No canal por cabo ETV (Economia) que não sei a quem pertence, um tal Vassalo de nome e de não sei quem fez um ataque cerrado a Sócrates, referindo principalmente o fato de a economia em 12 anos ter crescido a uma média de 0,5% ao ano, esquecendo que Sócrates governou 6 anos e que só a partir da crise de 2008 é que as condições pioraram. Mas, o homem não referiu a queda do PIB em 2011 e, principalmente em 2012 que foi de 3,2%, havendo previsões para uma nova queda este ano que uns dizem ser de 2,2%, mas que toda a gente acredita que a queda será ainda maior que em 2012. Tudo indica que o atual governo vai provocar em três anos uma queda de uns 7 a 8% ou mais, o que é bem diferente do que crescer a 0,5% ao ano.
A política de Sócrates foi a de preparar o País para o desenvolvimento futuro com infraestruturas, recuperação de um secular atraso na instrução e preparação técnica e científica e criação de novas oportunidades de conhecimento para os mais adultos e avançados em idade que não tiveram acesso ao ensino na sua juventude. Estas políticas preparatórias não fazem crescer o PIB no imediato, mas deveriam dar um resultado positivo e não deram como também não deram após a política de regeneração de Fontes Pereira de Melo e progressista do partido do Duque de Loulé que dotou o País de caminhos-de-ferro, instalou escolas e institutos industriais e comerciais, escolas de engenharia superior, laboratórios de investigação sanitária, hospitais, etc.
Nos dois casos, parece que o Portugal ficou só a olhar para os comboios e para as autoestradas.
Quem conhecia mesmo o País foi o Marquês de Pombal que fundou empresas e colocou o Estado a empreender. A desgraça para Portugal foi que a nobreza em torno de D. Maria I fez tudo para anular a política do marquês em vez de lhe dar seguimento, A partir daí o Estado começou por ser apenas um parasita a dar concessões a troco de uns cobres e depois no Século IX passou a liberal, julgando que a partir de condições apropriadas apareceriam os empresários para investir. Com Salazar voltou-se ao modelo de concessões ou condicionalismo económico sem grandes resultados e agora ao liberalismo com base em condições de base adequadas, mas com o defeito de terem sido caras e só podem ser pagas se houver empreendedores que não sejam apenas merceeiros como o Santos e o Belmiro. Com grandes mercearias não vamos a nenhum lado.
Claro, os portugueses têm a desculpa de o desenvolvimento dos outros países se ter baseado em condições naturais ou na vontade de fazer guerra.
Ao ouvir Cavaco antes de Sócrates falar, parece que o PR respondeu à letra antes da entrevista dada por Sócrates. Um jornal disse que o ex-PM falou com vários dos seus ex-colaboradores e que terá discutido com eles aquilo que iria dizer. Aparentemente Cavaco terá tido conhecimento dessas conversas e tudo me leva a crer que os telefones de Sócrates e dos seus antigos colaboradores estão sob escuta e foi por isso que o Anibal disse que nenhuma intriga política e não sei o que mais acresce um cêntimo à economia nacional.
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