Bolsonaro como presidente eleito tem sido assediado por muitos jornalistas para saber o que pretende fazer e com que governo vai liderar o Brasil e de que maneira, considerando a falta de maioria no Senado e Congresso e o facto crucial de não ter um único governador dos seu partido.
Dois conhecidos jornalistas alemães que estão no Brasil há mais de vinte anos e têm coberto toda a América Latina e mesmo os EUA escrevem que "é inimaginável a falta de cultura política, económica, jurídica e até geografica do Brasil" da parte de Bolsonaro. A qualquer pergunta sobre economia ele pede ao seu futuro ministro da pasta, um tal Guedes, para responder.
O seu mentor intelectual é um Orlando de Carvalho que vivia nos EUA e que de há muito que escreve em jornais brasileiros, blogs e youtubes que vende com sucesso. O livro que os jornalistas alemães encontraram na secretária de Bolsonaro foi escrito por Orlando e intitula-se "O Mínimo que se deve saber para não ser um Idiota".
Este Orlando de Carvalho considera~se um "filósofo", mas nunca completou uma licenciatura universitária nem deu aulas em parte alguma, vive com 71 anos de uma reforma americana e de lá tem produzida uma quantidade fantástica de falsas notícias como a de que Haddad defende a legalização do incesto e explicou a um jornalista que o Partido Comunista Brasileiro é pequeno, apesar de governar o Estado do Maranhão, porque a maior parte dos comunistas estão infiltrados no PT-Partido dos Trabalhadores e que trabalham associados aos barões da droga e às guerrilhas columbianas da FARC que se desfizeram há dois anos atrás.
Carvalo é o "mastermind" de Bolsonaro e poderá ser ministro no seu governo.
Bolsonaro disse aos jornalistas que o Brasil necessita de uma "limpeza tão grande como nunca houve na sua história" e que os "bandidos vermelhos" que ensinam nas escolas e universidades e introduziram-se na administração devem ser presos ou emigrar antes de o serem,
Também afirmou que quer armar o povo e tomar conta das terras dos indígenas que são muito ricas em minerais e até petróleo. Também quer considerar juridicamente como terroristas certos movimentos sociais como os "camponeses sem terra e eliminá-los e proibir o Partrido Comunista e perseguir como ilegais todos os comunistas infiltrados na administração e noutros partidos.
Os indígenas estão a utilizar os seus meios financeiros para comprar armas pesadas para se defenderem, disse a jornalista Marian Blasberg.
Para além disso, Boilsonaro acrescentou que o ex-candidato do PT Haddad deve ser preso e como o novo presidente é boa pessoa vai deixar que passe a jogar ao dominó e xadrez na prisão com o Lula.
Aparentemente, Bolsonaro desconhece a história do Brasil e não sabe que houve já uma guerra civil entre estados porque São Paulo não aceitou certas diretrizes do governo central.
No Brasil não há um único governador a favor de Bolsonaro, sendo a distribuição de governadores por partido a seguinte:
nº de estados 27
governados por:
Movimento Democrático Brasileiro MDB - 6 governadores
Partido dos Trabalhadores PT - 5 gov.
Partido Socialista Brasileiro PSB - 5 gov.
Partido da Social Democracia Brasileira PSDB - 4 gov.
Partido Democrático Trabalhista PDT- 2 gov.
Partido Social Democrático PSD - 2 gov.
Partido Comunista do Brasil PCdoB - 1 gov.
Partido Progressista PP - 1 gov
Partido Humanista da Solidariedade - PHS 1 gov.
Os governadores possuem muitos poderes administrativos sobre escolas, hospitais, meios de comunicação, policiamento, etc., pelo que se Bolsonaro mantiver as suas ideias fascistas pode provocar uma guerra civil generalizada, principalmente se quiser retirar o poder aos governos da esquerda como são quase todos.
O PT pode aliar-se aos PSB, PSD. PCB. PP, etc.
É curioso que em Portugal ninguém ligou ao caráter federal do Brasil e ao facto de Bolsonaro ser um derrotado a nivel federal e parlamentar.
Veja abaixo como foi o resultado das eleições 2018 por estado:
Acre
Governador
Gladson Cameli (PP) – 53,71% dos votos válidos (223.993 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Petecão (PSD) – 30,71% dos votos válidos (244.109 votos)
Márcio Bittar (MDB) – 23,28% dos votos válidos (185.066 v
Alagoas
Governador
Renan Filho (MDB) – 77,30% dos votos válidos (1.001.053 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Rodrigo Cunha (PSDB) – 34,42% dos votos válidos (895.738 votos)
Renan Calheiros (MDB) – 23,88% dos votos válidos (621.562 votos)
Amapá
Governador
Waldez (PDT) – 33,55% dos votos válidos (133.214 votos) (2° TURNO)
Capi (PSB) – 30,10% dos votos válidos (119.500 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Randolfe Rodrigues (REDE) – 37,96% dos votos válidos (264.798 votos) (REELEITO)
Lucas Barreto (PTB) – 18,38% dos votos válidos (128.186 votos)
Amazonas
Governador
Wilson Lima (PSC) – 33,73% dos votos válidos (596.585 votos) (2° TURNO)
Amazonino Mendes (PDT) – 32,74% dos votos válidos (579.016 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Plinio Valerio (PSDB) – 25,36% dos votos válidos (834.809 votos)
Eduardo Braga (MDB) – 18,45% dos votos válidos (607.286 votos) (REELEITO)
Bahia
Governador
Rui Costa (PT) – 75,50% dos votos válidos (5.096.062 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Jaques Wagner (PT) – 35,71% dos votos válidos (4.253.331 votos)
Angelo Coronel (PSD) – 32,97% dos votos válidos (3.927.598 votos)
Ceará
Governador
Camilo (PT) – 79,96% dos votos válidos (3.457.556 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Cid Gomes (PDT) – 41,62% dos votos válidos (3.228.533 votos)
Eduardo Girão (PROS) – 17,09% dos votos válidos (1.325.786 votos)
Distrito Federal
Governador
Ibaneis (MDB) – 41,97% dos votos válidos (634.008 votos) (2° TURNO)
Rodrigo Rollemberg (PSB) – 13,94% dos votos válidos (210.510 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Leila do Vôlei (PSB) – 17,76% dos votos válidos (467.787 votos)
Izalci (PSDB) – 15,33% dos votos válidos (403.735 votos)
Espírito Santo
Governador
Renato Casagrande (PSB) – 55,49% dos votos válidos (1.072.224 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Fabiano Contarato (PSB) – 31,15% dos votos válidos (1.117.036 votos)
Marcos do Val (PPS) – 24,08% dos votos válidos (863.359 votos)
Goiás
Governador
Ronaldo Caiado (DEM) – 59,73% dos votos válidos (1.773.185 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Vanderlan (PP) – 31,35% dos votos válidos (1.729.637 votos)
Jorge Kajuru (PRP) – 28,23% dos votos válidos (1.557.415 votos)
Maranhão
Governador
Flávio Dino (PCdoB) – 59,29% dos votos válidos (1.867.396 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Weverton (PDT) – 35,02% dos votos válidos (1.997.443 votos)
Eliziane Gama (PPS) – 27,00% dos votos válidos (1.539.916 votos)
Mato Grosso
Governador
Mauro Mendes (DEM) – 58,69% dos votos válidos (840.094 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Juíza Selma Arruda (PSL) – 24,65% dos votos válidos (678.542 votos)
Jayme Campos (DEM) – 17,82% dos votos válidos (490.699 votos)
Mato Grosso do Sul
Governador
Reinaldo Azambuja (PSDB) – 44,61% dos votos válidos (576.993 votos) (2° TURNO)
Juiz Odilon (PDT) – 31,62% dos votos válidos (408.969 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Nelsinho Trad (PTB) – 18,37% dos votos válidos (424.085 votos)
Soraya Thronicke (PSL) – 16,19% dos votos válidos (373.712 votos)
Minas Gerais
Governador
Romeu Zema (NOVO) – 42,73% dos votos válidos (4.138.967 votos) (2° TURNO)
Antonio Anastasia (PSDB) – 29,06% dos votos válidos (2.814.704 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Rodrigo Pacheco (DEM) – 20,49% dos votos válidos (3.616.864 votos)
Jornalista Carlos Viana (PHS) – 20,22% dos votos válidos (3.568.658 votos)
Pará
Governador
Helder Barbalho (MDB) – 47,69% dos votos válidos (1.825.708 votos) (2° TURNO)
Marcio Miranda (DEM) – 30,21% dos votos válidos (1.156.680 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Jader Barbalho (MDB) – 19,74% dos votos válidos (1.383.306 votos) (REELEITO)
Zequinha Marinho (PSC) – 19,62% dos votos válidos (1.374.956 votos)
Paraíba
Governador
João (PSB) – 58,18% dos votos válidos (1.119.758 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Veneziano (PSB) – 24,63% dos votos válidos (844.786 votos)
Daniella Ribeiro (PP) – 24,25% dos votos válidos (831.701 votos)
Paraná
Governador
Ratinho Junior (PSD) – 59,99% dos votos válidos (3.210.712 votos) (ELEITO)
Senadores eleitos
Professor Oriovisto Guimarães (Podemos) – 29,17% dos votos válidos (2.957.239 votos)
Flavio Arns (REDE) – 23,00% dos votos válidos (2.331.740 votos)
Pernambuco
Governador
Paulo Câmara (PSB) – 50,70% dos votos válidos (1.918.219 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Humberto Costa (PT) – 25,76% dos votos válidos (1.713.565 votos) (REELEITO)
Jarbas Vasconcelos (MDB) – 21,51% dos votos válidos (1.430.802 votos)
Piauí
Governador
Wellington Dias (PT) – 55,65% dos votos válidos (966.469 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Ciro Nogueira (PP) – 29.92% dos votos válidos (897.959 votos) (REELEITO)
Marcelo Castro (MDB) – 27,06% dos votos válidos (812.213 votos)
Rio de Janeiro
Governador
Wilson Witzel (PSC) – 41,28% dos votos válidos (3.154.771 votos) (2° TURNO)
Eduardo Paes (DEM) – 19,56% dos votos válidos (1.494.831 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Flávio Bolsonaro (PSL) – 31,36% dos votos válidos (4.380.418 votos)
Arolde de Oliveira (PSD) – 17,06% dos votos válidos (2.382.265 votos)
Rio Grande do Norte
Governador
Fatima Bezerra (PT) – 46,17% dos votos válidos (748.150 votos) (2° TURNO)
Carlos Eduardo (PDT) – 32,45% dos votos válidos (525.933 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Capitão Styvenson (REDE) – 25,63% dos votos válidos (745.827 votos)
Dra. Zenaide Maia (PHS) – 22,69% dos votos válidos (660.315 votos)
Rio Grande do Sul
Governador
Eduardo Leite (PSDB) – 35,90% dos votos válidos (2.143.603 votos) (2° TURNO)
José Ivo Sartori (MDB) – 31,11% dos votos válidos (1.857.335 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Luiz Carlos Heinze (PP) – 21.94% dos votos válidos (2.316.365 votos)
Paulo Paim (PT) – 17,76% dos votos válidos (1.875.245 votos) (REELEITO)
Rondônia
Governador
Expedito Junior (PSDB) – 31,59% dos votos válidos (241.885 votos) (2° TURNO)
Coronel Marcos Rocha (PSL) – 23,99% dos votos válidos (183.691 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Marcos Rogério (DEM) – 24,06% dos votos válidos (324.939 votos)
Confucio Moura (MDB) – 17,06% dos votos válidos (230.361 votos)
Roraima
Governador
Antonio Denarium (PSL) – 42,27% dos votos válidos (113.468 votos) (2° TURNO)
Anchieta (PSDB) – 38,78% dos votos válidos (104.114 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Chico Rodrigues (DEM) – 22,76% dos votos válidos (111.466 votos)
Mecias de Jesus (PRB) – 17,43% dos votos válidos (85.366 votos)
Santa Catarina
Governador
Gelson Merísio (PSD) – 31,12% dos votos válidos (1.121.869 votos) (2° TURNO)
Comandante Moisés (PSL) – 29,72% dos votos válidos (1.071.406 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Esperidião Amin (PP) – 18,77% dos votos válidos (1.226.064 votos)
Jorginho Mello (PR) – 18,07% dos votos válidos (1.179.757 votos)
São Paulo
Governador
João Doria (PSDB) – 31,77% dos votos válidos (6.431.555 votos) (2° TURNO)
Marcio França (PSB) – 21,53% dos votos válidos (4.358.998 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Major Olimpio (PSL) – 25,81% dos votos válidos (9.039.717 votos)
Mara Gabrilli (PSDB) – 18,59% dos votos válidos (6.513.282 votos)
Sergipe
Governador
Belivaldo Chagas (PSD) – 40,84% dos votos válidos (403.252 votos) (2° TURNO)
Valadares Filho (PSB) – 21,49% dos votos válidos (212.169 votos) (2° TURNO)
Senadores eleitos
Delegado Alessandro Vieira (REDE) – 25,95% dos votos válidos (474.449 votos)
Rogério Carvalho Santos (PT) – 16,42% dos votos válidos (300.247 votos)
Tocantins
Governador
Mauro Carlesse (PHS) – 57,39% dos votos válidos (404.484 votos) (REELEITO)
Senadores eleitos
Eduardo Gomes (SD) – 19,48% dos votos válidos (248.358 votos)
Irajá (PSD) – 16,82% dos votos válidos (214.355 votos
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