A Itália é a terceira potência industrial da Europa, tanto da zona euro como da União, e está bem classificada na ordem mundial e com a característica de ser capaz de produzir quase tudo; desde os melhores helicópteros europeus, aviões militares e automóveis de todos os tipos e desenhos como o célebre Fiat 500 e os Ferraris e Lamborginis. Também é um grande fabricante de máquinas e quase todos os carros do Mundo foram desenhados por mestres italianos do design, a Itália também possui uma importante indústria de eletrodomésticos e artigos de moda desde os fatos Armani aos acessórios Versace, Gucci, Valentino, etc.
O governo do PM Letta prevê um défice para este ano de 2,9% com base nos dados dos primeiros cinco meses do ano, o que não impediu a agência Standard & Poor’s de reduzir o rating da “Bella Italia” porque se discute no Parlamento de Roma o que fazer para conseguir o crescimento da economia italiana no próximo ano e isso significa reduzir alguns impostos e investir na juventude.
A dívida pública italiana supera os 130% do PIB, mas está em grande parte na posse de italianos, o que tem levado Bruxelas, leia-se Markel e o seu criado Barroso, a quererem esmagar a Itália.
O PIB italiano sofreu uma queda de 7% entre 2007 e 2012, pior que durante a crise de 1929-1934, porque os salários subiram 34% entre 2000 e meados de 2013 e o governo prevê uma recessão de 1,3% este ano, enquanto o Banco de Itália fala em 1,9%. Curiosamente, a subida salarial desde os últimos salários pagos em liras subiram rigorosamente o mesmo que se valorizou o Euro que passou de 0,98 dólares em 2000 para 1,32 agora. Os salários ainda estão 30% abaixo da média alemã e 15% abaixo dos franceses. Mesmo assim, as exportações aumentaram, mas não o suficiente para colmatar o buraco do desemprego. A Itália tem 4 a 5 milhões de desempregados e mais de 8 milhões de pessoas a viverem abaixo do nível de pobreza.
A Itália é uma nação próspera e desenvolvida em vias de ser ESMAGADA por Bruxelas, ou antes, pela Merkel com o seu criado Barroso. A esquizofrénica vontade de manter o Euro a 34% acima do seu valor inicial está a conduzir toda a Zona Euro à falência e ao endividamento por mais esforços que se façam para poupar dinheiro do Estado e alargar a austeridade a todos. O último a fechar a luz e a porta da Europa será, sem dúvida, um alemão.
Os italianos, como outros europeus, acusam a sua classe política de ser culpada da “miséria” italiana, a quem chamam “La Casta, esquecendo que os políticos de hoje têm os mesmos defeitos dos que governaram nos tempos gloriosos das Vespas, Lancias, Alfa-Romeos, máquinas industriais, vinhos de alta qualidade, produtos alimentares, etc. e, porque não, filmes de Fellini, Pasolini, Vitorio de Sica e tantos outros. Nas economias de mercado, não são os políticos que fazem os fatos Armani, apenas usam-nos, mas devem criar condições monetárias para que o génio de um povo possa produzir resultados e, certamente, a moeda forte não ajuda nada nem ninguém.
Muitas fábricas italianas estão a deslocalizarem-se e o sucesso que é o Fiat 500 é fabricado na Polónia, a enorme fábrica Indesit com mais de 5 mil trabalhadores está em vias de falência.
Os principais economistas italianos e americanos dizem que a vitalidade italiana é enorme mas a sua recuperação passa pela saída do euro, o que permitiria à Grécia, a Portugal e à Espanha saírem também, fazendo desmoronar o euro germânico. Talvez fosse possível fazer um euro latino.
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