No centro de Tikrit já só devem estar menos de 100 combatentes islâmicos a resistirem ao avanço do exército iraquiano e das milícias aliadas. O problema das colunas que avançam são as minas e bombas colocadas um pouco por toda a parte e que têm de ser retiradas previamente.
Mesmo assim, as forças iraquianas e as milícias aliadas admitem libertar Tikrit nas próximas 72 horas, segundo fontes militares iraquianas citadas pela Sky News Arabia.
Apoiado pelas milícias populares xiitas, o exército iraquiano está apostado em recuperar para a sua República a cidade natal de Saddam Hussein das mãos dos extremistas sunitas do autoproclamado Estado Islâmico.
As forças iraquianas são apoiadas também pelas Brigadas da Paz do líder xiita Moqtada al-Sadr.
Esta é a maior ofensiva até agora lançada pelas forças iraquianas para reconquistar os territórios ocupados desde o verão de 2014 pelos djihadistas. Para o efeito estão a utilizar os novos oficiais "non comissioned" equivalentes aos antigos milicianos portugueses com um curso de um ano e que são originários das universidades iraquianas, nomeadamente dos institutos técnicos, sendo como tal pessoal de mente moderna e pouco inclinada para exageros religiosos.
Depois de Tikrit, a 160 km a norte de Bagdad, o próximo alvo será Mossul, segundo os responsáveis militares iraquianos.
Ao todo, na batalha contra os extremistas em Tikrit estão envolvidos mais de 30 mil combatentes.
Da acordo com Karim al-Nouri, porta-voz das milícias xiitas, participam nestas operações 40 conselheiros militares iranianos, um apoio que já mereceu críticas indiretas do governo saudita.
Os islâmicos estão também sob ataque cerrado, a norte, de milícias xiittas e forças curdas, que se batem pela cidade petrolífera de Kirkuk.
A principal refinaria de petróleo que estava na posse dos extremistas islâmicos foi destruída pela aviação aliada e note-se que o petróleo continua a descer, estando o preço do barril WTI em 44,85 dólares, valor não atingido há muitos anos, o que atrapalha o Irão, cuja presença no Iraque ao lado da maioria xiita podia suscitar uma tendência para ficarem como potência dominadora. Mas, com pouco dinheiro, o regime iraniano vai enfrentar o descontentamente da sua população que parece estar cada vez mais farta da religiosidade islâmica.
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