a Europa ou, mesmo, para dirigir o seu País que levaram já a tantos desastres como nunca outro o fez. Enfim, também estou cansado de tudo e de uma crise que não acaba por vontade externa.
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