A bruxa Merkel, também conhecida na Alemanha por Merkiavel, disse que a austeridade deve manter-se por mais cinco anos para que o Mundo possa investir na Europa. Além de ter dito a asneira maliciosa que muitos países estão a aldrabar as estatísticas, a bruxa não percebe que a União Europeia com mais de 500 milhões de habitantes e um PIB muto superior ao Chinês e até ao dos EUA não necessita do Mundo como investidor.
A bruxa também não percebe o seguinte por falta de experiência: em épocas de crise os bons ativos europeus estão muito baratos e a Europa possui notáveis empresas e uma grande tecnologia; nos ciclos ascensionais, os preços dos ativos explodem para cima até à próxima crise. Tudo é relativo na sociologia do passado que é a história e na sociologia atual que no futuro será a história.
Na qualidade de física ela é capaz de saber algo da Teoria da Relatividade, mas não muito, pois estudou na Alemanha Comunista que considerava a teoria da relatividade e até a mecânica quântica como ramos científicos da burguesia capitalista, apesar de não haver qualquer ligação entre a física das partículas elementares e o capital, excepto no bom aproveitamento do eletrão para tudo o que é elétrico.
Mesmo a zona euro com 330 milhões de habitantes não necessita de investidores chineses ou zulus e possui empresas fantásticas como a Airbus, Daimler, VW, Peugeot-Citroen, Fiat que adquiriu a Chrysler americana (apesar da crise), etc. A crise de austeridade se durar cinco anos pode destruir todas essas empresas ou reduzi-las a uma insignificância que então ninguém as vai querer.
A bruxa vem visitar Portugal acompanhada pela ministra da Educação alemã, uma senhora de nome Schwan, mas não Schwein, que foi apanhada com o seu doutoramento plagiado. Será que ela vem ensinar os portugueses a fazerem doutoramentos copiados da Wikipedia? Depois da licenciatura tipo Relvas, só falta o doutoramento à moda alemã. A dita Schwan não foi a primeira a plagiar; o ex-ministro da Defesa fê-lo e demitiu-se e vários deputados da democracia dita cristã da Merkel estão também envolvidos nessa atividade doutoral.
A Merkel exige dos outros aquilo que não consegue na Alemanha.
Vinte e dois anos após a reunificação alemã, os territórios da antiga RDA ou Alemanha de Leste continuam pobres com uma elevada taxa de desemprego, apesar das auto-estradas construídas e da reconstrução das cidades antigas e de muitos monumentos como a célebre Igreja das Senhoras e do Museu Zwinger em Dresden, etc.
Os governos alemães acreditaram que a transferência da capital para Berlim iria proporcionar o desenvolvimento do Estado Federal de Brandenburg e servir de pólo global de desenvolvimento como acontece com Munique na Baviera. Mas nada disso aconteceu, antes pelo contrário. Quando da divisão, Berlim Oriental tinha muitas indústrias que foram rapidamente à falência com a troca de um marco oriental por um marco ocidental, o que significou uma valorização da moeda em 400% e, como tal, dos preços das produções industriais. No lado Ocidental, havia muitas indústrias, principalmente ligeiras como farmacêutica e outras que eram altamente subvencionadas para mostrar aos comunistas a superioridade do capitalismo. Sucede que com a reunificação das duas Alemanhas, as subvenções deixaram de ser dadas e essas fábricas fecharam quase todas, indo para a Polónia, República Checa, etc. onde se pagam salários extremamente baixos por via do câmbio com o Euro demasiado forte.
Mesmo assim, acreditava-se que os serviços proporcionados por um parlamento e governo e muitas sedes de grandes empresas iriam proporcionar a criação de muitos postos de trabalho. Criaram-se alguns, mas não o suficiente, apesar de lentamente muitas editoras e organizações diversas se terem transferido para a capital federal e esta atrai muitos turistas devido aos seus museus e ser uma cidade de livre acesso como as outras capitais europeias, o que não acontecia antes. Hoje, graças à informática, os serviços já não fomentam muito o emprego e, mesmo, o comércio como os supermercados, grandes armazéns, restaurantes self-service, etc. criam poucos postos de trabalho.
Na antiga Alemanha do Leste, apenas 14% do PIB tem origem no setor privado, o resto resulta das despesas estatais e as indústrias que funcionam são subvencionadas, mesmo em zonas com uma particular tradição como Jena célebre pela sua óptica, Leipzig com uma longa tradição industrial e onde foi construída a primeira a primeira locomotiva alemã.
Quando visitei Berlim, vi umas antigas e gigantescas metalúrgicas que tiveram um grande papel no fabrico de viaturas e depois de material de guerra. Hoje, são apenas um grande centro comercial.
A razão do falhanço relativo da política alemão nos seus territórios do Leste deve-se a uma moeda muito forte num ciclo longo de pouco investimento industrial novo. Uma parte importante dos fabricos foram para a China ou para países europeus sem o Euro e enquanto o Euro continua a subir como tem estado nos últimos dias não há possibilidades de os próprios alemães virem a ter uma produtividade tal que permita competir com as indústrias dos países emergentes.
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