O ano de 2018 foi um ano bom para a economia nacional que cresceu mais de 2% com o turismo a puxar e a execução orçamental deve apresentar um saldo próximo do zero, o que é inédito neste século e não foi verificado muitas vezes no século XX e XIX.
Contudo, numa contradição pouco explicável foi um “annus horribilis” para os grandes capitalistas detentores de avultadas participações de empresas cotadas nas bolsas de todo o Mundo..
A Bolsa de Lisboa fechou o ano com uma desvalorização de 12,2% que foi o pior ano desde 2014 em que o colapso do Grupo Espírito Santo arrastou quase todas as ações cotadas para baixo.
Os 18 grupos cotados na Bolsa perderam mais de 3 mil milhões de euros, apesar de em 2017 ter havido um ganho global.
Contudo, o poder de compra dos portugueses aumentou em 2018 e, bem assim, os créditos concedidos.
A explicação respeitante a esta queda global tem a ver com vários fatores dos quais o primeiro é a falta de confiança das classes médias relativamente a fundos de participação em ações e mesmo nos títulos das próprias empresas associado ao pagamento de dividendos muito baixos. Bancos, Financeiras, Fundos, etc. enganaram gente a mais para poderem ver as suas fortunas crescerem.
A maior parte das grandes empresas nacionais que restam possuem modelos opacos de financiamento e desvio de dinheiros para foram que não atraem quaisquer investidores em ações, salvo quando há grandes negócios de tomadas de posições, mas isso já só tem a ver com capitais estrangeiros e é fora que se fazem os grandes negócios.
O PSI 20 que agora é de apenas 18 empresas sobe e desce todas as semanas, mas é porque há quem jogue na bolsa ao comprar em baixa, o que faz aumentar a cotação bolsista, para de imediato vender com um pequeno lucro, fazendo de novo baixar a cotação.
Em termos gerais, interessa o resultado de um ano inteiro e aí sim houve perdas consideráveis.
A maior perda de fortuna na bolsa foi, pelos dados que tenho, a da família Soares dos Santos que desvalorizou em 1.851 milhões de euros. Que ninguém tenha pena deles porque os seus 56.136% do Grupo Jerónimo Martins ainda valem 3.652,7 milhões em termos acionistas, não se sabendo qual o montante das dívidas, pois a expansão do grupo na Polónia e agora na Colômbia deve ter implicado o recurso a avultados créditos.
A família Azevedo fechou o ano com perdas de 348,8 milhões, reduzindo-se a sua participação nas empresas do Grupo Sonae a um valor 1.032 milhões.
Links Amigos
Os Meus Blogs
Transportes