Segundo o Expresso Economia, O Senhor Dexter Goie, presidente da Altice - que espera a luz verde de Bruxelas para ficar com a PT – encara a possibilidade de anular muitos projetos da PT Inovação e Sistemas de Aveiro e até acabar com aquilo tudo porque, no seu entender, “não fará sentido continuar a desenvolver produtos tecnológicos que podem ser comprados no mercado internacional a uma fração do seu preço.”
A PT Inovação impulsionou muitos inventos portugueses e tinha colocado a PT como a empresa mais inovador e líder no seu setor em Portugal com relevo nos mercados internacionais. Trabalhava em ligação com a Universidade de Aveiro, dando trabalho a 600 engenheiros e informáticos diversos e a outros tantos de empresas fornecedoras. O seu fim tornará Portugal bem mais POBRE.
O senhor Goie é um gestor com mentalidade de contabilista e quer retirar à PT e em muito pouco tempo o dinheiro que vai investir na sua compra. Para tal terá de fechar tudo o que não produza resultados imediatos, mesmo que comprometa o futuro com isso. E compromete mesmo, dado que as telecomunicações, internet e ligações televisas por cabo funcionam num mercado altamente saturado. Não há quem não tenha um ou mais telemóveis e cada vez mais famílias estão ligados por cabo a telefones fixos da PT e à Internet e Televisão. Daí que só no campo da verdadeira inovação se pode crescer neste sector e tudo o que se possa comprar nos mercados, os concorrentes também o podem fazer.
O desastre da PT provocado por Granadeiro, Bava e Ricardo Salgado é um golpe mortal num setor de inovação em que Portugal mostrou que tinha valor e que, provavelmente, estará perdido como vai estar o motor de busca SAPO que a Altice não gosta.
A empresa Altice veio da construção civil e tem pouca prática de alta tecnologia e daí a desvalorização da inovação por parte desse senhor Dexter.
Mas, também pode ser que o indivíduo se esteja a fazer aos incentivos de competitividade da União Europeia que muito beneficiaram empresas estrangeiras a funcionar em Portugal.
Curiosamente, ainda segundo o Expresso Economia, a empresa que mais incentivos recebeu em Portugal e em toda a União Europeia, já não existe porque fechou por falência; foi a Quimonda. Depois foram beneficiadas a Renault francesa, a Continental alemã, a Embraer brasileira que recebeu 81 milhões de euros para fabricar umas peças em Portugal. Até a IKEA recebeu 29 milhões para fazer uns tampos de mesa e secretárias em aglomerado de madeira em Portugal.
Ao ler a lista no Expresso parece que ninguém investiu o quer que seja em Portugal, mas sim recebeu milhões e milhões e vão continuar a receber porque há um novo programa de incentivos à modernização da economia (PRIME) supostamente financiado por Bruxelas.
Na verdade, todo esse dinheiro que vem de Bruxelas foi daqui para lá sob a forma de 23% da receita do IVA. Quanto mais alto for o IVA, mais dinheiro vai para a UE e mais volta para financiar principalmente multinacionais de origem alemã, francesa, sueca, etc., se bem que haja uns trocos para as PME portuguesas que quase não pagam o que se gasta na elaboração de um projeto.
A Alemanha, quando tomou conta da União Europeia após a sua reunificação, colocou-a inteiramente ao serviço do grande capital e de preferência do seu, impondo políticas de extremadireita tipo “Nova Ordem” nazi a toda a Europa que a segue como cordeirinhos acabados de nascer.
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